terça-feira, 9 de setembro de 2008

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (27)

Foto tirada perto do colégio Polivalente. Vou muito por aqueles lados em busca de imagens. Gaviões, anus-pretos e anus-brancos são freqüentadores assíduos da área. Lagartos podem ser vistos também. E foi por lá que consegui fotos de um porco-espinho. Em breve, eu a postarei.

Na foto acima, havia um bando de anus-pretos numa cerca. São aves com forte instinto gregário (o mesmo vale para o anu-branco); onde há um, há outros.

Quando tentei uma maior aproximação, a maioria deles voou. Já os dois acima tinham coisa melhor para fazer.

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (26)

Em 13 de outubro de 2007, fotografei um casamento. A festa foi num sítio nas proximidades de Patos de Minas.

Quando chegaram ao local da festa, fizeram algumas fotos perto da piscina. Numa das poses, decidi fotografar apenas o reflexo deles no azul da piscina. Com a foto no computador, apenas a girei.

APONTAMENTO 7

A humanidade é perdida e desnorteada – qualquer coisa que tenha cara de verdade a convence.

FOTOPOEMA 7




A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (25)

Numa foto ideal, o tamanduá estaria num fundo que oferecesse mais contraste. A tentativa nesta foto foi de mostrar todo o corpo do animal.

Para mais detalhes sobre o registro, gentileza conferir postagem anterior.

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (24)

Em julho de 2006, estando em férias, decidi ir a São Roque de Minas, pequena cidade que fica ao pé da Serra da Canastra. A intenção era fotografar o tamanduá e, se possível, o lobo-guará.

Assim que cheguei ao hotel, decepção: o guia contratado por mim simplesmente havia me dado o bolo. Eu havia perguntado se era necessário pagar antecipadamente. Ele dissera que não. A proprietária do hotel me disse que ele havia subido a Serra com um grupo de turistas: um grupo é mais lucrativo do que um único turista.

Para chegar até São Roque, fui de carona com o Adriano, amigo que hoje leciona para a Federal de Tocantins. Diante do fiasco, a princípio, cogitei ir de imediato com o Adriano para Alfenas, para onde eu iria somente na semana seguinte, depois do “safári” na Serra da Canastra. Contudo, após conversas, eu e o Adriano decidimos subir a Serra no carro dele; iríamos embora no outro dia pela manhã.

O caminho é sinuoso, o morro é grande. Há muita poeira. De acordo com o combinado, eu pagaria para que o carro fosse lavado assim que chegássemos a Alfenas. Era um fim de tarde. Subíamos a Serra; eu, sem muita esperança; estava ainda nervoso devido à irresponsabilidade do guia. Ainda na subida, consegui fotografar um gavião-carrapateiro em cima de um boi. Continuamos subindo. A noite não demoraria a chegar. No caminho, encontramos dois alemães. Tinham equipamentos sofisticados. A intenção deles era observar o tamanduá. Conversei com eles, que disseram não ter avistado nenhum. Adriano e eu prosseguimos Serra acima. Como eu não via nem tamanduá nem lobo-guará, eu aproveitava para fotografar a flora do lugar. Já num ponto bem alto, decidimos voltar. Na descida, à nossa direita, do meio do mato, surgiu uma jovem. Perguntamos se ela estava indo para São Roque. Ela disse que sim; oferecemos carona e ela topou. Antes que ela entrasse no carro, perguntei-lhe se ela tinha visto algum tamanduá por perto. Ela me disse que havia um a uns duzentos metros de onde estávamos. Fiquei doido! Era a minha chance!

Fui logo indo na direção apontada por ela, que estava cheia de admoestações. Disse que havia muita cobra na área. Além disso, pediu-me para não estressar (foi o termo que ela usou) o animal. Ela é bióloga; na ocasião, parece ter se arrependido de ter me dito que havia tamanduá por perto, pois ficou o tempo todo falando das cobras e me pedindo para não estressar o bicho. Quando o vi, comecei a fotografar. O sol já estava quase indo embora; eu não teria muito tempo. Tirei umas dez fotos. Depois, descemos a serra; quando mostrei as fotos do tamanduá, ainda no monitor da câmera, para a bióloga, ela me pareceu menos arrependida de ter me mostrado onde ele estava.

Não fosse por ela, eu não conseguiria avistar o tamanduá. Além do mato, que estava alto, o animal é da cor desse mesmo mato. Tanto é que as imagens não ficaram muito boas, pois ele se confunde com o fundo. Ainda assim, eis uma das fotos dessa criatura, que acho formidável.

FOTOPOEMA 6


FOTOPOEMA 5


A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (23)

Tirei esta foto no dia 7 de setembro de 2007. Apesar do feriado, eu havia tomado a decisão de me levantar cedo para tirar fotos. Em especial, fotos de árvores – o que de fato ocorreu.

Era um dia bonito e ensolarado. Nuvens esparsas e temperatura agradável completavam o astral da ocasião.

A foto foi tirada na estrada que liga Boassara a Patos de Minas. Eu já estava há horas fotografando árvores. Eram 12h31 quando cliquei.

NAS ONDAS DO RÁDIO

Já escrevi neste blog sobre dois grandes radialistas – Henrique do Valle e Julinho Mazzei.

Cresci escutando rádio. Lembro-me de escutar demais a Rádio Clube AM, a Clube FM, a Princesa (Lagoa Formosa), a Itatiaia (Belo Horizonte) a Globo (tanto a do Rio de Janeiro quanto a de São Paulo)...

Cresci escutando essas e tantas outras emissoras por causa de meu pai, que ficava o tempo todo com o rádio ligado. Em minha adolescência, acompanhei também a Rádio Mundial, do Rio de Janeiro – hoje, a CBN (foi na Mundial em que trabalhou o locutor Big Boy, no fim da década de 60; caso queira escutar o genial locutor, vá até o YouTube). Também me lembro do tempo em que o Fausto Silva (o Faustão, do Domingão) apresentava o Balancê, na Excelsior. Das FMs de São Paulo, escutei muito a Transamérica, a Jovem Pan, a Nova e a Mix. Ainda as escuto, mas com menos freqüência.

No rádio local, sempre que posso, escuto o Adriano, que trabalha na
Clube FM. Ele tem dois horários na emissora: de 11h às 13h e de 20h às 23h. Adriano tem uma respeitável cultura pop, o que é ideal para o tipo de emissora em que trabalha. Devido a essa cultura pop, brinda os ouvintes com informações sobre os artistas que rolam na programação da rádio. Um tipo de locução inteligente e agradável.

APONTAMENTO 6

Apesar de tanto conviver comigo, tenho demorado demais para me tornar quem sou.

APONTAMENTO 5

Queixa de um religioso: “Hoje em dia, nas celebrações, não escuto nem um pio”.

FOTOPOEMA 4


FOTOPOEMA 3


FOTOPOEMA 2


CLÉVERSON LIMA

Há pouco (14/6/2008), eu estava assistindo a mais uma apresentação de Cléverson Lima, que toca nos bares e restaurantes da cidade.

Na primeira vez em que o vi tocar, foi na Opus 3, antiga boate que houve aqui em Patos de Minas. Logo me chamou a atenção a desenvoltura que ele tinha no palco.

A partir daí, passei a assistir com freqüência às apresentações do Cléverson. Algumas, antológicas, como numa em que, entusiasmado, ele colocou o violão no chão, solou enquanto quis e voltou a tocar do modo usual. Isso foi num sábado; na segunda, quando comentei com ele que havia gostado da performance, ele sorriu e disse que a “brincadeira” lhe custaria caro: o violão empenara e outro teria de ser comprado. E rápido, pois ele teria show no fim de semana seguinte.

As canções que toca, Cléverson as sabe de cor. Há pelo uns doze anos o vejo se apresentando nas noites da cidade. Nesses doze anos, jamais houve uma noite em que ele não tocou uma canção que eu nunca o tinha visto tocar. É impressionante a imensa quantidade de canções que ele sabe. Há pouco, por exemplo, ele tocou “Everybody wants to rule the world”, clássico do Tears for Fears. Eu nem sabia que ele sabia essa canção. Também executou duas novas canções da Banda 365. Na década de 80, esse grupo fez sucesso com “São Paulo”. O Clérverson, atualizado, já havia me dito que estavam de volta. Ainda sem ter escutado o CD dos caras, já tive contato com duas das canções, por intermédio do show a que assisti há pouco.

Ele vive de música, e faz com que vivamos melhor. Em meu segundo livro, “Algo de sempre”, publicado em 2003, há um poema em que menciono o artista da noite. Abaixo, reproduzo o texto.

Interativo

A poesia salvará Adélia Prado.
O que me salva é o talento.
Sou melhor perto do talento,
seja da Adélia ou do Cléverson Lima,
que toca em bares.
Nada da insignificância minha existe
quando tenho talentos diante de mim.
Sou eu, mas pleno de talento.
Sou quem sois – o que dá uma boa idéia
de minha enorme grandiosidade.

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (22)

De vez em quando me perguntam se já fui atacado por algum animal em minhas incursões fotográficas. Não.

A única vez em que isso quase ocorreu foi quando tentei fotografar um filhote de quero-quero – na foto acima, um espécime adulto. Eu tinha visto o filhote se esconder atrás de alguns arbustos; fui em direção. Quando estava já chegando perto, levei um susto, pois um dos pais havia passado pertinho de mim, num vôo irado. Quanto mais eu tentava achar o filhote – o que não consegui –, mais a família dele vinha em minha direção. Nas primeiras investidas, tentei me proteger com o próprio equipamento fotográfico, já que eu estava usando uma lente grande. Mas percebi que não seria necessário. As aves atacavam até o ponto em que estavam a mais ou menos um metro e meio de mim; chegando nesse limite, não colidiam; preferiam mudar a direção do vôo. Tentei tirar uma foto de uma delas vindo em minha direção, mas não consegui.

CROMO 5

Quero dedicar esta foto a meus amigos Manoel Almeida e Rusimário Bernardes.

Manoel, você comentou que um pôr-do-sol nunca se repete. É precisamente isso uma das coisas que me fascinam na fotografia – afinal, nada se repete.

Rusimário, você comentou na imagem do pôr-do-sol anterior que se tratava de um milagre da natureza. O que posso dizer é que é um privilégio registrar momentos assim. Fico muito feliz quando presencio e fotografo esses espetáculos da natureza.

No fundo, fotografo para “dizer” às pessoas: “Gente, isso aconteceu um dia”. É por aí.

Mais uma das fotos feitas com cromo. Tirada segundos após a foto do pôr-do-sol postada anteriormente. Na anterior, usei a grande angular da lente, uma 28-135; nesta, a lente estava em 135.

JULINHO MAZZEI

Ontem (11/6/2008), escrevi sobre o locutor Henrique do Valle. Continuei “fuçando” e cheguei até outro ícone do FM no Brasil – Julinho Mazzei, que, a exemplo de Henrique do Valle, também mora nos EUA. Mazzei marcou época no rádio FM, tendo trabalhado nas grandes emissoras do país. Trabalhou também numa FM em Nova York.

Além de locutor, é produtor para rádio e televisão. Não bastassem essas múltiplas funções, é fotógrafo. Para conferir mais sobre o multifacetado artista, acesse o blog dele:
Julinho Mazzei.

POWER TRACKS IS ON THE AIR

Sempre gostei de sair pra rua no fim de semana. Contudo, na primeira metade da década de 90, quando era sábado à noite, eu não saía de casa sem antes escutar o Transamérica Power Tracks, apresentado por Henrique do Valle. Posteriormente, o programa seria transmitido pela Jovem Pan e finalmente pela Metropolitana. A seguir, do Valle voltaria para os Estados Unidos, onde mora.

O locutor tem uma trajetória curiosa: foi atleta – praticava saltos ornamentais. Deixou as piscinas e se tornou um respeitado e prestigiado locutor.

Ele continua envolvido com o Power Tracks, que pode ser escutado pela Band FM, aos sábados e domingos, às 19h. Se você não tem parabólica para sintonizar a emissora, pode também acompanhar pela internet no link
Power Tracks (agora mesmo (11/6/2008, 15h35) estou escutando o programa que foi ao ar no sábado). De quebra, a atração pode ser baixada para seu iPod ou iPhone.

Para você que não conhece o programa, Henrique do Valle apresenta, além dos lançamentos da música pop internacional, notícias e fofocas do meio artístico. Pra quem curte programação jovem ou uma bela locução, Power Tracks é a pedida.

"URBANA LEGIO OMNIA VINCIT"

Hoje (10/6/2008), fiz algo que passei minha adolescência inteira fazendo: escutei Legião Urbana – o CD “Dois”.

A bem da verdade, a vontade era de escutar “‘Índios’”. Aproveitei e escutei o CD completo.

Sempre gostei de poesia e de rock; o Legião veio como que unindo as duas coisas. As letras do Renato Russo traduzem bem o universo juvenil. Para quem (meu caso) era adolescente na época, perfeito.

Renato sabia dessa sua habilidade em se comunicar com os jovens. Tinha ele as manhas do mercado fonográfico e sabia delas se valer. O Legião era para ser sucesso – e foi. Também senhor do palco, Russo provocava catarses durantes os shows.

Procurei por um autógrafo que peguei de Renato Russo, em Uberlândia, num dos shows que o Legião fez por lá. Procurei mas não achei. Caso o ache, escrevo sobre a história do autógrafo por aqui.

CROMO 4

Mais uma foto do céu feita com cromo.

Pelas nuvens que mostram, gosto muito dos céus que vão de maio a agosto.

Eu já estava voltando para casa, após fotografar algumas corujas, quando olhei para as nuvens acima. Nem pestanejei – tirei o equipamento da mochila e registrei.

MEUS OITO ANOS

Quem é da geração de 70 tirou foto similar. Esta foi tirada no dia 28 de outubro de 1978. Eu havia completado 8 anos em 18 de outubro.

Dei de cara com a foto revirando velhas pastas que tenho arquivadas.

Abaixo, a famosa estrofe do poema de Casimiro de Abreu:

Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais.

CROMO 3

Mais uma da série tirada com cromo.

Eu estava chegando em casa quando reparei no céu. Corri então para um lugar apropriado (em frente à Escola Frei Leopoldo, aqui em Patos de Minas) e tirei a foto.

Registro feito em maio deste ano (2008).

CROMO 2

Costumo dizer que a seriema é uma ave perfeita: tem porte, elegância e senso de humor – quem já escutou as “gargalhadas” delas no Cerrado sabe do que estou falando. Esta é a segunda imagem da série de fotografias feitas com cromo que publico.

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (21)

Já comentei neste blog que não é fácil fotografar beija-flores enquanto estão voando, e que é bem mais fácil enquadrá-los quando pousam.

Contudo, com o beija-flor acima, as coisas foram muito fáceis, o que não é comum em fotos de aves e pássaros. Minha intenção não era nem fotografar aves e pássaros, mas, sim, insetos. Tanto é que eu estava usando uma lente macro na câmera – essas lentes são próprias para se fotografar insetos e assuntos pequenos em geral; é necessário chegar o vidro da lente a centímetros do assunto para se fotografar. Contudo, eles, os insetos, não davam as caras. Veio então este beija-flor. Permitiu-me chegar tão perto que usei a lente macro para o registro. Passo a passo, fui me aproximando. Ele parecia não se incomodar. Quando eu já estava perto o bastante, comecei a fotografar. Pensei que o barulho do obturador da câmera fosse espantá-lo, o que não ocorreu. Quando me dei por satisfeito com as fotos de corpo inteiro, tentei me aproximar mais ainda. Afinal, não nos esqueçamos, eu estava com uma lente macro. Se ele me permitisse uma aproximação maior, eu poderia, quem sabe, fotografar somente a região acima do pescoço. Mas aí eu já estava querendo demais. Nosso amigo bateu asas. Desde então, acho que não o vi mais.

APONTAMENTO 4

As circunstâncias existem para que as transformemos em arte.

CROMO 1


Pessoas, tive hoje (7/6/2008) uma experiência típica do interior e de quando a fotografia era somente analógica. É que também fotografo com equipamento analógico, e recentemente enviei para Belo Horizonte mais de uma dezena de cromos (ou slides) para serem revelados e digitalizados. Aqui em Patos de Minas não se revelam cromos. Fiquei por mais de uma semana na expectativa para saber como haviam ficado as imagens. Hoje, fui apanhá-las e voltei para casa correndo, a fim de conferir o resultado. Digo que gostei muito.

A grande parte de meu acervo fotográfico é em formato digital. Contudo, sempre gostei de coisas antigas, velhas. Também por isso gosto da fotografia analógica. Mas o que me leva mesmo a me dedicar a ela é o desejo de me aproximar dos mestres. Não na certeza de que estou produzindo um trabalho acachapante e estrondoso, mas na vontade de vivenciar experiências similares às que vivenciaram. Tudo isso não deixa também de ser uma espécie de tributo a eles, ao passado, à fotografia como um todo. Afinal, a essência do ato de fotografar, seja com cromo ou com digital, é uma só – desde que a pessoa goste mesmo de fotografia. Com outras palavras: o mesmo cuidado que tenho ao fotografar com cromo, tenho ao fotografar com digital. Neste espaço, não vou teorizar sobre as vantagens e desvantagens de cada processo (pelo menos não agora).

A partir de hoje pretendo compartilhar com vocês algumas das centenas de imagens que tenho em cromos. A série a que dou início hoje vai se chamar... Cromo. Sempre que uma imagem postada aqui tiver como origem o formato analógico, direi.

A foto acima inicia a série não por acaso. Quem me conhece ou quem acompanha meu trabalho fotográfico sabe que tenho fascínio pelo gavião-carcará. É uma das aves que mais fotografo. Ademais, também tenho fascínio pelo Cerrado. Esta imagem, assim me parece, une a “secura” do Cerrado e a imponência do carcará.

O registro foi feito num fim de tarde ensolarada. Não marquei a data. Eu estava no aterro sanitário. Mesmo envolvido com sua comida (ou talvez por causa disso), o gavião permitiu uma bela aproximação, o que não é muito comum no caso dos carcarás.

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (20)

Tirei esta foto com uma daquelas digitais compactas que têm o que chamam de monitor articulado. A vantagem é que com esse tipo de monitor a câmera pode ficar bem rente ao chão, sem que o fotógrafo tenha de necessariamente se deitar. Além do mais, ainda que se deite, os olhos não ficam completamente rentes ao chão.

Não fosse o monitor articulado, esta foto não teria este ângulo. É que a câmera estava apoiada no chão. Virei a lente em direção ao céu e fotografei.

Registro feito no Parque Municipal do Mocambo, no dia 12 de maio de 2005, às 14h39. Eli Vieira, estudante de biologia na UnB e responsável pelo Tetrapharmakos in Vitro
me disse que o Cerrado, bioma da região do Alto Paranaíba, tem a maior variedade de insetos de planeta. (Em tempo: esta imagem “superou” a foto dos quatro filhotes de coruja postada neste blog. É que a foto acima é por enquanto (6/6/2008) a foto mais antiga a ser exibida aqui.)

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (19)

Fotografar estes “danadinhos” durante o vôo não é tarefa fácil. Na mesma hora em que estão num lugar, não estão mais. Quando parecem se cansar, aí fica fácil. Pousam num galho qualquer e ficam por minutos e minutos. Permitem até que nos aproximemos.

É comum perder várias fotos quando os tentamos fotografar durante seu rápido vôo. Mas a peleja vale a pena.

Esta foto foi tirada no dia 31 de outubro de 2006, às 14h49.

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (18)

Num mundo perfeito, haveria um esplendoroso céu azul como fundo nesta foto. Mas bem sabemos que o mundo não é um lugar perfeito. Assim, eis a foto, mesmo sem o céu azul que tanto lhe cairia bem.

A espécie retratada é o famoso gavião-carcará. É uma das aves que mais gosto de fotografar.

A imagem acima foi feita no aterro sanitário. Há um tempão eu vinha tentando uma imagem assim. Eu já sabia que no começo das manhãs e no fim das tardes eles se perseguem. Uma bióloga me disse que se trata de ritual de acasalamento. Não era essa a impressão que eu tinha. É que essas perseguições aéreas ocorrem quando um dos gaviões consegue algo para comer e sai voando. Logo após um outro vai atrás. Quando alcança, faz com que o primeiro perca seu naco de comida – no bico de um dos gaviões acima há algo que era para ter sido comido.

De qualquer modo, sendo acasalamento ou espírito beligerante, a intenção minha era flagrar dois (ou mais) gaviões durante esses vôos.

Imagem feita no dia primeiro de abril de 2006, às 17h09.

FOTOPOEMA 1


CULTURA NA CULTURA

Rusimário Bernardes, um dos integrantes do Marrecos Paturebas, é também poeta. Alguns de seus textos, ele os assina como Mário Nhardes.

Textos de Rusimário Bernardes podem ser lidos
aqui.

Rusimário, em seu pseudônimo Mário Nhardes, já teve um de seus poemas divulgados na TV Cultura, no Provocações, de Antônio Abujamra. Caso queira escutar, gentileza clicar
aqui.