sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A política de Raduan Nassar

Nenhum escritor tem a obrigação de se engajar politicamente. O único dever de um escritor é escrever bem, por mais vaga que a expressão “escrever bem” possa soar. Há grandes escritores que não se envolveram com questões políticas. Já outros decidem se valer do que dominam — a palavra — para emitir opiniões politizadas.

Foi o que ocorreu recentemente com o genial Raduan Nassar. Na terça-feira, em São Paulo, durante cerimônia em que recebeu o Prêmio Camões de 2016, Nassar, em seu discurso, criticou não somente o golpe empreendido por Temer, mas também algumas das lambanças da gestão golpista.

Depois, em seu discurso, Roberto Freire, ministro da cultura, defendeu o governo de Temer, ao mesmo tempo em que criticou Raduan Nassar. Isso acabou gerando mal-estar durante o evento e protestos na plateia, que por sua vez foi criticada por Freire.

É um alento saber que Raduan Nassar, mesmo tendo abandonado a escrita literária, não se omitiu diante do cenário político do Brasil de hoje. Autor de uma literatura contundente, dono de uma escrita densa e elegante, Nassar deixou claro que suas palavras têm força também ao serem claramente políticas.
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Para ler sobre o imbróglio ocorrido durante a premiação para Raduan Nassar, este linque, bem como este, podem ser úteis. 

Apogeus

Escrever para ti é escrever para o amor.
Tu és o amor que preciso ter nos braços.
Tu vens, teu corpo em minhas mãos.
Não há a melhor versão de mim sem ti.

Eu tenho dois apogeus.
Um deles é quando estou contigo.
Eu te transformo em palavra.
Ela é meu outro apogeu. 

Mais um livro de minha autoria

Dez de março.

Essa é a data de lançamento de meu próximo livro, Amor de palavra. Em breve, detalhes quanto ao local e ao horário.

Vamos?... 

A história por trás da foto (102)


Lúdico