Cheguei há pouco. O que posso dizer é que tive o privilégio de conferir uma noite histórica: num mesmo palco, durante um mesmo show, pude curtir Nasi, George Israel, Marcelo Bonfá e Charles Gavin; este não estava previsto, mas apareceu no fim do show e deu uma canja – mais cedo, fizera show com os Titãs.
Não falarei de cada um nem do legado que têm produzido. Só digo: a sensação com que fiquei, é a de que a plateia não entendeu bem o que estava acontecendo. Parece que estavam mais a fim de curtir o bate-estaca que viria depois.
Pensei que Bonfá (que mencionou o primeiro show da Legião Urbana aqui em Patos de Minas e se embananou no meio de "Pais e filhos") “apenas” tocaria bateria; ele também cantou. Pensei que George Israel “apenas” tocaria saxofone; ele também cantou. O restante da banda é de uma competência e de uma “pegada” absolutas. Puro rock. (Infelizmente, não sei os nomes dos integrantes da banda que acompanhou Nasi.)
Ficou no ar um clima de show certo no lugar errado. Estou convencido de que se fosse num grande centro, fãs e imprensa estariam comentando o encontro que houve nesta madrugada em Patos de Minas. Achei o público frio e desinteressado. Pareciam não entender muito bem o que estava acontecendo.
Ainda assim, saí do parque de exposições de alma lavada. De Raul Seixas a Legião Urbana, passando por Ira e Cazuza, berrei e pulei. De saideira, fizeram James Brown – and I felt good.