Dias atrás, mexendo em velhos papéis, eu me deparei com o escrito acima, datilografado numa velha Olivetti (foto abaixo) que tive durante muitos anos.
Eu não me lembrava mais do texto. Não sei quando foi escrito, mas gostei do reencontro. Também abaixo, versão digitada do poema.
Química
Pairam no ar
perfume e
muitas intenções.
O perfume está no ar;
o perfume está no corpo.
A respiração
não se engana:
quer se tornar ofegante.
Perfumista algum realiza
essa mistura de cheiros e perfumes.
Tudo se compreende,
e então descobre-se
que a quintessência do ser
tem cheiro.