terça-feira, 11 de outubro de 2016

Renato Manfredini Júnior

Há exatos vinte anos, eu era professor numa escola particular local. Acabadas as aulas, fui direto para casa. Lá chegando, minha mãe me deu a notícia: “Lívio, o Junim [meu amigo de infância] ligou. Disse pra eu te falar que um tal de Renato Russo morreu”.

Nasci em 1970. Eu havia passado uma grande de minha juventude escutando Legião Urbana. Minha mãe, ainda que não quisesse, acabava escutando (mas ela nunca reclamou de eu escutar). Não me lembro, mas acho que eu não tinha computador nessa época. Sei que liguei para o Junim, que disse ter escutado num programa de TV sobre a morte do Renato Russo.

Então liguei na TV Cultura, que, na época, tinha um jornal que começava, se não estou enganado, às 12h. Deram a notícia sobre a morte do Renato Russo. Naquele mesmo dia, já havia sido divulgado que o vocalista morrera em decorrência da Aids.

Sempre fui ruim para guardar datas. Há pouco, li que vinte anos se passaram desde a morte do vocalista da Legião Urbana. Eu não suporia que tanto tempo já havia se passado. Enquanto digito este texto, escuto “Giz”.

Suponho que o legado de Renato Russo vai perdurar. Um dia desses, eu estava dando aula para uma turma de primeiro ano do ensino médio. Quando nasceram, Renato Russo já havia morrido. Durante a aula, pedi a eles que me dissessem o nome de uma canção cuja letra curtem. Dois deles mencionaram “‘Índios’”.