sábado, 4 de julho de 2009

"COISAS QUE VOCÊ PODE DIZER SÓ DE OLHAR PARA ELA"

Terminei de assistir há pouco a “Coisas que você pode dizer só de olhar para ela” (Things you can tell just by looking at her), escrito e dirigido por Rodrigo García, que é filho de Gabriel García Márquez. O filme é de 2000.

A obra é dividida em segmentos ou capítulos. À medida que o filme avança, vamos sendo apresentados aos personagens. A narrativa, que começa fatiada, aos poucos vai fazendo sentido, pois gradativamente os protagonistas vão se tornando presentes nas vidas uns dos outros.

O universo feminino é tratado com sensibilidade e inteligência. Mulheres às voltas com a profissão e com a busca do amor, num drama que consegue ser lírico e divertido. Os capítulos fazem com que as conheçamos tanto no trabalho quanto na intimidade de suas casas. Glenn Close, Cameron Diaz, Calista Flockhart, Kathy Baker, Holly Hunter e Amy Brenneman estão no filme.

Rodrigo García parece ter herdado do pai o gosto pelo humor. Há um momento em que a personagem Carol Faber (Cameron Diaz) está lendo um livro em braile – ela é cega. A irmã dela chega e pergunta que livro Carol está lendo. A princípio, ela brinca, dizendo se tratar de “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus”. Mas depois comenta que na verdade está lendo “Cem anos de solidão”.

Há um anão, uma personagem cega, uma outra com câncer. Aos dramas psicológicos, juntam-se as limitações do corpo. Mas tudo tratado de tal modo a evitar que o filme se torne um dramalhão barato.

No primeiro segmento, Glenn Close é a doutora Keener, que cuida da mãe inválida. No segundo, Rebecca (Holly Hunter) é uma gerente de banco que lida com uma gravidez indesejada e com uma pedinte de rua que parece saber mais sobre Rebecca do que ela própria. No terceiro, Rose (interpretada por Kathy Baker) se debate sobre tentar começar ou não um romance com um anão (Danny Woodburn) que se muda para a casa em frente à dela. No quarto segmento, Calista Flockhart é Christine, lésbica que lê cartas de tarô e convive com a tristeza de ver sua amante (interpretada por Valeria Golino) definhar por causa do câncer. Por fim, no quinto segmento, Amy Brenneman é a detetive Kathy Faber, que passa a analisar a própria solidão depois que sua irmã cega começa a namorar.

FOTOS EM WWW.LIVIOSOARES.COM

Pessoas, há novas fotos em meu site. Para os que têm o hábito de frequentar este blogue, não haverá novidades. Se esse não é seu caso, confira as atualizações aqui. Aproveite e se sinta totalmente à vontade para conferir, além das fotos, os áudios, as crônicas e os fotopoemas - estes também serão atualizados em breve.

APONTAMENTO 64

A madrugada sempre me traz coisas belas. O que não me impede de sentir as belezas do dia.

APONTAMENTO 63

Na falta da força, uma fraqueza criativa.

APONTAMENTO 62

Tudo o que faço um dia fará sentido. Se não para mim, para você.

APONTAMENTO 61

Somos feitos de um anjo triste e de um demônio alegre. Talvez por isso, pelejamos em busca do deus da felicidade.

LETRA DE MÚSICA (10)

Eu me cerco de
coisas belas
na tentativa
de belo ficar.

Acerquei-me
de ti,
de livros,
do Cerrado.

Se belo eu ficar,
terá sido graças
às coisas que
me cercaram.

Agradeço
a ti,
aos livros,
ao Cerrado.

Uma canção me dança,
o amor é feito,
a madrugada invade,
a beleza amanhece.