segunda-feira, 22 de junho de 2015

BRANCO E VERDE

ROLA (2)

Sobre a frase do Boechat, Lenine aderiu... ao rolo: disse, no sábado, o mesmo que o jornalista dissera na sexta. A plateia gostou, repetiu: houve revoada. 

EM MÃOS

As atitudes que deixou de tomar:
a vida que poderia ter sido.

Os sonhos de que abriu mão:
a vida que poderia ter tido.

As viagens que acabou não fazendo:
a vida que poderia ter ido.

Resta-lhe uma vida na palma da mão:
já começou a deslizar pelos dedos. 

O CHARME DA ETIMOLOGIA

Tinha comigo que a palavra “glamour” já havia sido aportuguesada. Na dúvida, dicionário. Conferi. Não há em português o termo “glamur”. Ainda insistindo, fui ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras. Nele, também não há “glamur”.

De volta ao Houaiss, o dicionário que consultei, digitei “glamour”. Lendo a etimologia da palavra, revelação: “Ing. glamour (1715) ‘feitiço, encantamento, magia’, este do escocês glamour, glamer, alt. do ing. grammar ‘gramática’, pela associação que se fazia entre a erudição e as práticas ocultas”. 

QUEM QUER SER MODELO?

Recentemente, Pedro Andrade, por intermédio de rede de TV americana para a qual trabalha, exibiu breve documentário em que o universo dos modelos masculinos é destrinchado. Ao desnudar esse mundo, a produção destaca que o encantamento associado à profissão de modelo é, na maioria dos casos, ilusório. Na prática, o dia a dia da maioria desse pessoal não tem charme nem grana.

O auge da carreira é fazer sucesso em Nova Iorque. Poucos são os que conseguem estar lá. Só que conseguir estar lá não é ainda garantia de êxito. Muitos dos que vão para a cidade ou voltam para o lugar de onde saíram depois de pouco tempo ou levam uma vida com menos grana do que se supõe. A rigor, somente um dos modelos apresentados no documentário tem carreira longa e dinheiro sendo modelo. Ele é uma espécie de versão masculina de Gisele Bündchen. Chama-se Alex Lundqvist.

Depois de assistir ao documentário, a conclusão fácil é a de que, no ambiente dos modelos masculinos, o sucesso não é a regra, diferentemente da ideia que se pode ter. Mas, a rigor, o sucesso, pelo menos tal qual está presente no imaginário, é exceção não somente no mundo dos modelos masculinos. 

APONTAMENTO 265

A erudição pode trazer elegância, mas arrotar erudição é deselegante, seja na fala, seja na escrita.