segunda-feira, 19 de outubro de 2015

(DES)APONTAMENTO 41

A não ser o dinheiro que devem a você, é deselegante cobrar dos outros o que não lhe oferecem espontaneamente. 

APONTAMENTO 288

Creio mesmo que nunca escreverei um grande verso. Mas ainda não desisti de escrever um grande poema. 

APONTAMENTO 287

Algumas religiões prometem o réu. 

PONDO-SE

UMA PALAVRA EM MINHA VIDA

Na primeira metade da década de 90, mantive, no jornal Correio de Patos, semanário que então circulava em Patos de Minas, um espaço intitulado Letras e Músicas. A intenção, como o nome já deixava entrever, era fazer uma coluna que fosse um misto de literatura e de música. No jornal que circulou no dia dezesseis de abril de 1994, publiquei a seguinte nota:

“— Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga não. Deus esteja”. Assim João Guimarães Rosa inicia “Grande Sertão: Veredas”. Dostoiévski também se valeu da palavra nonada no seguinte trecho do livro “A Casa dos Mortos”, tradução de Fernanda Pinto Rodrigues: “Por uma coisa séria, ou por um nonada, zás, me surravam”(...).

No sábado (17/10/2015), eu me deparei novamente com a palavra “nonada”; dessa vez, no “Lazarillo de Tormes” (publicado em meados do século XVI), livro cuja autoria é desconhecida. Logo no terceiro parágrafo da obra, diz o narrador: “Y todo va desta manera; que, confesando yo no ser más santo que mis vecinos, desta nonada, que en este grosero estilo escribo, no me pesará que hayan parte y se huelguen con ello todos los que en ella algún gusto hallaren, y vean que vive un hombre con tantas fortunas, peligros y adversidades”. 

HAICAI 43

Não quero placê. 
Não quero placebo. 
Eu quero você. 

... DE CADA DIA