segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

AQUELES DOIS

Ele, pensando
que ela o acharia
velho demais,
não chegou.
Ela, pensando
que ele a acharia
jovem demais,
não deu bola.
E assim, os dois bobos,
um gostando do outro,
ficaram sem amor.

NO PALCO DA VIDA

Neste momento, escuto “Paciência”, com o Lenine. O verso “a vida não para” fica em minha cabeça enquanto olho fotos antigas tiradas por mim. É que desde quando comecei a fotografar de modo mais intenso, tive hoje a mais reflexiva experiência. Geralmente, quando reflito sobre a fotografia, penso nela em si; não é comum eu me valer da fotografia para ponderar sobre a condição humana. Hoje, contudo, foi diferente.

No sábado, recebi convite para almoçar na casa de Dionathan, grande amigo. Numa das conversas, ele mencionou um amigo dele que morrera devido a tumor cerebral. Morte rápida. Tinha pouco mais de trinta anos. Era casado. Enquanto Dionathan falava, de repente me veio a impressão de que eu já havia fotografado o amigo dele (que tocava viola) durante show.

Ficou combinado então que eu conferiria se era mesmo o violeiro a pessoa fotografada por mim. Ainda conversando na tarde de sábado, falamos de uma prima do músico que viria a se suicidar muito jovem. Ela também era artista – lembro-me de vê-la cantando; houve uma época em que chegou a se apresentar acompanhada por meu irmão Edgard, que é tecladista.

Olhando as fotos, confirmei que o violeiro mencionado na conversa de sábado é o mesmo das imagens. Houve surpresa, entretanto: a prima do artista também está em duas das fotos. Registrei um evento no Teatro Municipal, aqui em Patos de Minas, no dia 25 de agosto de 2006. Numa das imagens, ela está na platéia. Era um show musical com canções caipiras. Durante o espetáculo, um ator interage e brinca com a platéia. Na outra foto, a jovem dança com ele.

APONTAMENTO 46

Almoçando num restaurante, escuto “Silence is golden”, da banda The Tremeloes. De imediato, eu me lembro de quando trabalhei em rádio, pois era uma canção que eu executava com frequência, quando trabalhava à noite. Enquanto o corpo se nutre, a alma se enleva.

UM TEATRO, UM BAR E MUITA MÚSICA

No fim de semana, assisti a dois shows com músicos patenses: no sábado, conferi show com Rubinho (vocalista da banda O Gabba; voz e violão), Lúcio (baixo) Murilo (guitarra) e Ciro (bateria) no Teatro Municipal. Ontem, domingo, conferi, num bar, show com a banda Vandaluz.

Movie Show foi o nome da apresentação no teatro. De antemão, eu sabia que se tratava de um espetáculo com trilhas de filmes. A surpresa foi que trechos dos filmes de que as trilhas eram retiradas eram projetados no palco. Ou então projetavam-se os clipes, enquanto a banda executava as canções.

A idéia das imagens projetadas foi ótima, pois surpreendeu. Não foi somente um show musical. Detalhes técnicos fáceis de serem corrigidos impediram que o show fosse ainda melhor. A idéia é tão bacana que merece ser realizada novamente.

No fim do show, tocaram “Obrigado”, sucesso da banda O Gabba. De acordo com Rubinho, o grupo vai tocar durante a Festa Nacional do Milho deste ano. O vocalista não confirmou nem data nem local do show.

Já ontem, a banda Vandaluz (Vane Pimentel – voz; Cassim – voz e gaita; Murilo – guitarra; Alan Delay – baixo; e Ciro Nunes – bateria) levou seu (necessário) deboche a um dos bares da cidade num show todo autoral, com faixas do CD "Ascende".

O público lotou o bar e se divertiu com a irreverência e a teatralidade da apresentação. Já próximo ao fim, Vane disse que a grana arrecadada com o show vai ajudá-los na viagem que farão a Cuiabá, a fim de participarem de mais um festival de música independente (os integrantes do Vandaluz foram os organizadores do Festival Marreco de Música Independente, realizado em 21 de dezembro do ano passado).