terça-feira, 2 de junho de 2009

SILÊNCIO E VOZ

Melhor nem escutarem meu grito.
Grito melhor quando escrevo.
O que não se pode,
é deixar de achar a própria voz,
o próprio grito, o próprio silêncio.
Por piores que sejam.
Por melhores que sejam.

A(S) HISTÓRIA(S) POR TRÁS DA(S) FOTO(S) (53)

Geralmente não gosto de fotografar animais domésticos. Contudo, quando vi o cachorro acima, logo tive vontade de registrar.

Nada entendo de cães, de modo que não sei a que raça o espécime pertence. Eu estava lá no bairro Copacabana, lugar a que frequentemente vou para fotografar. Prestando atenção no ambiente, em busca de algum animal selvagem, eu me deparei com o cachorro acima. A foto foi tirada hoje (2/6).

E já que o assunto está canino, aproveito para postar a imagem abaixo. Foi feita no dia 7 de setembro de 2006. Na ocasião, eu havia sido contratado para fotografar o primeiro Festival de Teatro Universitário de Patos de Minas.

Os organizadores fizeram pelas ruas uma caminhada performática que contou com a participação de alguns dos grupos teatrais que vieram de outras cidades. Enquanto eu fotografava o pessoal do teatro, vi o cachorro passando, lá na Getúlio Vargas. (Também não sei a que raça pertence.)


Em tempo: enquanto eu digitava o texto acima, eu me lembrei de uma outra foto que tirei de um cachorro, nessas minhas andanças. Nada me recordo dos bastidores da imagem, que vem a seguir. A única coisa que posso afirmar é que o registro foi feito no dia 20 de setembro de 2005 (a informação é registrada no arquivo digital). Quanto à raça, parece-me ser um vira-lata.

FOTOPOEMA 92

APONTAMENTO 56

A falta de tato e a truculência de alguns médicos me faz pensar que deveriam ler um pouco de Oliver Sacks. Em seus livros, ele passa a sensação de realmente se importar com os pacientes. Poderia ser argumentado que Sacks estaria, por assim dizer, fazendo um personagem em seus livros; que no dia-a-dia com os pacientes talvez ele nem se importe tanto assim. Ainda que seja o caso (não sei se é), pelo menos os livros dele exibem um personagem que de fato inspira. A profissão de médico é mesmo belíssima. Mas há profissionais que conseguem fazer dela uma das mais feias.

LETRA DE MÚSICA (9)

Filho, tivesse eu a receita
Não sei nem de mim, meu amigo
Mal chegaste e já sou outro
Sou abnegação e zelo

Torço para que sejas menos tolo do que eu
Tivesse eu feito para mim o que quero para ti
Que eu saiba te dar chão e estrelas
Sou abdicação e cuidado

Olho tua fragilidade, tua pequenez
Que mundo herdarás, serás feliz?
Que tua estrada te conduza à velhice
Sou dedicação e ternura

O mundo inventou muita bobagem
Tem cuidado e lapida o coração
Faz teu caminho, escala tuas montanhas
Sou agora amor próprio e o próprio amor

LETRA DE MÚSICA (8)

Ter de me virar com a saudade
Agir como se eu tivesse força que não tenho
Invento o que fazer, exerço talento
Por dentro, o fogo; por fora, a calma

No silêncio do quarto, no agito da madrugada
Na rua aqui perto, na cidade distante
Eu viajo, eu converso, eu desconverso
Começo, rio, passo, tropeço, vitória

Eu me guio pela fartura das estrelas
Campos de girassóis douram meu caminho
Arrebóis me acompanham em andanças
Falta tua luz para que eu brilhe como tudo