Assim que puder, corra para assistir ao filme “A troca” (Changeling, 2008). Angelina Jolie interpreta Christine Collins, mãe de Walter Collins, que, em 1928, desaparece de casa, depois de a mãe ter saído para trabalhar. A direção é de Clint Eastwood.
Constatado o sumiço do filho, a mãe inicia uma longa e tenaz busca. Em certo momento, um misterioso garoto é levado até ela pela polícia. Assim que o vê, Christine vai logo declarando que a polícia achara o garoto errado. Christine nega que o menino seja o filho dela, mesmo com a afirmação da criança de que ela era, sim, Walter Collins.
Uma tensão crescente vai tomando conta. Mesmo inconformada, Christine leva o garoto para casa. Ela tem certeza de que ele não é o filho dela. Procura a polícia inúmeras vezes, implorando para que a busca por seu filho continuasse. A polícia se nega a prosseguir com os trabalhos e dá o caso por encerrado.
Ainda assim, Christine insiste. Tanto insiste, apesar de já ter sido acusada de ser uma péssima mãe, que acaba sendo confinada a um hospício. A partir desse ponto, sem abandonar o problema inicial, que é o desaparecimento de Walter Collins, o filme toca também noutra delicada questão: o tratamento dispensado a quem era considerado louco.
Logo na abertura, o espectador é avisado: trata-se de uma história real. De fato, somente a realidade conceberia um enredo tão incrível como o de “A troca”. Não consigo imaginar escritor ou roteirista capaz de conceber uma história tão improvável, espantosa, cruel e imprevisível. Da corrupção quase generalizada da polícia, passando por um hospício e por um assassino em série, o filme cavouca feridas e vespeiros o tempo todo.
Parece-me útil comentar o título original – “The changeling”. A palavra changeling, no inglês, tanto pode significar sub-reptícia ou inadvertidamente trocar uma criança por outra quanto, no folclore, troca feita, pelas fadas, de uma criança bela e terna por uma feia, estúpida ou estranha. Por fim, changeling é termo usado na filatelia, significando alteração feita, acidental ou propositadamente, nos tons das cores de um selo por intermédio de processos químicos.
Constatado o sumiço do filho, a mãe inicia uma longa e tenaz busca. Em certo momento, um misterioso garoto é levado até ela pela polícia. Assim que o vê, Christine vai logo declarando que a polícia achara o garoto errado. Christine nega que o menino seja o filho dela, mesmo com a afirmação da criança de que ela era, sim, Walter Collins.
Uma tensão crescente vai tomando conta. Mesmo inconformada, Christine leva o garoto para casa. Ela tem certeza de que ele não é o filho dela. Procura a polícia inúmeras vezes, implorando para que a busca por seu filho continuasse. A polícia se nega a prosseguir com os trabalhos e dá o caso por encerrado.
Ainda assim, Christine insiste. Tanto insiste, apesar de já ter sido acusada de ser uma péssima mãe, que acaba sendo confinada a um hospício. A partir desse ponto, sem abandonar o problema inicial, que é o desaparecimento de Walter Collins, o filme toca também noutra delicada questão: o tratamento dispensado a quem era considerado louco.
Logo na abertura, o espectador é avisado: trata-se de uma história real. De fato, somente a realidade conceberia um enredo tão incrível como o de “A troca”. Não consigo imaginar escritor ou roteirista capaz de conceber uma história tão improvável, espantosa, cruel e imprevisível. Da corrupção quase generalizada da polícia, passando por um hospício e por um assassino em série, o filme cavouca feridas e vespeiros o tempo todo.
Parece-me útil comentar o título original – “The changeling”. A palavra changeling, no inglês, tanto pode significar sub-reptícia ou inadvertidamente trocar uma criança por outra quanto, no folclore, troca feita, pelas fadas, de uma criança bela e terna por uma feia, estúpida ou estranha. Por fim, changeling é termo usado na filatelia, significando alteração feita, acidental ou propositadamente, nos tons das cores de um selo por intermédio de processos químicos.