Mais uma vez, o Cruzeiro deu provas de que não é confiável quando tem diante de si, no Mineirão, jogos decisivos contra equipes estrangeiras. No jogo que terminou há pouco, o River Plate, com mérito e com louvor, tirou a Raposa da Libertadores.
A partida desnudou o que vinha sendo camuflado pelo fato de o Cruzeiro ter seguido na competição, após eliminar o São Paulo: o time está mau. A sensação — ilusória — de que o Cruzeiro tinha fôlego para seguir na Libertadores aumentou depois de a equipe de BH ter vencido o River Plate, lá na Argentina, por um a zero, na semana passada.
Num jogo dinâmico, os jogadores do Cruzeiro pareciam estar a quilômetros de distância uns dos outros. O River Plate se esbaldou no desajeitamento cruzeirense, dando uma aula de técnica, de empenho, de futebol. O Cruzeiro fez um papelão; à parte isso, digam o que disserem, argentino sabe jogar futebol.
No intervalo, bem que o jogador Willian, em entrevista, disse que seria preciso conversar, pois se corria o risco de um vexame, que ocorreu. O baile que o River Plate deu evidenciou a fragilidade do Cruzeiro, que não decolou no campeonato brasileiro, sob a alegação de que o objetivo era a Libertadores. Se jogar a bolinha que jogou há pouco, pode ser que não decole nem no torneio nacional.