Neruda, em seu “Confesso que vivi”, fala da grande emoção que é para um escritor ver pela primeira vez um livro seu impresso.
Nunca tive o privilégio de ver nada meu impresso por alguma editora, já que os dois livros que lancei foram bancados por mim mesmo. Ainda assim, próximo ao lançamento do primeiro, lembrei-me da observação do Neruda.
Contudo, o curioso foi que eu me emocionei não quando vi o livro pronto, mas, sim, quando a gráfica me mostrou o que no jargão deles chamam de “boneco” – dobram algumas folhas de papel e nos entregam, para que a revisão final seja feita. O “boneco” já tem a diagramação pronta.
Quanto o peguei, eu já me emocionei, e logo me lembrei do comentário do Neruda. Pensei comigo: “Nossa! Se pegar o ‘boneco’ já é um barato, imagine quando eu pegar o livro mesmo!”. Entretanto, quando esse momento veio, não houve graça alguma: a emoção de ter em mãos o primeiro livro impresso havia sido “gasta” com o tal do “boneco”...
Nunca tive o privilégio de ver nada meu impresso por alguma editora, já que os dois livros que lancei foram bancados por mim mesmo. Ainda assim, próximo ao lançamento do primeiro, lembrei-me da observação do Neruda.
Contudo, o curioso foi que eu me emocionei não quando vi o livro pronto, mas, sim, quando a gráfica me mostrou o que no jargão deles chamam de “boneco” – dobram algumas folhas de papel e nos entregam, para que a revisão final seja feita. O “boneco” já tem a diagramação pronta.
Quanto o peguei, eu já me emocionei, e logo me lembrei do comentário do Neruda. Pensei comigo: “Nossa! Se pegar o ‘boneco’ já é um barato, imagine quando eu pegar o livro mesmo!”. Entretanto, quando esse momento veio, não houve graça alguma: a emoção de ter em mãos o primeiro livro impresso havia sido “gasta” com o tal do “boneco”...