Anteontem, assisti novamente a “Por amor” (For Love of the Game – EUA, 1999), do diretor Sam Raimi. O filme é baseado no romance “For love of the game”, de Michael Shaara. Nos papéis principais, Kevin Costner (Billy Chapel) e Kelly Preston (Jane Aubrey).
Chapel é ídolo de equipe de beisebol. Com quarenta anos, está no fim de sua carreira como atleta. No dia em que jogaria partida decisiva, recebe dois “golpes”: os novos donos do time em que joga querem negociá-lo e sua namorada anuncia que vai deixá-lo, mudando-se para Londres (estão em Nova Iorque) a trabalho.
Chegado o momento da partida de beisebol, temos acesso ao que se passa na cabeça de Chapel. O jogador, ao mesmo tempo em que dialoga consigo sobre o jogo, revê seu passado, em especial sua relação com Aubrey.
À medida que a partida prossegue, vamos entendendo a cabeça de Chapel. Turrão, ele se vira melhor no jogo de beisebol do que no jogo do amor. Não que não ame de fato a namorada, mas não sabe lidar com esse amor de modo menos “rude”. Ainda que sem querer, acaba magoando a companheira.
Em meio ao turbilhão de um estádio lotado, Chapel revê também seu começo no esporte, já que havia sido incentivado pelo pai desde quando aquele não passava de um garoto. Aumentando a dramaticidade, há ainda um braço do jogador que doi muito, sequela de um acidente que quase o impedira de continuar no esporte.
Eu não me lembrava mais de que o filme era baseado em livro, que pretendo ler. A beleza do esporte pode também ser material para ficção. O filme mergulha no caráter do ensimesmado ídolo, trazendo à tona um personagem tão interessante e “comum” quanto seus milhões de fãs.