Há pouco, no Mineirão, a situação foi curiosa: o grito de “é campeão” foi entoado, mas, oficialmente, o Cruzeiro ainda não é o campeão brasileiro de 2013. O próximo jogo, contra o Vitória, é fora de casa. Depois, a Raposa joga em Uberlândia. Fica um quê de anticlímax na vitória do Cruzeiro sobre o Grêmio.
O gostoso mesmo seria se o Atlético/PR não tivesse vencido o São Paulo. Tivesse isso ocorrido, o Cruzeiro já poderia ser oficialmente decretado o vencedor do torneio. Se, oficialmente, o título não veio hoje, o Cruzeiro pode se orgulhar de ser o primeiro time a ganhar o campeonato brasileiro vencendo todos os oponentes, ora no turno, ora no returno. Isso jamais havia ocorrido. Éverton Ribeiro foi o craque do campeonato.
Hoje, quem jogou demais foi o goleiro Fábio. Se por um lado o Cruzeiro teve mais volume de jogo, por outro, o Grêmio criou oportunidades de marcar. O gol gremista somente não ocorreu devido às belas defesas de Fábio, que consolida, de uma vez, com esse título, o fato de ser ídolo cruzeirense.
A partida de hoje foi chocha, embora o segundo tempo tenha sido melhor do que o primeiro. A primeira metade do jogo foi muito truncada, por causa também das inúmeras faltas que ocorriam em curtos intervalos. Borges, Willian e Ricardo Goulart fizeram os gols.
Outro acerto do time foi a contratação de Marcelo Oliveira. Comedido nas respostas e não passando a atmosfera de empáfia quando fala de seu trabalho, o técnico, com seu modo sensato, é o vencedor do torneio. Lembro-me de uma declaração dele no começo do ano, em que ele disse que não queria ser pré-julgado pelo que já fizera, mas julgado pelo que faria. Ele fez muito.