quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"WHAT'S IN A NAME?"

Eu havia chegado a uma escola para dar aula. Na recepção, havia um exemplar da revista Veja de 7 de novembro. Como eu ainda tinha alguns minutos, comecei a folhear a publicação.

O entrevistado da edição foi Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, cuja carreira, infelizmente, não segui, por jamais ter acompanhado uma temporada de Fórmula 1.

A Veja destacou a declaração de Bruno Senna em que o jovem disse: “Ayrton não é meu ídolo”. Depois disse que quase ficou com a vaga de Barrichello para a temporada do ano que vem.

À medida que eu ia lendo, foi se formando em mim a imagem de um jovem muito cheio de empáfia (não pelo fato de ele ter dito que Ayrton Senna não é ídolo dele), alguém que ostenta o pensamento de que nada tem a aprender com os outros.

Dias se passaram, e o que considerei empáfia me parece agora um ímpeto juvenil ou a tentativa de um jovem em se firmar. Um jovem que já entra em... cena carregando sobrenome famoso, o que, naturalmente, implicará comparações e expectativas.

Mesmo sem experiência na Fórmula 1, ele declara: “Estou muito seguro a respeito de minhas possibilidades. Sempre que tenho um bom carro, entrego bons resultados. Mostrei isso na Fórmula 3 e na GP2, as categorias de acesso à Fórmula 1”.

Senna nada mostrou ainda na Fórmula 1. Não deve ser fácil para ele ser comparado o tempo todo com o tio vitorioso. O mesmo deve ter ocorrido com o filho de Piquet, de quem Senna também falou: “O Nelsinho pode ser bem rápido, mas vai ser difícil ele arranjar emprego” (Nelsinho Piquet tornou público que bateu de propósito, atendendo a ordem da equipe para a qual trabalhou).

Que a primeira impressão que tive, a de que Bruno Senna está chegando à Fórmula 1 com muita empáfia, não se confirme. E que ele tenha uma carreira vitoriosa.