Somente ontem escutei “Que tiro foi esse”. Eu não conhecia a canção nem sabia que as pessoas estão fazendo coreografias, registrando-as em vídeos e as postando em redes sociais. Assim que comecei a escutar, pensei que eu havia perdido o início. A cantora entoa “que tiro foi esse”; depois é que se ouve o “tiro”. Como a frase é “que tiro foi esse”, supus que o “tiro” já havia sido disparado, para então se fazer a pergunta ou o comentário sobre que tiro havia sido aquele. Hoje, escutei de novo a canção, a fim de conferir se a pergunta ou o comentário sobre o “tiro” vem antes do próprio. É o que parece.
À parte isso, que foi só uma boba tentativa minha de buscar alguma lógica no trabalho, também hoje, conferi uma entrevista com Jojo Maronttinni, que canta “Que tiro foi esse”. Ela disse que a expressão “que tiro” é usada quando uma pessoa quer dizer que a roupa ou o visual do outro está bonito, vistoso ou algo assim. Eu não conhecia a expressão.
Prefiro outros “tiros” ou “estrondos” do pop e do rock: os “disparos” no começo de “Demônia”, do Kiko Zambianchi, as batidas iniciais em “Rough boy”, do ZZ Top, o estrondo em “The whole of the moon”, da banda The Waterboys, o também estrondo em “Right between the eyes”, com The Wax, o gongo no fim de “Big in Japan”, do Alphaville, a “bomba” em “Get your filthy hands off my desert” ou o “tiro” em “The final cut”, ambas do Pink Floyd.