quinta-feira, 23 de junho de 2022

Irmandade

A corrupção vinda de pastores, no governo Bolsonaro e fora dele, é a prova de que deus é mesmo um bom negócio. 

Culto

Ministro abre o MEC para dois pastores.
Aleluia, irmão!

Ministro manda inserir a cara dele em impressão de Bíblias.
Aleluia, irmão!

Só recebendo ouro, pastor libera recurso. 
Aleluia, irmão!

Só abrindo igreja, pastor libera verba.
Aleluia, irmão!

Só recebendo dinheiro, pastor libera obra.
Aleluia, irmão!

Ciente, mandatário não demitiu ministro.
Aleluia, irmão!

Enquanto isso, mandatário torra grana com cartão corporativo. 
Aleluia, irmão!

Deus proverá inocência.
Aleluia, irmão! 

"Podem correr a sacolinha"

Em suma, tem-se: o Milton Ribeiro, que foi ministro da educação de Bolsonaro, por quem ele, Bolsonaro, disse que colocaria a cara no fogo, deixou os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura negociarem, no MEC, distribuição de verbas para as prefeituras. Em troca, uma igreja aqui, outra acolá, um quilo de ouro aqui, R$ 15 mil acolá... Gilberto Braga (PSDB), prefeito de Luis Domingues/MA, e Luciano Almeida (União Brasil), prefeito de Piracicaba/SP, mencionaram as contrapartidas com que teriam de arcar para conseguir verbas. Quando ministro, Milton Ribeiro não foi dispensado por Bolsonaro — na tentativa de livrar a pele, Ribeiro pediu para sair do governo. Faz sentido Bolsonaro não o ter mandado embora: dentre outras “pérolas”, o então ministro disse que a universidade deveria ser um espaço “para poucos”. Exatamente por pensar coisas desse naipe é que ele se tornou ministro de Bolsonaro. Aleluia, irmão!