quarta-feira, 10 de maio de 2017

Apontamento 363

Um dos personagens criados por Chico Anysio certa vez usou o termo “Istoeja”, amálgama de IstoÉ e de Veja. No contexto, o personagem queria dizer que as revistas seriam, em essência, a mesma coisa. Na época, embora eu tenha gostado do neologismo, não concordei com ele, pois os semanários tinham, então, linhas editoriais diferentes. Hoje, o “jornalismo” feito por ambas as revistas é tão idêntico que a capa de uma pode estar na outra. 

Apontamento 362

Quando termino de ler um livro de que gostei, o impulso é começar releitura mal terminada a leitura. No meu caso, é somente impulso; não sou de fazer releitura logo após leitura. Todavia, há algo que tenho dificuldade em fazer quando termino de ler livro de que gostei demais, que é guardá-lo na estante.

A vontade é de deixar o livro por perto, de continuar tendo-o nas mãos, de folheá-lo. É um modo de continuar convivendo com o livro, mesmo a leitura já tendo sido feita. É como se isso fosse um modo de reter o que me foi transmitido por intermédio da leitura realizada. Além do mais, quando se ama, quer-se por perto. 

Em claro

Faz parte de mim.
Faz arte em mim.
Eu te leio.
Eu te escrevo.
Cuido por amor.
Cuido por amar.

Fazer amor claro às claras.
Tão claro quanto o clarão do luar,
tão claro quanto clara, 
tão genuíno quanto gema. 

Para onde?

Embora eu não goste, foto tirada com celular. Eu não estava com minha câmera quando me dei conta da luz do Sol passando por uma janela e se projetando sobre a escada. 

Entrevista para a Clube AM