O Cruzeiro, cheio de desfalques; o Atlético/MG, líder do campeonato e com o time completo. Diante disso, o torcedor preto-e-branco tinha grandes motivos para estar otimista. Como era de se esperar, o começo do jogo foi truncado, lento, estudado, amarrado, com diversas faltas.
Aos doze minutos do primeiro tempo, Fabinho se machuca. O que tinha cara de ser mais um problema para
o desfalcado Cruzeiro, torna-se solução. Aos 16 minutos, Wallyson, que substituíra Fabinho, marca o gol do Cruzeiro.
O Atlético, cobrando faltas na intermediária, insistia em cruzar a bola na área, por intermédio de Ronaldinho. O Cruzeiro, marcando forte, rechaçava as tentativas do oponente. Num primeiro tempo sem grandes chances, Danilinho, livre de marcação dentro da área, perde chance de gol, cabeceando para fora, aos quarenta e dois minutos.
Cinco minutos depois, aos quarenta e sete minutos, o Atlético, que tanto insistira em cruzamentos na área, é recompensado: após cobrança de escanteio, Leonardo Silva, depois de desvio na primeira trave, acerta um belo chute, no alto, no canto direito de Fábio.
No segundo tempo, Leandro Guerreiro e Bernard, após entrevero entre os dois, são expulsos. Vale lembrar que o primeiro cartão de Guerreiro foi tomado, no primeiro tempo, após reclamação acintosa.
No Cruzeiro, Everton sai, machucado; entra Marcelo Oliveira. No Atlético, Danilinho sai; entra Guilherme. Aos 40, Borges quase empata. Aos 42 minutos, Pierre é expulso, após falta em Montillo.
Contudo, aos 44 minutos, Ronaldinho fez um golaço. Arrancou desde o meio de campo, percebendo que a defesa do Cruzeiro estava aberta. Foi avançando, entrou na área e tocou, com muita categoria, no canto esquerdo de Fábio.
Após o gol, Ronaldinho sai; entra Serginho. O Cruzeiro, com um a mais em campo, pressiona, sem êxito. O gol somente viria aos cinquenta e seis minutos, com Matheus empurrando para as redes cruzamento vindo da esquerda.
Os atleticanos reclamaram de falta de Montillo momentos antes do empate cruzeirense. Tivesse sido marcada, pode ser que o Cruzeiro não tivesse empatado. No momento do gol, o Atlético estava com oito jogadores, pois Júnior César estava recebendo atendimento.
No todo, um jogo feio, pouco criativo e muito truncado. O Cruzeiro comemorou muito o empate, talvez ciente de que o adversário tem uma equipe superior. Já no Atlético, não creio que o placar baixe o moral da equipe para a sequência do torneio.
O jogo entre os dois, na última rodada, promete. Dependendo do que virá, pode ser que o segundo turno faça com que a torcida do Atlético celebre o título de seu time em jogo contra o Cruzeiro ou com que o time azul estrague a festa do título atleticano.
A nota ruim é que alguns torcedores imbecis jogaram objetos no gramado; o próprio árbitro chegou a ser atingido por um copo d’água. A imprensa tem falado em punição. Que ela ocorra. Que seja exemplar e inexorável, embora eu não creia na firmeza do necessário castigo.