Digo um monte de coisas.
Invento assunto, faço perguntas.
Até arrisco uma piada, um trocadilho.
Tantas e tantas palavras.
Tudo para desconversar o que
eu deveria dizer o tempo todo.
Assunto demais para silenciar
o que em mim é grandiloquente.
A mesma boca que fala o trivial
é a que deseja um beijo forte.
É muita palavra tentando abafar
o que, em chama, o coração quer.