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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

APONTAMENTO 171

“O que há num nome?”. O que há na Dublin de Joyce? O que há no sertão de Guimarães Rosa? O que há na Ipiranga e na São João? O que há em Yoknapatawpha? O que há em Macondo? O que há em Coromandel? O que há em você? O que há em mim?... Nada demais em nada disso. É a arte que torna encantado qualquer lugar e encantada qualquer pessoa. Sem ela, não há encanto. Nem em você nem em mim nem em nenhum lugar.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CONTO 52

Fernando Reis vivia dizendo que seu projeto de vida era comprar um sítio, mudar-se para lá e ficar o dia inteiro lendo Guimarães Rosa, fumando e tomando pinga – não necessariamente nessa ordem. Mas seu último trago, longe do sítio e cercado do barulho da cidade, foi bebido em companhia de um verso de Fernando Pessoa.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

APONTAMENTO 124

“Mestre é quem de repente aprende”, conforme Guimarães Rosa. O que sempre me deixou com a pulga atrás da orelha é a expressão “de repente”. Se a frase fosse “simplesmente” mestre é quem aprende, beleza. Mas há o “de repente”.

Estaria a expressão de repente “apenas” dando um toque literário ou “misterioso” à frase? Em suma: seria o segmento de repente um “mero” truque literário? O que me escapa?

Ou seria o de-repente expressão de um “insight”, de uma “intravisão”, de uma “revelação” ou do que se colhe depois de muitas e insistentes tentativas? Se assim for, o aprendizado não veio de repente, mas, sim, como resultado bonito de um longo e dedicado processo.

Se cogito, é porque o entendimento não se completou. 

Mestre é quem por fim aprende.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"C'MON, CRAZY PEOPLE!"

Hoje foi dia de me lembrar demais da Rádio Mundial, do Rio de Janeiro, que escutei assiduamente na década de 80.

A Mundial não existe mais – hoje, é a CBN (Central Brasileira de Notícias), que tem afiliadas espalhadas pelo Brasil.

Eu me lembrei da Mundial porque consegui uma canção que escutava demais pela emissora – “Duel”, do grupo Propaganda. Consegui a versão longa, com seus dois minutos e dois segundos de introdução.

No começo, apenas teclado e bateria; depois do primeiro minuto, entra o baixo e uma discreta intervenção de guitarra; teclado e bateria continuam.

Como era bom escutar a Mundial e os sucessos da época. A primeira vez em que escutei “Papa don’t preach”, da Madonna, foi pela Mundial. A primeira vez em que escutei “The finest”, com SOS Band, foi também pela Mundial.

Na época, eu tinha aula às 7h. Antes de ir, ficava escutando a Mundial. Depois, à noite, a partir das 20h, Mundial outra vez. Só desligava quando o sono batia.

Foi lá que trabalhou o lendário Big Boy, na década de 60. Como nasci em 1970, não tive o privilégio de escutar o Big Boy enquanto ele esteve na Mundial. Mas na adolescência, eu já tinha a voz dele gravada em fita cassete (você que é jovem, pergunte para seus avós o que é isso).

O Big Boy esteve aqui em Patos de Minas. Meu pai já havia comentado isso comigo. Assim que comecei a trabalhar em rádio, uma das primeiras coisas que procurei saber foi sobre a passagem do Big Boy por aqui. José Afonso e Edson Geraldo (que morreu em setembro do ano passado) tiveram contato com ele.

José Afonso conversou informalmente com o astro da Mundial; já Edson Geraldo o entrevistou para a Rádio Clube. No Youtube, há material sobre o Big boy (caso se interesse, procure por Big Boy e/ou Rádio Mundial).

Nada como uma tarde saudosista. O Guimarães Rosa escreveu que “toda saudade é uma espécie de velhice”. Mas até a velhice pode ser embalada por música.

domingo, 21 de setembro de 2008

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (37)

Esta foto é meu momento “Forrest Gump” (lembra-se da cena de abertura do filme?). O registro foi feito em Três Marias/MG, numa usina hidrelétrica.

Eu estava lá após ter visitado a Gruta de Maquiné e ter passado em Cordisburgo/MG, onde nasceu Guimarães Rosa.

Era um fim de tarde. Na hidrelétrica, muitas garças por perto; pude fotografá-las em profusão. Enquanto me deliciava com as aves, pude ver a pena de uma delas caindo suavemente. Não custava nada tentar... Comecei a tentar fazer o foco, o que não foi fácil. Além do mais, apesar da suavidade da queda, eu sabia que não teria muitas oportunidades. Ainda assim, pude tirar duas fotos. A única aproveitável é esta.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

ARACATACA E CORDISBURGO


Assisti a um documentário sobre “Cem anos de solidão”. Algumas cenas foram feitas em Aracataca, onde nasceu García Márquez. As cenas me fizeram lembrar de quando estive em Cordisburgo, terra em que nasceu Guimarães Rosa. Estive lá de passagem, com destino à Gruta de Maquiné, que fica perto da cidade.

No documentário sobre “Cem anos de solidão”, exibiram pequenos estabelecimentos comerciais cujos nomes fazem alusão a personagens ou episódios da saga dos Buendía. O mesmo se dá em Cordisburgo. Os personagens de Guimarães Rosa nomeiam de oficina de bicicleta a borracharia, bares e mercearias.

Acima, duas fotos feitas em Cordisburgo. Na primeira delas, fachada da casa em que Guimarães Rosa viveu. Hoje, é um museu. A outra foto foi tirada no interior da construção.