“Mestre é quem de repente aprende”, conforme Guimarães Rosa. O que sempre me deixou com a pulga atrás da orelha é a expressão “de repente”. Se a frase fosse “simplesmente” mestre é quem aprende, beleza. Mas há o “de repente”.
Estaria a expressão de repente “apenas” dando um toque literário ou “misterioso” à frase? Em suma: seria o segmento de repente um “mero” truque literário? O que me escapa?
Ou seria o de-repente expressão de um “insight”, de uma “intravisão”, de uma “revelação” ou do que se colhe depois de muitas e insistentes tentativas? Se assim for, o aprendizado não veio de repente, mas, sim, como resultado bonito de um longo e dedicado processo.
Se cogito, é porque o entendimento não se completou.
Mestre é quem por fim aprende.