Anteriormente, já escrevi sobre o que talvez tenha me tornado um leitor. Já falei de livros e de revistas que me influenciaram. Hoje pela manhã, lembrei-me de duas leituras que, suponho, também fizeram com que eu adquirisse o gosto pelo ato de ler.
Penso haver muito de imprecisão nesses “diagnósticos”. Parece-me impossível rastrear todas as causas que nos fazem sermos o que somos. Suspeitamos de algumas, que podem nem ser causas daquilo que supomos que são. Mesmo assim, arriscamo-nos, e isso é bom, pois é uma tentativa de desvelar um fio que, talvez, leve-nos a nosso passado; quem sabe, leve-nos ao que somos.
Quando estudei no Polivalente, aqui em Patos de Minas, onde acabaria por fazer um curso técnico — edificações —, eu ia com frequência à biblioteca. Lembro-me de, por lá, ter tido contato com a literatura (Fernando Pessoa, por exemplo). Mas havia uma coleção que muito me atraía. Eram, não me lembro ao certo, quatro ou cinco volumes. Os títulos, eram algo assim: “O livro do como”, “O livro do onde”, “O livro do quando”...
Eram escritos em forma de perguntas. Assim, em “O livro do como”, poderia haver uma pergunta do tipo “como se fabrica um livro?”; em “O livro do onde”, poderia haver uma pergunta do tipo “onde ocorreu o Maio de 68?”; em “O livro do quando”, uma do tipo “quando o rádio foi inventado?”. Eu gostava muito de ler os volumes da coleção, que era, em essência, se não me engano, de divulgação científica. Já devo ter dito anteriormente que sempre gostei de ler textos de divulgação científica. É o tipo de leitura que faço até hoje.
Já em outra biblioteca, acho que na do Cesu, tive contato com um livro que deixou marcas em mim. Não me lembro do título, não me lembro do nome do organizador, mas era um livro extenso; continha máximas de cunho edificante. Lembro-me da primeira: “Um caminho de mil léguas começa com o primeiro passo”. Devo ter lido todo o livro durante as frequentes idas ao Cesu. Lá, eu também gostava de ler enciclopédias.
Curiosamente, esse livro de máximas, assim suponho, acabaria influenciando meu jeito de escrever, em que tento dizer as coisas com o mínimo de palavras (já tentei me livrar disso, mas não consigo). Não é o caso de afirmar com veemência que assim escrevo só por causa desse livro, mas parece-me que ele, com os epigramas que continha, teve influência definitiva no meu modo um tanto epigramático de escrever em verso.
Penso haver muito de imprecisão nesses “diagnósticos”. Parece-me impossível rastrear todas as causas que nos fazem sermos o que somos. Suspeitamos de algumas, que podem nem ser causas daquilo que supomos que são. Mesmo assim, arriscamo-nos, e isso é bom, pois é uma tentativa de desvelar um fio que, talvez, leve-nos a nosso passado; quem sabe, leve-nos ao que somos.
Quando estudei no Polivalente, aqui em Patos de Minas, onde acabaria por fazer um curso técnico — edificações —, eu ia com frequência à biblioteca. Lembro-me de, por lá, ter tido contato com a literatura (Fernando Pessoa, por exemplo). Mas havia uma coleção que muito me atraía. Eram, não me lembro ao certo, quatro ou cinco volumes. Os títulos, eram algo assim: “O livro do como”, “O livro do onde”, “O livro do quando”...
Eram escritos em forma de perguntas. Assim, em “O livro do como”, poderia haver uma pergunta do tipo “como se fabrica um livro?”; em “O livro do onde”, poderia haver uma pergunta do tipo “onde ocorreu o Maio de 68?”; em “O livro do quando”, uma do tipo “quando o rádio foi inventado?”. Eu gostava muito de ler os volumes da coleção, que era, em essência, se não me engano, de divulgação científica. Já devo ter dito anteriormente que sempre gostei de ler textos de divulgação científica. É o tipo de leitura que faço até hoje.
Já em outra biblioteca, acho que na do Cesu, tive contato com um livro que deixou marcas em mim. Não me lembro do título, não me lembro do nome do organizador, mas era um livro extenso; continha máximas de cunho edificante. Lembro-me da primeira: “Um caminho de mil léguas começa com o primeiro passo”. Devo ter lido todo o livro durante as frequentes idas ao Cesu. Lá, eu também gostava de ler enciclopédias.
Curiosamente, esse livro de máximas, assim suponho, acabaria influenciando meu jeito de escrever, em que tento dizer as coisas com o mínimo de palavras (já tentei me livrar disso, mas não consigo). Não é o caso de afirmar com veemência que assim escrevo só por causa desse livro, mas parece-me que ele, com os epigramas que continha, teve influência definitiva no meu modo um tanto epigramático de escrever em verso.