quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DICIONÁRIO (24)

paço. Nada como um após o outro.

APONTAMENTO 119

Sempre gostei sobremaneira de canções executadas por corais. É que, além da música em si, num coral há várias pessoas voltadas para um só fim. Essa ideia de várias pessoas se voltarem para um objetivo sempre me atraiu. Nesse sentido, não fosse a tolice de alguns torcedores, os estádios de futebol poderiam ser um belo espetáculo.

Quando não há estupidez, um estádio de futebol também proporciona a energia de vários seres que se voltam para um fim. Se uma pessoa torce para o Zebra Vermelha e a outra torce para o Frango Verde, isso deveria ser motivo de empatia, não de burrice. Quando os dois torcedores se encontrassem, poderia pairar algo como “eu gosto de futebol, você gosta de futebol; isso é apenas uma das coisas que nos une”.

Mas bem sabemos que não é assim. Somente me permiti um devaneio utópico por lamentar o fato de que poderia haver concordância em vez de ignorância.

O pensamento da unicidade também me ocorre quando, num show, as vozes cantam determinada canção. Não bastasse a consagração que isso é para um artista, é algo que reafirma de modo forte a possível sintonia.

A ideia de haver comunhão tanto me atrai, que estendo o conceito. É que, a rigor, somos os mesmos e estamos todos aqui numa mesma viagem, a que damos o nome de vida.