terça-feira, 5 de agosto de 2014

DELICADA MÚSICA

O contato inicial que tive com a cantora Lizandra ocorreu na edição do Fermap, Festival Regional de Música do Alto Paranaíba, realizado, salvo engano, em 2012, aqui em Patos de Minas. Na ocasião, Lizandra se apresentou, cantando e tocando violão, ao lado da irmã Andressa Nunes, percussionista.

Desde então, tenho visto Lizandra se apresentar nos bares locais, num repertório que contempla, em grande parte, clássicos da MPB e do pop/rock nacional. Ultimamente, eu a vi interpretando também algo do pop internacional, como a cantora Lorde e o grupo Talking Heads.

Lizandra cursa Engenharia eletrônica e de telecomunicação na Universidade Federal de Uberlândia, no campus de Patos de Minas. Paralelamente aos estudos e às apresentações em bares e restaurantes, ela ia aos poucos revelando a verve de compositora. Temos agora a oportunidade para conferir o que ela tem feito: no dia 15 de agosto, às 20h, no Teatro Municipal Leão de Formosa, Lizandra lança EP que leva seu nome.

Fosse eu me valer de apenas uma palavra para definir o que ela faz, tanto nas apresentações ao vivo quanto em seu trabalho de compositora, eu usaria o adjetivo “delicado”. Delicadeza na voz, delicadeza nas interpretações.

Se “Sofia”, a faixa de abertura, tem pegada pop/rock, “Samba para você voltar”, a terceira do trabalho, rende tributo ao gênero musical que está presente no título da canção. O trabalho da cantora é intimista e lírico. 

Também me chamou a atenção o tom otimista das letras de Lizandra. Ainda que falando de amor ausente, a ideia é positiva. O trecho “fazendo samba torto e direito / Pra não deixar de acreditar na vida” dá bem uma ideia do otimismo que perpassa o EP. Lizandra, ouvinte e executante de MPB, oferta--nos, com seu disco, suas cálidas composições. 

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR

Mangas? Dispenso-as. Nos morangos, não vejo a sensualidade a eles atribuída. As maçãs são gostosas. De mexericas e laranjas, faço questão. Todavia, não adianta: tenho veneração por uma que é gorda, feia e ruim de carregar. O tempo passa, mas a veneração que tenho pelas melancias é a mesma de outros tempos.

Há pouco, eu estava me chafurdando numa. Foi quando tive a ideia para este texto. Só que antes da suculenta delícia, há a casca. Para mim, é uma peleja ter de descascar, seja o que for, por eu ser muito desajeitado em manejar facas. Sempre fico impressionado quando vou comprar uma melancia, e o atendente, em segundos, consegue cortar a fruta, num entalhe perfeito.

Há pouco, saboreei, de olhos fechados, cada fatia. Concentrando-me no prazer em si (no prazer em mim?), fui comendo e comendo. O estômago já estava cheio. Mesmo assim, eu não conseguia parar de fatiar mais um pedaço, mais um pedaço, mais um pedaço... Como pode algo ser tão gostoso?!

Aqui em casa, quando tenho de lidar com elas, sempre apronto uma bagunça: o corte fica torto, os pedaços saem desengonçados. Ainda assim, asseguro, o prazer de saborear melancia é para mim uma epifania, é a possibilidade de acesso a um mundo de delícias não terrenas. Não deixo de ser mortal; entretanto, torno-me um mortal conhecedor de regiões que nada lembram nossa condição passageira e limitada. Degustar melancia é um momento de elevação. 

CURSO DE FOTOGRAFIA

Pessoas, vem aí mais um curso. Caso se interessem, gentileza deixar mensagem, que não será publicada.
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Professor: Lívio Soares de Medeiros
Número de aulas: 5
Duração de cada aula: 1 hora e 30 minutos
Datas: 12, 13, 14, 15 e 19 de agosto
Horário das aulas: 19h30 às 21h
Equipamento necessário: qualquer um que fotografe

Tópicos abordados:
— Tipos de equipamento (câmeras e lentes)
— O treino do olhar
— O uso criativo da velocidade em fotografia
— O uso criativo da abertura em fotografia
— O uso do ISO
— Compondo a imagem fotográfica (o assunto principal na fotografia; a regra dos terços)