Recentemente, assisti a “O mundo de Jack e Rose” (The ballad of Jack and Rose, 2005). Nos papéis principais, Daniel Day-Lewis (Jack Slavin) e Camilla Belle (Rose Slavin). A bela atriz é filha de brasileira com americano; segundo o site IMBD, ela fala bem tanto o inglês quanto o português. Ainda de acordo com o IMDB, Camilla gosta de feijoada. A direção do filme é de Rebecca Miller.
Jack vive numa ilha com sua filha Rose. Ambientalista empedernido, o pai decidira criar a filha longe do mundo capitalista, criando uma espécie de refúgio idílico para os dois. Nesse microcosmo, tudo vai bem até que num certo dia, sem avisar a filha, Jack leva para casa Kathleen (Catherine Keener), sua namorada. Rose se sente traída, enganada.
Complicando ainda mais a convivência, há o despertar sexual de Rose, com dezesseis anos. Pleno de simbolismos e implicações psicanalíticas, principalmente na relação entre pai e filha e na sexualidade de Rose, o sonho de Jack se vê ameaçado também em virtude das presenças dos filhos de sua namorada – Thaddius (Paul Dano) e Rodney (Ryan McDonald). Por fim, há a presença do investidor Martin Rance (Beau Bridges), que quer construir casas próximas à de Jack.
De um lado, Jack com sua utopia; do outro, a pressão para que ele aderisse ao resto do mundo. Por si só, o embate já daria material para um filme, que ainda é temperado pela sexualidade e pelo mundo adolescente. Sem cair na armadilha de intelectualismos ou academicismos, sexo e política pairam durante todo o tempo. Louvável, o trabalho de Rebecca Miller, que é também a roteirista. O que poderia soar como assunto demais para um só filme, é delicada e sobriamente costurado por Miller.
Jack vive numa ilha com sua filha Rose. Ambientalista empedernido, o pai decidira criar a filha longe do mundo capitalista, criando uma espécie de refúgio idílico para os dois. Nesse microcosmo, tudo vai bem até que num certo dia, sem avisar a filha, Jack leva para casa Kathleen (Catherine Keener), sua namorada. Rose se sente traída, enganada.
Complicando ainda mais a convivência, há o despertar sexual de Rose, com dezesseis anos. Pleno de simbolismos e implicações psicanalíticas, principalmente na relação entre pai e filha e na sexualidade de Rose, o sonho de Jack se vê ameaçado também em virtude das presenças dos filhos de sua namorada – Thaddius (Paul Dano) e Rodney (Ryan McDonald). Por fim, há a presença do investidor Martin Rance (Beau Bridges), que quer construir casas próximas à de Jack.
De um lado, Jack com sua utopia; do outro, a pressão para que ele aderisse ao resto do mundo. Por si só, o embate já daria material para um filme, que ainda é temperado pela sexualidade e pelo mundo adolescente. Sem cair na armadilha de intelectualismos ou academicismos, sexo e política pairam durante todo o tempo. Louvável, o trabalho de Rebecca Miller, que é também a roteirista. O que poderia soar como assunto demais para um só filme, é delicada e sobriamente costurado por Miller.