terça-feira, 10 de abril de 2018

Filha de Deus

Ana de Armas é uma das mais talentosas e belas atrizes da nova geração (outra talentosa e bela é Alicia Vikander). De Armas nasceu em Cuba; tem vinte e nove anos.

Vale demais a pena conferir as atuações dela em Cães de Guerra, em Blade Runner 2049 e em Filha de Deus (direção e roteiro de Gee Malik Linton). Este é estrelado por ela, que está no papel de Isabel de la Cruz, católica no nome e no comportamento.

O namorado dela está no Iraque, tendo sido convocado pelo exército americano. Num jantar com a família dele, ela anuncia que está grávida, declarando ser isso um milagre. Claro que ninguém acredita nela.

Paralelamente, o detetive Galban, interpretado por Keanu Reeves, está investigando o assassinato de seu parceiro profissional. Pouco antes de ser assassinado, havia tirado fotos de Isabel e de amigos dela, que estavam em frente a uma boate. Junte-se a isso o fato de que Isabel vê “fantasmas”. Há ainda a convivência dela com a garota Elisa (interpretada por Venus Ariel; foi o papel de estreia dela no cinema), que é aluna de Isabel numa escola infantil.

Quando Isabel diz que a gravidez dela é um milagre, ficamos sem saber se ela é embusteira ou se é louca. O ritmo do filme, um tanto lento, acelera-se nas sequências finais, quando se elucidam a questão de gravidez de Isabel, da convivência dela com Elisa e do assassinato do detetive. É quando Filha de Deus se revela um drama de fortes implicações psicológicas, a ponto de Isabel ter me remetido a Trevor Reznik, o personagem de Christian Bale em O Operário

Versão eletrônica de livro sobre Lula pode ser baixado gratuitamente

Em iniciativa da editora Boitempo, é possível baixar de graça a versão digital do livro “A verdade vencerá”, sobre Lula. É uma entrevista concedida aos jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, ao professor de relações internacionais Gilberto Maringoni e à editora Ivana Jinkings, fundadora e diretora da editora Boitempo. Há também textos de Eric Nepomuceno, Luis Fernando Verissimo, Luis Felipe Miguel e Rafael Valim. Do texto do Verissimo, cito o trecho abaixo.

(...) “A desigualdade brasileira não é uma fatalidade, tem autores identificáveis, pais conhecidos. Através da história, ela vem sendo mantida, principalmente, pelo que pode ser chamado de controle de natalidade de qualquer opção de esquerda, proibida de nascer ou se criar. Até onde a casta dominante está disposta a ir para evitar que a esquerda prolifere, nós já vimos. Os gritos de dor dos torturados pela ditadura de 1964 ainda ecoam em porões abandonados. E 1964 é apenas um exemplo do que tem sido uma constante histórica”. 

Apontamento 373

Cozinhar é temperar alquimia com paciência.