No salão oval,
o carrasco ordenou.
O serviçal se pôs de joelhos.
A casa é branca.
A ducha é dourada.
Agradecido,
feliz
e úmido,
o deslumbrado
lambeu
as botas
do algoz.
Agora, o vassalo
está em casa.
Foi-se embora o brilho
de quem implorava
para ser dominado.
Tristonho,
sem receber notícias,
o capacho
anseia pelo cheiro
daquele que o
subjugou.
Frágil,
rendido,
apaixonado,
inconsolável,
apaga a luz do quarto,
louco para
preencher
o vão
que ficou
atrás de si.