Consegui recentemente uma das canções mais tristes que já escutei – “Anabela”, cantada por Renato Braz. Triste e sensual. A composição é de Mário Gil e Paulo César Pinheiro. É triste, mas como é bela.
Não sei se há algum outro registro da canção (caso alguém aí saiba, gentileza me dizer). Penso que o fato de eu achar a obra extremamente triste se deve não somente à letra, mas também ao arranjo.
Há no Youtube registros informais de Renato Braz cantando “Anabela”, com arranjo ligeiramente diferente do original. Ainda assim, é possível ter uma ideia do que estou falando. Caso se interesse, confira um deles aqui. Já para escutar um trechinho do original, clique aqui.
"Anabela" está no CD “Renato Braz”, lançado em 1996. Abaixo, a letra da canção. _____
No porto de Vila Velha Vi Anabela chegar Olho de chama de vela Cabelo de velejar Pele de fruta cabocla Com a boca de cambucá Seios de agulha de bússola Na trilha do meu olhar
Fui ancorando nela Naquela ponta de mar
No pano do meu veleiro Veio Anabela deitar Vento eriçava o meu pelo Queimava em mim seu olhar Seu corpo de tempestade Rodou meu corpo no ar Com mãos de rodamoinho Fez o meu barco afundar
Eu que pensei que fazia Daquele ventre meu cais Só percebi meu naufrágio Quando era tarde demais Vi Anabela partindo Pra não voltar nunca mais