terça-feira, 4 de outubro de 2016

A história por trás da foto (95)

Muito infelizmente, não me lembro de quem tirou esta foto. Além disso, não tenho a menor ideia de quando ela foi tirada. Deparei-me com o registro no sábado à tarde, num momento em que a intenção era revisitar palavras, não imagens.

Nessa intenção, saquei da estante o “Crônica de uma morte anunciada”, do García Márquez. Enquanto eu o folheava, percebi que havia uma foto dentro do livro. Também não faço a menor ideia de como a fotografia foi parar dentro do destino de Santiago Nasar. Do que sei, é que ela, por questões óbvias, é do tempo em que trabalhei em rádio.

O da esquerda é o Rubinho, que foi vocalista da banda O Gabba, grupo local que tinha como integrantes além dele, Rubinho (vocal), Bruno Fontoura (teclado), Moisés Martins (guitarra), Dell Luiz (baixo) e Cleanto Braz (bateria). Em 2002, lançaram o CD “Alerta”.

O Rubinho e o guitarrista Márcio Lopes, que posteriormente seria integrante da banda O Gabba, com a saída de Moisés Martins, fizeram, certa vez, um show no teatro municipal Leão de Formosa. De última hora, o Rubinho me ligou, convidando-me para participar da atração.

Fiz o papel de um locutor de rádio que estava entrevistando Rubinho e Márcio. Não houve roteiro, tudo foi improvisado. O fio condutor foi o de que, num misto de apresentação musical e teatral, eu entrevistei, para um fictício programa de rádio, os dois dos integrantes da banda O Gabba, que, no tempo vivido no palco, já era uma banda consagrada. A foto da postagem não foi tirada no mesmo dia da performance no teatro. Isso foi em vinte e um de agosto de 2004.

A atriz Maria Célia Costa Santos também participou, no papel de uma ouvinte que ligava para a estação de rádio a fim de tietar os integrantes da banda. Também muito infelizmente, não me lembro de quando essa apresentação foi realizada. 

A fábula dos ratos

Era uma vez, há muito tempo, um rei que decidiu visitar o reino vizinho, onde alguns habitantes o receberam com ratos falsos. Sabiam que se os roedores fossem verdadeiros, assim que se deparassem com o rei, fugiriam dele. 

A história por trás da foto (94)

Há pouco eu estava brincando com o Tito, meu cachorro, quando um casal de maritacas pousou na antena de TV do vizinho. Para desalento dele, Tito, sem avisar, eu o abandonei, saindo correndo para dentro de casa, a fim de pegar a câmera.

Enquanto eu encaixava a lente no equipamento, eu podia escutar as vozes das maritacas. Pensei que o Tito fosse ficar bravo com elas, o que não ocorreu. De volta ao quintal, pude fotografar uma delas. 

Gradação

Em cada
poema,
estrofe,
verso,
palavra,
sílaba
e letra
que escrevi
para ti,
havia a
intenção
do ato.

O resto
são palavras. 

A história por trás da(s) foto(s) 93


No momento em que ela é tirada, há um quê de imprevisibilidade em toda foto. Ainda que haja manejo profissional da técnica e mesmo que se trate de fotógrafo experiente, não existe domínio absoluto sobre o registro que está prestes a ser feito.

Há contextos em que esse não domínio é maior ainda. É o caso das duas imagens desta postagem. Foram feitas com um celular que não tem possibilidade de exposição manual para fotos. Além disso, eu estava dentro de um ônibus em movimento, numa rodovia, enquanto uma chuvinha fina caía.

Nesse cenário, o controle sobre a imagem que virá fica restrito à composição. Mesmo assim, foi difícil conseguir o enquadramento que eu desejava; quando eu ia clicar, algum solavanco fazia com que eu tivesse de mexer os braços.
As fotos foram tiradas em 31 de agosto deste ano. Eram 6h12. No momento dos cliques, o ônibus estava próximo a Perdizes/MG.