terça-feira, 27 de janeiro de 2015

FOTOPOEMA 368

BANDA INDÚSTRIA BRAZILEIRA LANÇA CD


O texto foi abaixo foi lido por mim, no sábado (24/01/2015), no Teatro Municipal Leão de Formosa, antes do início do show da banda Indústria Brazileira.
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Recentemente, escrevi que Patos de Minas vive, atualmente, o melhor momento musical de sua história. Pode parecer que haja algum exagero em minha afirmação, mas digo isso pelo seguinte: há vários artistas produzindo — e produzindo material próprio. Esse investimento em trabalhos autorais é o que me leva a afirmar o belo momento musical da cidade.

Todavia, voltemos no tempo: em 1989, surge no cenário local a banda Duas Tribos. Os integrantes eram Arílson (voz), Alencar (violão), Helenilton (baixo), Léo (guitarra) e Willian (bateria). Depois do primeiro show, a banda adota o nome de Indústria Brazileira (com Z). A partir daí, começam a se apresentar em Patos de Minas e também na região. A banda chega a ser atração de um evento que deixou saudade — o Encontrão Cantar na Praça. Em 1990, tocam na extinta FIC Patos.

Também em 1990, o grupo passa por modificações: Alencar, Helenilton e William saem; entram Michael (baixo) e Cleanto (bateria). Contudo, em 1991, a banda se desfaz, tendo ficado inativa até 2007. Nesse ano, retornam praticamente com a formação original, com Michael tocando contrabaixo. A partir daí, voltam a se apresentar em Patos de Minas e também na região. Em Patos, apresentam-se em quatro edições da Fenamilho: 2008, 2009, 2010 e 2011.

Após a Fenamilho de 2011, Arílson, o vocalista, deixa a banda. Sandra, esposa do baixista Michael, é chamada para os vocais, divididos com os demais integrantes. Posteriormente, Arílson assumiria novamente os vocais. Atualmente, a formação é a seguinte: Arílson (vocal), Leo (guitarra, violão), Guilherme (baixo) e Willian (bateria).

Contada essa história, retomo o que eu disse no começo: o belo momento musical que Patos de Minas tem vivido. Na noite de hoje, temos mais uma expressão autoral de artistas que têm ligação com a cidade. Estamos aqui para celebrar o lançamento do CD “Na Primavera”, da banda Indústria Brazileira.

O disco tem doze faixas. As letras visitam também as temáticas romântica e social, sem abrir mão do senso de humor. Em “O recomeço”, a terceira faixa do disco, tem-se uma balada romântica que, curiosamente, mistura desilusão e otimismo. Já em “Pra você”, a quinta faixa, não há travo, mas “apenas” superação.

A temática social ou coletiva fica por conta de “Todo mundo é assim”, a quarta canção do CD, “Processo civil” e “Quase tudo igual” (as duas últimas fecham o disco). O toque de humor é dado por “Blues do camarada”, em que se conta uma história de um personagem cujo nome é Alencar. Sim, o personagem é aquele mesmo que foi um dos integrantes da banda.

Os que estiveram em shows do Indústria Brazileira se lembram de que Legião Urbana era parte essencial do repertório da banda. A influência dos legionários no CD é clara. Nesse sentido, e levando-se sem conta as apresentações do Indústria desde fins da década de 80, a noite de hoje é um reviver. Em contrapartida, é, ao mesmo tempo, o começo de uma história, pois, hoje, aqui estamos também para presenciar um show com canções autorais da banda.

Permitam-me agora uma breve nota pessoal: tive o privilégio de conferir dezenas de show do Indústria Brazileira e de entrevistá-los num programa de rádio. Foi uma honra para mim receber deles o convite para fazer a apresentação do CD “Na primavera” nesta noite. À parte o trabalho que realizaram, sou amigo dos que fizeram parte das duas primeiras formações do grupo. Não bastasse isso, sei bem o quanto me diverti, seja às margens da Lagoa Grande (na época havia bares com música ao vivo por lá), seja em algum outro lugar, ao som do Indústria Brazileira. Digo, sem exagero, que fui feliz ao som da banda.

Creio que todos nós estamos aqui hoje para uma celebração, para um tributo ao passado, para um brinde ao futuro e para a curtição do presente. A noite é de festa, é de dar os parabéns para a banda por ter se aventurado em um trabalho autoral. Que tenhamos uma noite... industriosa. Muito, muito obrigado ao Indústria Brazileira por ter me concedido o privilégio de estar aqui. Uma bela noite para todos. 

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (81)

Quando me dei conta de que o bando de maritacas estava pousando nesta árvore, é claro que logo pensei em fotografá-las. Ao mesmo tempo, de imediato tive noção de que a tarefa não seria fácil: a copa é fechada e as maritacas são praticamente da mesma cor das folhagens. Por outro lado, isso não poderia ser pretexto para que eu não tentasse fazer algum registro.

A princípio, nem era possível enxergá-las. Mudei então de lugar. De vez em quando, de relance, era possível ver alguma delas se movendo de um galho para outro. Mas a algazarra delas era veloz. No instante em que uma estava num galho, não mais estava lá quando eu conseguia acertar o foco.

As tentativas prosseguiam. Outras maritacas iam chegando, mas não se podia enxergar onde exatamente estavam pousando. Foi quando achei a que está nesta foto. Consegui quatro cliques. Depois deles, ela e as demais embarcaram outra vez.