segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (78)

Na sexta-feira passada (22/08), terminado o show da banda O Berço no Teatro Municipal Leão de Formosa, aqui em Patos de Minas, fui a um restaurante, conferir música ao vivo com a Lizandra, que recentemente também lançou seu trabalho no teatro. Já saindo do restaurante, reparei na árvore que está na foto. Peguei a câmera e fiz o registro.
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Dados técnicos
1/13
F/4.5
ISO 2000
(Foto tirada às 22h58.) 

CONTO 69

Calisto estava pensando em buscar Deus. Decidiu que não O buscaria fora de si, após considerar que lá fora há lugares demais. Também pensou que se Deus estivesse lá fora, poderia estar num lugar a que o Universo ainda não chegou. Numa espécie de otimismo, concebeu um Deus que poderia estar mais perto dele — na pessoa ao lado, por exemplo. Obviamente, concluiu que se Deus pode estar lá fora, mas dentro de uma pessoa, então pode estar dentro dele, Calisto. E assim iniciou a busca. 

AGRADECIMENTO

No sábado à tarde, fui ao shopping. Já de saída, no estacionamento, procurei pela chave da moto. Ela não estava no bolso em que era para estar. Vasculhei os demais bolsos. Nada. Já acreditando em tê-la perdido, cogitei pegar o elevador e voltar aos lugares onde havia estado, reparando no trajeto percorrido e nutrindo a esperança de achá-la.

Foi quando me deparei com um papel enrolado no suporte do retrovisor direito. Nele, um bilhete. O papel era do tíquete do estacionamento; no verso do comprovante, havia mensagem de que eu esquecera a chave na moto. Para reavê-la, bastaria procurar os seguranças do shopping. Pude mesmo recuperar a chave quando os procurei.

Desde então, tenho pensado na honestidade e na bondade da moça que entregou a chave para o segurança (foi ele quem me disse que era uma moça). Dentro da moto estava meu capacete. A pessoa poderia ter destravado o banco e levado o capacete, ainda que deixasse um bilhete dando notícia sobre a chave. Ou poderia até mesmo ter levado a moto. Afinal, quando a cancela é aberta, há tempo para que duas motos passem. Ela poderia ter saído em minha moto; depois, voltaria e buscaria a dela.

Como isso não ocorreu, este texto é um agradecimento ao bonito gesto da moça. É pouco provável que ela me leia; mesmo assim, fica o registro do quanto sou grato a ela, que escreveu no bilhete: “Vc esqueceu sua chave na moto. Sua chave está com os seguranças do shopping”. 

PASSO A PASSO

Segue a melodia.
A música te convida.
Segue o ritmo do
que bate no peito.
Uma canção é
sintonia para
meu passo e
o teu passo.
A estrada é
feita de sons,
é feita de
mim e de ti.
Depois de
um horizonte
um outro
se descortina,
não há
caminho
que se fecha,
não há voz
que não cante
outra vez.
A gente chega
é caminhando.
Caminhando,
a gente parte.