quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SECRETARIAT

Logo na abertura do filme Secretariat (EUA, 2010), do diretor Randall Wallace, torci o nariz, quando vi que era uma produção da Disney: pensei que assistiria a algo piegas e politicamente correto demais, mesmo ciente de que o filme se baseia numa história real.

Se por um lado o filme tem o bom-mocismo da Disney, por outro, havia uma grande história para ser contada, e o filme não fez feio ao contá-la. Além do mais, a produção confirma que os americanos têm, há muito, o domínio de como contar as belas histórias que o esporte pode gerar.

Secretariat foi um cavalo que nasceu no dia trinta de março de 1970. Morreu no dia 4 de outubro de 1989. Deram-lhe uma injeção letal para livrá-lo de uma doença que lhe causava dores no casco.

Na era da televisão, Secretariat foi o primeiro cavalo a ganhar a chamada tríplice coroa no turfe americano. Tornou-se tão popular nos EUA que foi capa das revistas Time, Newsweek e Sports Illustrated. Seu recorde de dois minutos e vinte e quatro segundos para correr uma milha e meia ainda não foi superado (uma milha equivale a 1,61 quilômetro) no tipo de pista em que ele então competiu. A corrida foi em 1973.

O elenco de Secretariat é de primeira: Diane Lane faz Penny Chenery, a dona do cavalo, um dos bens herdados após a morte do pai; John Malkovich faz Lucien Laurin, o treinador; e Otto Thorwarth, Ronnie Turcotte, o jóquei.

No dia 13 de julho de 1978 a carreira de Turcotte terminaria, depois que ele se acidentou numa corrida (ele não montava Secretariat na ocasião). Devido à queda, ficou paraplégico. Vive com as quatro filhas e a esposa. Laurin morreu em 2000; Chenery é viva. 

Para mais informações, há o sítio secretariat.com. No Youtube, há entrevistas  e o vídeo da lendária corrida de 1973. Ron Flatter, da ESPN, num belo texto, foi preciso ao relatar o poder de Secretariat e a distância que o separava do oponente: “Era tão grande, que até a mais extensa grande-angular da CBS (...) mal podia mostrar Secretariat e o segundo colocado, Twice A Prince, num mesmo quadro”.