domingo, 19 de janeiro de 2014

RELAMPEJANDO

Fotografar relâmpagos é projeto acalentado há tempos. Há pouco, chegando em casa, vi que talvez seria possível fotografar os que estavam se manifestando acima do horizonte. Corri aqui dentro, peguei a câmera, uma cadeira e um banquinho (cadeira e banquinho para substituírem o tripé). Peguei também um livro, em que apoiei a câmera.

Se o cenário não é o ideal para mim (eu sempre quis fotografar relâmpagos sem interferência urbana), ainda assim foi possível tirar algumas fotos. O tempo de exposição da imagem postada aqui foi de quinze segundos; isso significa que a câmera ficou tirando a foto durante esse tempo. Daí o uso da cadeira e do banquinho, para que a imagem não ficasse tremida. 

"ORAÇÕES PARA BOBBY"

“Orações para Bobby” [Prayers for Bobby], de 2009, do diretor Russell Mulcahy, relata a princípio a convivência entre Bobby (Ryan Kelley) e Mary Griffith (Sigourney Weaver). Bobby é filho de Mary; ela, por sua vez, não aceita, devido à intolerância religiosa, que o filho seja homossexual. O livro é baseado em livro homônimo de Leroy Aarons.

A intolerância de Mary se deve à educação religiosa igualmente intolerante que recebera. O filme é um daqueles que se iniciam com uma determinada cena. Há um corte e depois volta-se no tempo. Assim, fiquei com a sensação de que a cena inicial seria a última, o que não é o caso. Na metade do filme, completa-se a cena inicial.

O enredo conta história ocorrida entre o fim da década de 70 e o começo da de 80. Até a metade da película, o foco é sobre o drama de Bobby, que se sente um pária devido à homossexualidade, e a convivência dele com a mãe, que chega a dizer para ele que se recusava a ter um filho homossexual. Na segunda parte da história, o foco é sobre a trajetória de Mary.

“Orações para Bobby” detalha manifestações de preconceito no dia a dia, na convivência familiar. Nas miudezas do cotidiano, Bobby vai sendo massacrado pela rigidez da mãe. À maneira dela, é amor o que ela sente. Mas um amor que, paradoxalmente, em virtude de preconceitos herdados, em vez de criar, destrói.

Não bastasse a história por si, pela qual o filme vale a pena, a atuação de Sigourney Weaver é excelente. Graças ao trabalho dela, não há como ficar indiferente a Mary, que pode causar repulsa e, posteriormente, admiração; ou, dependendo de quem assistir, admiração e, posteriormente, repulsa.