quarta-feira, 13 de novembro de 2013

CLUBE ATLÉTICO CRUZEIRO


O Atlético/MG é campeão da Libertadores e o Cruzeiro é campeão brasileiro. Isso é motivo de festa. Foi o melhor ano do futebol mineiro no que diz respeito a títulos das duas maiores equipes de Minas Gerais. Isso, sem mencionar que o Atlético ainda tem o mundial de clubes para disputar. 

Não é segredo para ninguém que, em função da audiência e da grana, os meios de comunicação do Rio e de São Paulo prefeririam que Flamengo e Corinthians estivessem na posição em que estão Atlético e Cruzeiro hoje. Embora aleguem tratar igualmente os clubes, fica nítido que TVs, rádios, jornais e “sites” do Rio e de São Paulo têm nas equipes desses estados sua menina dos olhos, devido a faturamento e a audiência. Para “sorte” deles, o Flamengo briga por título nacional na Copa do Brasil. 

Num cenário ideal, as regiões norte, nordeste e centro-oeste também entrariam com mais frequência e de modo mais incisivo na busca por títulos, seja no Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil, na Libertadores. Devido a razões históricas e econômicas, isso não ocorre, mas é sempre bonito quando o futebol de outros estados balança a rede e as estruturas. 

 Ao Cruzeiro, parabéns pelo título. Jogando na Bahia, contra o Vitória, a Raposa foi para o vestiário sem que o título estivesse de fato confirmado. Agora, no segundo tempo, que começa já, já, o time de Minas Gerais vai entrar em campo como o campeão brasileiro de 2013. 

O INSETO

Minúsculo inseto sobe pela parede.
Não faz a menor ideia do que é o Universo.
Nem eu. 

TESSITURA

FLORES EM VOCÊ

PIRADO

Você me acende.
Você me ascende.

Você me move.
Você me comove.

Você me leva.
Você me enleva.

Você me inspira.
Você me pira. 

DE REPENTE

As coisas não acontecem de repente.
De repente, a gente se depara com elas,
mas já estavam sendo germinadas, 
estavam se insinuando, 
sendo boladas.

De repente, houve o Universo?
Depois dele, nada foi de repente. 

APONTAMENTO 186

Quando se tem a vontade de aprender, o outro ensina até sem querer. 

DESFILE


Foto que tirei em vinte e quatro de junho de 2007. Usei uma câmera compacta que tive, uma Canon Powershot Pro1. Era complicadíssimo valer-se dos recursos que ela tinha. A vantagem é que depois de domá-la, ficou um tanto fácil lidar com as demais câmeras que tenho manejado. 

DA SENSUALIDADE

A pessoa que tem sensualidade é sensual até no silêncio. Ou principalmente nele.

A pessoa sensual não precisa estar sem roupa. A sensualidade flui, esteja a pessoa em roupas de frio, esteja em trajes de praia.

A sensualidade está na voz, no jeito de olhar, no modo de chegar... Sobretudo, a sensualidade é espontânea. Não adianta tomar a decisão de ser sensual. A sensualidade não está — ela é.

A sensualidade é congênita. Pode ser incrementada, adornada, lapidada, sofisticada. Todavia, não basta tomar a decisão de ser sensual para sensual se tornar. Tentativa de sensualidade não é sensualidade.

A sensualidade é sutil; na busca por ela, muitos caem em afetação. Roupas não deixam ninguém sensual; elas intensificam a sensualidade que, entretanto, emana com naturalidade.

Sensualidade nada tem a ver com gente magra ou com gente gorda. Há pessoas que são magras, têm corpos talhados em academia e não têm nada de sensual; há gente que é gorda e exala sensualidade.

Cátia pode achar que em Jorge a barba é sensual; já Luana pode não resistir a Tiago quando ele faz a barba. Guilherme pode achar que a boca de Lara é a coisa mais sensual que há, enquanto Henrique fica louco com o jeito de caminhar de Carmem. 

É difícil definir a sensualidade; mais fácil é exemplificá-la. Ela é imprecisa, quase etérea, caso se queira verbalizá-la. Ao mesmo tempo, é encarnada, material, incitante.

A boa notícia é que não há quem seja unanimemente sensual. Alessandra pode ser sensual para Pedro e sem graça para João. José pode não causar nada no olhar de Natália e ser muito sensual para Betânia.

A sensualidade pode estar em qualquer um. Ela pode estar nos olhos de quem contempla. 

ALELUIA!

Aleluia serelepe
faz a festa
em volta
da lâmpada.
Instantes depois,
perde as asas.

A aleluia
agora é chão.
Mas não se
debate contra
a força da gravidade
nem se revolta
contra o peso
da vida. 

REFLEXO

FOTOPOEMA 338