A pessoa que tem sensualidade é sensual até no silêncio. Ou principalmente nele.
A pessoa sensual não precisa estar sem roupa. A sensualidade flui, esteja a pessoa em roupas de frio, esteja em trajes de praia.
A sensualidade está na voz, no jeito de olhar, no modo de chegar... Sobretudo, a sensualidade é espontânea. Não adianta tomar a decisão de ser sensual. A sensualidade não está — ela é.
A sensualidade é congênita. Pode ser incrementada, adornada, lapidada, sofisticada. Todavia, não basta tomar a decisão de ser sensual para sensual se tornar. Tentativa de sensualidade não é sensualidade.
A sensualidade é sutil; na busca por ela, muitos caem em afetação. Roupas não deixam ninguém sensual; elas intensificam a sensualidade que, entretanto, emana com naturalidade.
Sensualidade nada tem a ver com gente magra ou com gente gorda. Há pessoas que são magras, têm corpos talhados em academia e não têm nada de sensual; há gente que é gorda e exala sensualidade.
Cátia pode achar que em Jorge a barba é sensual; já Luana pode não resistir a Tiago quando ele faz a barba. Guilherme pode achar que a boca de Lara é a coisa mais sensual que há, enquanto Henrique fica louco com o jeito de caminhar de Carmem.
É difícil definir a sensualidade; mais fácil é exemplificá-la. Ela é imprecisa, quase etérea, caso se queira verbalizá-la. Ao mesmo tempo, é encarnada, material, incitante.
A boa notícia é que não há quem seja unanimemente sensual. Alessandra pode ser sensual para Pedro e sem graça para João. José pode não causar nada no olhar de Natália e ser muito sensual para Betânia.
A sensualidade pode estar em qualquer um. Ela pode estar nos olhos de quem contempla.
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