Considero que a defesa de pênalti do Victor, no finzinho do segundo tempo, contra o Tijuana, foi o grande lance do futebol neste ano até agora. Vieram depois cobranças de pênaltis contra o Newell’s Old Boys e contra o Olimpia.
Mesmo assim, a defesa do Victor naquela partida pareceu-me mais emocionante. Mais até do que a disputa de penalidades no jogo desta noite de quarta para quinta. Para o atleticano, parece-me óbvio que a partida realizada na noite passada é mais significativa, mas para quem curte futebol como um todo, aquela defesa contra o Tijuana é memorável.
Sem levar isso em conta, a disputa contra o Olímpia, realizada ontem no Mineirão, foi um jogo ruim. No todo, sem criatividade, monótono, com o Atlético insistindo em jogadas aéreas ou em usar Jô em seu já tradicional, no Atlético, papel de pivô. Ele acabaria fazendo o primeiro gol do time mineiro, não por mérito na construção de uma jogada atleticana, mas, sim, por erro do Olimpia. O jogo foi truncado, as jogadas não fluíam.
Quando o time paraguaio passou a atuar com um jogador a menos e veio a prorrogação, era natural que se pensasse que o Atlético conseguiria fazer o terceiro gol, o que eliminaria a cobrança de pênaltis. Como isso não ocorreu, a equipe belo-horizontina teve de decidir, mais uma vez, em penalidades máximas.
Mesmo não tendo jogado um futebol tão brilhante quanto o que jogou no começo do torneio, o Atlético merecia o título. Além do mais, o time tem torcedores carentes de conquistas expressivas. A Libertadores é um prêmio a uma torcida pungente. Depois da partida, Cuca, o técnico, num desabafo bacana, disse: "Não tem mais azar p... nenhuma". Parabéns para o Cuca, parabéns para o Atlético.