quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A história por trás da foto (89)

Esta foto foi tirada no dia primeiro de julho de 2005; eram 11h17. Eu estava no bairro Jardim Califórnia, aqui em Patos de Minas. Lembro-me muito bem do momento, por ter sido uma das primeiras vezes em que tive a oportunidade de realizar um registro decente destas adoráveis criaturas.

Na época, eu tinha uma Canon PowerShot Pro1. Era uma câmera complicadíssima de ser manejada. Domá-la foi uma labuta. O lado bom é que depois de entender não somente para que serviam botões e nomenclaturas, mas também saber decidir quais ajustes usar, perdi o “medo” de fuçar em câmeras fotográficas. Sempre digo, por brincadeira, que aquele que tenha dominado uma Pro1 está apto a manejar qualquer equipamento fotográfico.

Na época, eu era iniciante na fotografia. Havia uns sete meses que estava me dedicando a ela de modo mais intenso. Isso foi algo que dificultou minha relação com a Pro1, mas quando nos ajustamos, quando passou a haver sintonia, eu me diverti muito com essa compacta. A lente dela era uma 28-200.

Quando passei a compreender o uso do ISO, uma das coisas que me entusiasmavam na Pro1 é que ela tinha ISO 50! Depois dela, nunca mais manejei um equipamento fotográfico que tivesse ISO mínimo tão baixo. A própria foto desta postagem foi tirada com ISO 50. Não bastasse, fotografava em RAW.

Pude ficar relativamente perto da coruja. Eu estava numa moto. Montado nela, fui me aproximando pouco a pouco da ave, não olhando para ela. Ainda sem olhar, ajeitei o monitor da câmera de modo que eu enquadrasse a coruja; a seguir, cliquei.

A pata esquerda dela parece estar quebrada ou algo assim, embora eu não esteja bem certo disso. De qualquer modo, não me parece que ela esteja numa posição que possa ser considerada natural. Tirei umas seis ou sete fotos da coruja, que depois bateu asas. Nunca mais a encontrei novamente.
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Canon PowerShot Pro1
ISO 50
1/800
F/3.5 

Simplesmente o melhor

Agora há pouco, via telefone, enviei para a Maíra, colega de trabalho, algumas fotos que tenho tirado; especificamente, fotos de beija-flores. Ela então me perguntou se dentre as fotos que eu enviara para ela havia alguma que fosse minha preferida. Eu simplesmente respondi: “Não”. Ela disse que achou minha resposta engraçada, mesmo não tendo essa sido minha intenção.

Mas é que de fato não tenho uma preferida. Além do mais, confesso que fico estarrecido quando alguém consegue responder com exatidão perguntas do tipo “qual sua música preferida?”, “qual seu filme preferido?”, “qual o melhor livro que você já leu?”. Espanta-me quando as pessoas respondem com tanta assertividade que um livro ou um filme ou uma canção é a melhor coisa já feita. Admiro isso. Eu não conseguiria nem escolher qual minha cor preferida. 

Encomenda

Encomendaram-me algo. 
Foi-me sugerido um poema. 
Prefiro arriscar algum quando
suspeito de alguma beleza. 
Bastou então eu te ver.