Em texto publicado anteriormente, escrevi sobre a sensualidade. A temática continua me atraindo. Volto ao assunto, desta vez para dizer que pessoas que têm sensualidade a exalam em tempo integral. Há nelas um jeito de caminhar, um modo nos gestos, um quê na cadência com que executam as tarefas no dia a dia que as tornam sensuais.
Não são estabanadas; tampouco são monótonas nos movimentos. Acham um equilíbrio que faz com que se movam com graciosidade. Não passam a ideia de indolência nem transparecem a sensação de que estão apressadas. Esse equilíbrio, aliás, está também na voz, que não é sussurro nem grito. As pessoas sensuais são um meio-termo mais “fatal” do que qualquer excesso.