domingo, 8 de fevereiro de 2015

AINDA SOBRE A SENSUALIDADE

Em texto publicado anteriormente, escrevi sobre a sensualidade. A temática continua me atraindo. Volto ao assunto, desta vez para dizer que pessoas que têm sensualidade a exalam em tempo integral. Há nelas um jeito de caminhar, um modo nos gestos, um quê na cadência com que executam as tarefas no dia a dia que as tornam sensuais.

Não são estabanadas; tampouco são monótonas nos movimentos. Acham um equilíbrio que faz com que se movam com graciosidade. Não passam a ideia de indolência nem transparecem a sensação de que estão apressadas. Esse equilíbrio, aliás, está também na voz, que não é sussurro nem grito. As pessoas sensuais são um meio-termo mais “fatal” do que qualquer excesso. 

LUGAR

Inserimos números nas casas, 
damos nomes às ruas, 
riscamos constelações no céu, 
inventamos dispositivos de localização. 
Há todo um sistema para que
saibamos onde estamos. 
Os nomes, os números, os endereços...
Nada disso elimina o nome do
caminho que é nosso: labirinto. 

TRIO