segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
Convite
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Amor de palavra,
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Poesia
Não mais
Desde hoje,
não há mais
os dois.
Em horas,
a manhã
vai renascer.
Eles só
vão acordar.
Gente demora
para renascer.
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Literatura,
Poesia
Quatro segundos de "Sexy"
Tenho escutado “Sexy”, do Paulo Ricardo. A letra é uma espécie de “Olhar 43”, só que sem a força desta; “Sexy” é cheia de chavões, não tem o lirismo cheio de energia de “Olhar 43”.
Todavia, aos três minutos e seis segundos da canção, uma cantora de apoio faz uma intervenção que é muito, muito bonita. São quatro segundos, um dos mais belos quatro segundos da música pop. Há sensualidade, ternura, elegância, suavidade, feminilidade, aconchego na voz da cantora, que transmite doçura e paz.
(Será a Anitta nesse vocal de apoio? Não tenho a ficha técnica da gravação aqui. É que há uma versão da música em que ela canta com o Paulo Ricardo. Na que tenho escutado, a Anitta não canta, mas pode ser que participe desse vocal de apoio.)
Não me canso de escutar esses tais quatro segundos, que tanto têm me dado uma emocionante vivência do belo.
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Agora, aqui
Minhas dúvidas,
minhas vitórias
de que ninguém soube,
meu amor,
meu corpo.
O que sou cabe
neste presente.
Nele me fecho.
Não ao modo de um misantropo,
mas como quem se guarda,
se resguarda,
se lapida como presente.
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Literatura,
Poesia
Conto 91
Manhã. A chuva caía suave. Os dois estavam num sítio pequeno, nas proximidades da cidade. Mesmo perto do perímetro urbano, a pequena casa era rústica, não tinha os recursos tecnológicos da modernidade. Os móveis eram antigos. O casal estava sobre velha e forte cama. Ana Clara se deitou de bruços, abriu-se. Pediu a Josué que fizesse bem forte. Deitado sobre as costas dela, quanto mais forte ele fazia, mais forte ela pedia a ele para fazer. Ele segurou com robustez as mãos dela. Continuaram com vigor. Ao terminarem, ele saiu do quarto e foi buscar café. O casal estava mais quente e mais crepitante que as ardentes achas da fornalha.
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