Pessoas, confirmo: meu recente livro, Dislexias, está à venda na Livraria Cultura. Caso queiram adquirir, é só clicar aqui.
terça-feira, 12 de abril de 2016
Meu livro à venda
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Dislexias,
Literatura,
Poesia
Versos de caminhoneiro
Não importam
as estradas
por que ando.
Momento não há
em que não percorres
os caminhos
de meu coração.
as estradas
por que ando.
Momento não há
em que não percorres
os caminhos
de meu coração.
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Literatura,
Poesia
Tempero
O amor é um.
Os amantes, muitos.
Cada um que ama
tempera o amor
com aquilo que é.
Que tal um jantar?
Os amantes, muitos.
Cada um que ama
tempera o amor
com aquilo que é.
Que tal um jantar?
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Literatura,
Poesia
"Vou na valsa"
Ao mesmo tempo, eu estava escutando “Paciência”, do Lenine, e lendo “Fogo pálido”, do Vladimir Nabokov. Enquanto Lenine cantava “enquanto o tempo / Acelera e pede pressa / Eu me recuso, faço hora / Vou na valsa / A vida é tão rara”, passei os olhos sobre o seguinte trecho de “Fogo pálido”: “Quando a vida caminha mais lentamente, a gente repara nas coisas secundárias” (tradução de Jorio Dauster e de Sérgio Duarte).
A vida é rara. Vamos levando um arremedo de vida, cheia do que parece ser civilizado, correto; vamos nos tornando especialistas em eficácia, cumprindo prazos para um monte de besteiras travestidas de inteligência; besteiras assépticas, falsamente sagazes. Nesse cenário, vale o paradoxo de que as coisas secundárias (resgatando a expressão de Nabokov) é que nos libertam da tirania cheia de horários bobos que o cotidiano nos impõe.
Nessas digressões, acabei me lembrando de um texto do poeta Alberto da Cunha Melo. Eis um trecho: “De quando em quando faltaremos / a algum compromisso na Terra, / e atravessaremos os córregos / cheios de areia, após as chuvas. // Se alguma súbita alegria / retardar o nosso regresso, / um inesperado companheiro / marcará o nosso cartão”. Corramos menos, reparemos em coisas secundárias.
A vida é rara. Vamos levando um arremedo de vida, cheia do que parece ser civilizado, correto; vamos nos tornando especialistas em eficácia, cumprindo prazos para um monte de besteiras travestidas de inteligência; besteiras assépticas, falsamente sagazes. Nesse cenário, vale o paradoxo de que as coisas secundárias (resgatando a expressão de Nabokov) é que nos libertam da tirania cheia de horários bobos que o cotidiano nos impõe.
Nessas digressões, acabei me lembrando de um texto do poeta Alberto da Cunha Melo. Eis um trecho: “De quando em quando faltaremos / a algum compromisso na Terra, / e atravessaremos os córregos / cheios de areia, após as chuvas. // Se alguma súbita alegria / retardar o nosso regresso, / um inesperado companheiro / marcará o nosso cartão”. Corramos menos, reparemos em coisas secundárias.
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