Contando mais com a sorte do que com o futebol jogado, o Cruzeiro vinha se arrastando na Libertadores. Em jogo terminado há instantes, no Mineirão, o San Lorenzo, marcando na intermediária cruzeirense, anulou possíveis jogadas criativas da equipe mineira.
Dedé, que não tem jogado bem, continuou jogando mal, estando aparentemente pouco à vontade. A despeito de maior posse de bola, o Cruzeiro não conseguia ameaçar o San Lorenzo. A equipe argentina abriu o placar; não fosse, como é usual, o goleiro Fábio, o San Lorenzo poderia ter fechado o primeiro tempo tendo marcado dois gols.
No último lance do primeiro tempo, uma bola escorada pelo Marcelo Moreno tocou uma das traves, passeou rente à linha do gol, tocou a outra trave e não entrou. Muito pouco para uma equipe que precisava vencer por dois gols de diferença. Nervoso e ineficaz, o Cruzeiro foi adversário um tanto fácil para o San Lorenzo, que marcou de modo competente.
Desde o começo do torneio eu ficava me perguntando quando o Cruzeiro deixaria a Libertadores; não houve momento em que a equipe causou esperança mais consistente. A crença no time era muito mais em função da paixão dos torcedores do que em função do que a equipe vinha jogando.
Afobado, precipitado e sem criatividade, o Cruzeiro foi inferior ao San Lorenzo, mesmo tendo o time azul empatado a partida; um jogador do time argentino foi expulso. Com a saída do Cruzeiro, uma pequena hegemonia brasileira na Libertadores tem fim: Atlético/MG, Corinthians, Santos e Internacional foram os últimos campeões da competição.