Em julho de 2006, estando em férias, decidi ir a São Roque de Minas, pequena cidade que fica ao pé da Serra da Canastra. A intenção era fotografar o tamanduá e, se possível, o lobo-guará.
Assim que cheguei ao hotel, decepção: o guia contratado por mim simplesmente havia me dado o bolo. Eu havia perguntado se era necessário pagar antecipadamente. Ele dissera que não. A proprietária do hotel me disse que ele havia subido a Serra com um grupo de turistas: um grupo é mais lucrativo do que um único turista.
Para chegar até São Roque, fui de carona com o Adriano, amigo que hoje leciona para a Federal de Tocantins. Diante do fiasco, a princípio, cogitei ir de imediato com o Adriano para Alfenas, para onde eu iria somente na semana seguinte, depois do “safári” na Serra da Canastra. Contudo, após conversas, eu e o Adriano decidimos subir a Serra no carro dele; iríamos embora no outro dia pela manhã.
O caminho é sinuoso, o morro é grande. Há muita poeira. De acordo com o combinado, eu pagaria para que o carro fosse lavado assim que chegássemos a Alfenas. Era um fim de tarde. Subíamos a Serra; eu, sem muita esperança; estava ainda nervoso devido à irresponsabilidade do guia. Ainda na subida, consegui fotografar um gavião-carrapateiro em cima de um boi. Continuamos subindo. A noite não demoraria a chegar. No caminho, encontramos dois alemães. Tinham equipamentos sofisticados. A intenção deles era observar o tamanduá. Conversei com eles, que disseram não ter avistado nenhum. Adriano e eu prosseguimos Serra acima. Como eu não via nem tamanduá nem lobo-guará, eu aproveitava para fotografar a flora do lugar. Já num ponto bem alto, decidimos voltar. Na descida, à nossa direita, do meio do mato, surgiu uma jovem. Perguntamos se ela estava indo para São Roque. Ela disse que sim; oferecemos carona e ela topou. Antes que ela entrasse no carro, perguntei-lhe se ela tinha visto algum tamanduá por perto. Ela me disse que havia um a uns duzentos metros de onde estávamos. Fiquei doido! Era a minha chance!
Fui logo indo na direção apontada por ela, que estava cheia de admoestações. Disse que havia muita cobra na área. Além disso, pediu-me para não estressar (foi o termo que ela usou) o animal. Ela é bióloga; na ocasião, parece ter se arrependido de ter me dito que havia tamanduá por perto, pois ficou o tempo todo falando das cobras e me pedindo para não estressar o bicho. Quando o vi, comecei a fotografar. O sol já estava quase indo embora; eu não teria muito tempo. Tirei umas dez fotos. Depois, descemos a serra; quando mostrei as fotos do tamanduá, ainda no monitor da câmera, para a bióloga, ela me pareceu menos arrependida de ter me mostrado onde ele estava.
Não fosse por ela, eu não conseguiria avistar o tamanduá. Além do mato, que estava alto, o animal é da cor desse mesmo mato. Tanto é que as imagens não ficaram muito boas, pois ele se confunde com o fundo. Ainda assim, eis uma das fotos dessa criatura, que acho formidável.
Assim que cheguei ao hotel, decepção: o guia contratado por mim simplesmente havia me dado o bolo. Eu havia perguntado se era necessário pagar antecipadamente. Ele dissera que não. A proprietária do hotel me disse que ele havia subido a Serra com um grupo de turistas: um grupo é mais lucrativo do que um único turista.
Para chegar até São Roque, fui de carona com o Adriano, amigo que hoje leciona para a Federal de Tocantins. Diante do fiasco, a princípio, cogitei ir de imediato com o Adriano para Alfenas, para onde eu iria somente na semana seguinte, depois do “safári” na Serra da Canastra. Contudo, após conversas, eu e o Adriano decidimos subir a Serra no carro dele; iríamos embora no outro dia pela manhã.
O caminho é sinuoso, o morro é grande. Há muita poeira. De acordo com o combinado, eu pagaria para que o carro fosse lavado assim que chegássemos a Alfenas. Era um fim de tarde. Subíamos a Serra; eu, sem muita esperança; estava ainda nervoso devido à irresponsabilidade do guia. Ainda na subida, consegui fotografar um gavião-carrapateiro em cima de um boi. Continuamos subindo. A noite não demoraria a chegar. No caminho, encontramos dois alemães. Tinham equipamentos sofisticados. A intenção deles era observar o tamanduá. Conversei com eles, que disseram não ter avistado nenhum. Adriano e eu prosseguimos Serra acima. Como eu não via nem tamanduá nem lobo-guará, eu aproveitava para fotografar a flora do lugar. Já num ponto bem alto, decidimos voltar. Na descida, à nossa direita, do meio do mato, surgiu uma jovem. Perguntamos se ela estava indo para São Roque. Ela disse que sim; oferecemos carona e ela topou. Antes que ela entrasse no carro, perguntei-lhe se ela tinha visto algum tamanduá por perto. Ela me disse que havia um a uns duzentos metros de onde estávamos. Fiquei doido! Era a minha chance!
Fui logo indo na direção apontada por ela, que estava cheia de admoestações. Disse que havia muita cobra na área. Além disso, pediu-me para não estressar (foi o termo que ela usou) o animal. Ela é bióloga; na ocasião, parece ter se arrependido de ter me dito que havia tamanduá por perto, pois ficou o tempo todo falando das cobras e me pedindo para não estressar o bicho. Quando o vi, comecei a fotografar. O sol já estava quase indo embora; eu não teria muito tempo. Tirei umas dez fotos. Depois, descemos a serra; quando mostrei as fotos do tamanduá, ainda no monitor da câmera, para a bióloga, ela me pareceu menos arrependida de ter me mostrado onde ele estava.
Não fosse por ela, eu não conseguiria avistar o tamanduá. Além do mato, que estava alto, o animal é da cor desse mesmo mato. Tanto é que as imagens não ficaram muito boas, pois ele se confunde com o fundo. Ainda assim, eis uma das fotos dessa criatura, que acho formidável.
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