terça-feira, 9 de setembro de 2008

CROMO 1


Pessoas, tive hoje (7/6/2008) uma experiência típica do interior e de quando a fotografia era somente analógica. É que também fotografo com equipamento analógico, e recentemente enviei para Belo Horizonte mais de uma dezena de cromos (ou slides) para serem revelados e digitalizados. Aqui em Patos de Minas não se revelam cromos. Fiquei por mais de uma semana na expectativa para saber como haviam ficado as imagens. Hoje, fui apanhá-las e voltei para casa correndo, a fim de conferir o resultado. Digo que gostei muito.

A grande parte de meu acervo fotográfico é em formato digital. Contudo, sempre gostei de coisas antigas, velhas. Também por isso gosto da fotografia analógica. Mas o que me leva mesmo a me dedicar a ela é o desejo de me aproximar dos mestres. Não na certeza de que estou produzindo um trabalho acachapante e estrondoso, mas na vontade de vivenciar experiências similares às que vivenciaram. Tudo isso não deixa também de ser uma espécie de tributo a eles, ao passado, à fotografia como um todo. Afinal, a essência do ato de fotografar, seja com cromo ou com digital, é uma só – desde que a pessoa goste mesmo de fotografia. Com outras palavras: o mesmo cuidado que tenho ao fotografar com cromo, tenho ao fotografar com digital. Neste espaço, não vou teorizar sobre as vantagens e desvantagens de cada processo (pelo menos não agora).

A partir de hoje pretendo compartilhar com vocês algumas das centenas de imagens que tenho em cromos. A série a que dou início hoje vai se chamar... Cromo. Sempre que uma imagem postada aqui tiver como origem o formato analógico, direi.

A foto acima inicia a série não por acaso. Quem me conhece ou quem acompanha meu trabalho fotográfico sabe que tenho fascínio pelo gavião-carcará. É uma das aves que mais fotografo. Ademais, também tenho fascínio pelo Cerrado. Esta imagem, assim me parece, une a “secura” do Cerrado e a imponência do carcará.

O registro foi feito num fim de tarde ensolarada. Não marquei a data. Eu estava no aterro sanitário. Mesmo envolvido com sua comida (ou talvez por causa disso), o gavião permitiu uma bela aproximação, o que não é muito comum no caso dos carcarás.

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