terça-feira, 9 de outubro de 2018

Otimismo histórico

Há dias li texto de Norman Eisen publicado no jornal The New York Times. Diplomata judeu, ele conta sobre ocorrido quando foi designado como embaixador em Praga, em 2011: na casa em que ele moraria, havia diversas suásticas escondidas, desenhadas pela casa; uma delas, sob a superfície de uma mesa antiga. Lembranças da ocupação nazista que haviam ficado pelo lugar. Diante das suásticas, Eisen diz ter sentido não horror, mas triunfo.

A partir desse fato, ele reflete sobre a administração de Trump, criticando-a, não se esquecendo de fazer menção, também em tom de crítica, às situações na Hungria, Turquia, Itália, Áustria e em outros lugares. A conclusão de Eisen é otimista: para ele, a democracia prevalece, ainda que ameaçada; segundo ele, a história mostra tanto as ameaças que a democracia já sofreu quanto as vitórias que ela por fim conseguiria.

O pensamento de Eisen é o de que o estudo da história nos leva ao otimismo, não ao pessimismo. Para ele, a democracia já enfrentou ataques piores do que os de hoje. A fim de corroborar sua tese, volta a fato pessoal, dizendo que a mãe dele, judia, havia sido enviada a Auschwitz, tendo sobrevivido e se mudado para os EUA. Sessenta anos depois de Auschwitz, estava Eisen acendendo velas para o sabá à mesa que tem a suástica. 

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