Há dias li texto de Norman Eisen publicado no jornal The New York Times. Diplomata judeu, ele conta sobre ocorrido quando foi designado como embaixador em Praga, em 2011: na casa em que ele moraria, havia diversas suásticas escondidas, desenhadas pela casa; uma delas, sob a superfície de uma mesa antiga. Lembranças da ocupação nazista que haviam ficado pelo lugar. Diante das suásticas, Eisen diz ter sentido não horror, mas triunfo.
A partir desse fato, ele reflete sobre a administração de Trump, criticando-a, não se esquecendo de fazer menção, também em tom de crítica, às situações na Hungria, Turquia, Itália, Áustria e em outros lugares. A conclusão de Eisen é otimista: para ele, a democracia prevalece, ainda que ameaçada; segundo ele, a história mostra tanto as ameaças que a democracia já sofreu quanto as vitórias que ela por fim conseguiria.
O pensamento de Eisen é o de que o estudo da história nos leva ao otimismo, não ao pessimismo. Para ele, a democracia já enfrentou ataques piores do que os de hoje. A fim de corroborar sua tese, volta a fato pessoal, dizendo que a mãe dele, judia, havia sido enviada a Auschwitz, tendo sobrevivido e se mudado para os EUA. Sessenta anos depois de Auschwitz, estava Eisen acendendo velas para o sabá à mesa que tem a suástica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário