domingo, 31 de maio de 2009
FOTOPOEMA 90
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quinta-feira, 28 de maio de 2009
FOTOPOEMA 89
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domingo, 24 de maio de 2009
FOTOPOEMA 88
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AMOR E DOR
Certa vez, numa entrevista, Renato Russo disse que “Eduardo e Monica” é uma canção de amor, mas não uma canção de amor que rima amor com dor e paixão com coração.
Das histórias de amor que andam contando por aí, não consigo imaginar uma tão atípica quanto a de “Despedida em Las Vegas” (“Leaving Las Vegas”, EUA, 1995), do diretor Mike Figgis.
No filme, Ben (Nicolas Cage) e Sera (Elisabeth Shue) se encontram em Las Vegas. Ben havia sido despedido de seu emprego como roteirista de cinema devido ao alcoolismo. Decide então ir para Las Vegas e beber até morrer, promessa que cumpre a rigor. O filme é baseado no romance “Leaving Las Vegas”, do escritor John O’Brien.
Ben, alcoólatra empedernido; Sera, prostituta. Numa das noitadas dele, acabam se encontrando. O amor surge e une as duas trágicas existências. À medida que o filme prossegue, Sera relata a alguém que nunca aparece (um analista? um amigo?) a história vivida com Ben.
“Despedida em Las Vegas” é uma história com dor, paixão, amor e coração. Mas uma história de rimas preciosas. Uma história tão inusitada quanto o próprio amor pode ser.
Das histórias de amor que andam contando por aí, não consigo imaginar uma tão atípica quanto a de “Despedida em Las Vegas” (“Leaving Las Vegas”, EUA, 1995), do diretor Mike Figgis.
No filme, Ben (Nicolas Cage) e Sera (Elisabeth Shue) se encontram em Las Vegas. Ben havia sido despedido de seu emprego como roteirista de cinema devido ao alcoolismo. Decide então ir para Las Vegas e beber até morrer, promessa que cumpre a rigor. O filme é baseado no romance “Leaving Las Vegas”, do escritor John O’Brien.
Ben, alcoólatra empedernido; Sera, prostituta. Numa das noitadas dele, acabam se encontrando. O amor surge e une as duas trágicas existências. À medida que o filme prossegue, Sera relata a alguém que nunca aparece (um analista? um amigo?) a história vivida com Ben.
“Despedida em Las Vegas” é uma história com dor, paixão, amor e coração. Mas uma história de rimas preciosas. Uma história tão inusitada quanto o próprio amor pode ser.
sábado, 23 de maio de 2009
"VAMO BATÊ LATA"
Terminei de ler “Os Paralamas do Sucesso: vamo batê lata” (Editora 34), do jornalista Jamari França. O livro é a biografia dos Paralamas.
Num estilo leve e simples, França conta a trajetória de Bi, Barone e Herbert. Deste, não deixa de mencionar os amores, alegrias, aventuras, desventuras, decepções e tragédias, como o acidente de ultraleve que mataria Lucy, sua esposa, em 2001. Como sequela, o cantor ficou paraplégico.
Se você é fã da banda ou curte o pop/rock da década de 80, leia “Vamo batê lata”. Curiosas crônicas dos bastidores do então efervescente rock nacional podem ser conferidas no livro, que narra cronologicamente a história do trio.
Num estilo leve e simples, França conta a trajetória de Bi, Barone e Herbert. Deste, não deixa de mencionar os amores, alegrias, aventuras, desventuras, decepções e tragédias, como o acidente de ultraleve que mataria Lucy, sua esposa, em 2001. Como sequela, o cantor ficou paraplégico.
Se você é fã da banda ou curte o pop/rock da década de 80, leia “Vamo batê lata”. Curiosas crônicas dos bastidores do então efervescente rock nacional podem ser conferidas no livro, que narra cronologicamente a história do trio.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
NASI
Cheguei há pouco. O que posso dizer é que tive o privilégio de conferir uma noite histórica: num mesmo palco, durante um mesmo show, pude curtir Nasi, George Israel, Marcelo Bonfá e Charles Gavin; este não estava previsto, mas apareceu no fim do show e deu uma canja – mais cedo, fizera show com os Titãs.
Não falarei de cada um nem do legado que têm produzido. Só digo: a sensação com que fiquei, é a de que a plateia não entendeu bem o que estava acontecendo. Parece que estavam mais a fim de curtir o bate-estaca que viria depois.
Pensei que Bonfá (que mencionou o primeiro show da Legião Urbana aqui em Patos de Minas e se embananou no meio de "Pais e filhos") “apenas” tocaria bateria; ele também cantou. Pensei que George Israel “apenas” tocaria saxofone; ele também cantou. O restante da banda é de uma competência e de uma “pegada” absolutas. Puro rock. (Infelizmente, não sei os nomes dos integrantes da banda que acompanhou Nasi.)
Ficou no ar um clima de show certo no lugar errado. Estou convencido de que se fosse num grande centro, fãs e imprensa estariam comentando o encontro que houve nesta madrugada em Patos de Minas. Achei o público frio e desinteressado. Pareciam não entender muito bem o que estava acontecendo.
Ainda assim, saí do parque de exposições de alma lavada. De Raul Seixas a Legião Urbana, passando por Ira e Cazuza, berrei e pulei. De saideira, fizeram James Brown – and I felt good.
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domingo, 17 de maio de 2009
FOTOPOEMA 87
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FOTOPOEMA 86
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sábado, 16 de maio de 2009
APONTAMENTO 55
A vida tal qual a conhecemos é a conjugação e a consequência de uma história inteira de fatores no Universo. Um hipotético asteroide longínquo que tenha sua trajetória desviada em função seja do que for, pode vir a se chocar contra a Terra e destruir boa parte da vida por aqui – ou toda ela; se a inclinação da Terra sofresse mínima alteração, os danos à vida no planeta poderiam ser fatais. O fato de eu estar aqui digitando estas palavras é o resultado de um sem--fim de arranjos.
Não sugiro com isso que o Universo tenha “conspirado” para que houvesse vida na Terra ou que tenha se organizado como o conhecemos para que o ser humano existisse. Nada disso. Só quero dizer que a vida, qualquer forma de vida, seja onde for, é resultado de causas sutis e, para os parâmetros humanos, extremamente demoradas. E que uma mínima alteração no arranjo pode liquidar o que vive.
Todo equilíbrio é tênue.
Não sugiro com isso que o Universo tenha “conspirado” para que houvesse vida na Terra ou que tenha se organizado como o conhecemos para que o ser humano existisse. Nada disso. Só quero dizer que a vida, qualquer forma de vida, seja onde for, é resultado de causas sutis e, para os parâmetros humanos, extremamente demoradas. E que uma mínima alteração no arranjo pode liquidar o que vive.
Todo equilíbrio é tênue.
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sexta-feira, 15 de maio de 2009
CACHORRO PRETO E REVOLUÇÃO
O rock torna a vida menos chata. Ontem à noite, houve menos chatice: as bandas Black Dog e Revolution se apresentaram na praça em frente ao fórum. Clássicos do rock ‘n’ roll foram executados com competência pelo pessoal, que há tempos vem atuando no meio musical daqui.
Wendell (baixo), Cleanto (bateria) e Moisés (guitarra), integrantes da Black Dog, foram os primeiros a se apresentar. A banda Revolution, que veio a seguir, além dos três, contou com Edgard (teclados), Leo Martins (teclados) Adriano (guitarra e violão) e Irinho (vocais).
Foi a primeira vez que Irinho e Adriano se apresentaram com a Revolution, que fez um show menos baladeiro, um pouco mais pesado. A proposta foi bem recebida pelo público, que pulou e berrou ao som da banda.
Wendell, Cleanto e Moisés eram integrantes da banda O Gabba quando da primeira formação do grupo (Rubinho era o vocalista). Gravaram um discão, intitulado “Alerta”. Também por isso, torço para que eles e os demais, além de continuarem mandando ver em shows como os de ontem, tenham a oportunidade de voltar a produzir material próprio.
Abaixo, algumas fotos que fiz do evento.
Wendell (baixo), Cleanto (bateria) e Moisés (guitarra), integrantes da Black Dog, foram os primeiros a se apresentar. A banda Revolution, que veio a seguir, além dos três, contou com Edgard (teclados), Leo Martins (teclados) Adriano (guitarra e violão) e Irinho (vocais).
Foi a primeira vez que Irinho e Adriano se apresentaram com a Revolution, que fez um show menos baladeiro, um pouco mais pesado. A proposta foi bem recebida pelo público, que pulou e berrou ao som da banda.
Wendell, Cleanto e Moisés eram integrantes da banda O Gabba quando da primeira formação do grupo (Rubinho era o vocalista). Gravaram um discão, intitulado “Alerta”. Também por isso, torço para que eles e os demais, além de continuarem mandando ver em shows como os de ontem, tenham a oportunidade de voltar a produzir material próprio.
Abaixo, algumas fotos que fiz do evento.
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quarta-feira, 13 de maio de 2009
APONTAMENTO 54
Neruda, em seu “Confesso que vivi”, fala da grande emoção que é para um escritor ver pela primeira vez um livro seu impresso.
Nunca tive o privilégio de ver nada meu impresso por alguma editora, já que os dois livros que lancei foram bancados por mim mesmo. Ainda assim, próximo ao lançamento do primeiro, lembrei-me da observação do Neruda.
Contudo, o curioso foi que eu me emocionei não quando vi o livro pronto, mas, sim, quando a gráfica me mostrou o que no jargão deles chamam de “boneco” – dobram algumas folhas de papel e nos entregam, para que a revisão final seja feita. O “boneco” já tem a diagramação pronta.
Quanto o peguei, eu já me emocionei, e logo me lembrei do comentário do Neruda. Pensei comigo: “Nossa! Se pegar o ‘boneco’ já é um barato, imagine quando eu pegar o livro mesmo!”. Entretanto, quando esse momento veio, não houve graça alguma: a emoção de ter em mãos o primeiro livro impresso havia sido “gasta” com o tal do “boneco”...
Nunca tive o privilégio de ver nada meu impresso por alguma editora, já que os dois livros que lancei foram bancados por mim mesmo. Ainda assim, próximo ao lançamento do primeiro, lembrei-me da observação do Neruda.
Contudo, o curioso foi que eu me emocionei não quando vi o livro pronto, mas, sim, quando a gráfica me mostrou o que no jargão deles chamam de “boneco” – dobram algumas folhas de papel e nos entregam, para que a revisão final seja feita. O “boneco” já tem a diagramação pronta.
Quanto o peguei, eu já me emocionei, e logo me lembrei do comentário do Neruda. Pensei comigo: “Nossa! Se pegar o ‘boneco’ já é um barato, imagine quando eu pegar o livro mesmo!”. Entretanto, quando esse momento veio, não houve graça alguma: a emoção de ter em mãos o primeiro livro impresso havia sido “gasta” com o tal do “boneco”...
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terça-feira, 12 de maio de 2009
SEM PONTUAÇÃO
A vida termina,
e sempre fica algo
por fazer ou dizer.
e sempre fica algo
por fazer ou dizer.
A vida termina
sem pontuação,
suspensa, pênsil.
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SHOWBIZ
Eu toco demais!
Venceria qualquer
concurso de air guitar.
Enlouqueço platéias!
Platéias me enlouquecem!
Solos que não acabam mais,
performances ensandecidas,
multidões cantando junto!...
O palco é minha casa.
Venceria qualquer
concurso de air guitar.
Enlouqueço platéias!
Platéias me enlouquecem!
Solos que não acabam mais,
performances ensandecidas,
multidões cantando junto!...
O palco é minha casa.
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CAUDALOSO
Prometi delícias as mais variadas.
Cumpri todas e desancorei outras.
Nesse ousar em ti, nesse desdobrar
prazeres que em ti eram tímidos,
acabei por descobrir outros em mim.
Encaixe feito de carinho ou de suor.
Deixo jorrar quem sou; bebo quem és.
Cumpri todas e desancorei outras.
Nesse ousar em ti, nesse desdobrar
prazeres que em ti eram tímidos,
acabei por descobrir outros em mim.
Encaixe feito de carinho ou de suor.
Deixo jorrar quem sou; bebo quem és.
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FOTOPOEMA 84
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CONSTATAÇÃO
Nunca,
nenhum texto
com mais de
uma página.
Sou um homem
de ideias curtas.
nenhum texto
com mais de
uma página.
Sou um homem
de ideias curtas.
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segunda-feira, 11 de maio de 2009
FOTOPOEMA 83
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domingo, 10 de maio de 2009
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (52)
(Gabriel Ferreira, aluno e amigo, conferiu este blogue e me pediu para contar a história por trás da foto que está na postagem intitulada Fotopoema 82.)
Gabriel, a foto foi tirada lá na Serra da Canastra, aqui em Minas Gerais, no dia 13 de agosto de 2005. O convite para que eu conhecesse o lugar me foi feito por uma bióloga (Alice) que era minha colega de trabalho na faculdade. Ela levaria alguns alunos até lá. Como havia vaga, convidou-me.
Gostei demais. Em primeiro lugar, porque a vegetação do lugar é o Cerrado, pelo qual tenho reverência. Em segundo lugar, pela fauna e a flora da região. Em terceiro lugar, pelas oportunidades que a Serra da Canastra oferece para quem gosta de fotografar a natureza.
Num dos passeios, a gente chegou a entrar nesta casa. Segundo os moradores, havia uma cobra vivendo entre o forro e o telhado. Tentei fazer cara de indiferente, sem saber se de fato eu acreditava ou não nessa história. Como não dei continuidade à conversa, fiquei sem saber se estavam brincando ou não...
Depois que deixamos a casa, continuamos a caminhada. Já tendo nos afastado um pouco, olhei para trás e vi que seria possível fazer uma foto mostrando a casa, seus arredores e o céu. Aí, foi só enquadrar e clicar.
Posteriormente, em julho de 2006, eu voltaria à Serra da Canastra, mas o guia com o qual eu havia fechado negócio me deu o bolo, de modo que fiquei somente uma tarde por lá. Minha intenção é voltar.
Gabriel, a foto foi tirada lá na Serra da Canastra, aqui em Minas Gerais, no dia 13 de agosto de 2005. O convite para que eu conhecesse o lugar me foi feito por uma bióloga (Alice) que era minha colega de trabalho na faculdade. Ela levaria alguns alunos até lá. Como havia vaga, convidou-me.
Gostei demais. Em primeiro lugar, porque a vegetação do lugar é o Cerrado, pelo qual tenho reverência. Em segundo lugar, pela fauna e a flora da região. Em terceiro lugar, pelas oportunidades que a Serra da Canastra oferece para quem gosta de fotografar a natureza.
Num dos passeios, a gente chegou a entrar nesta casa. Segundo os moradores, havia uma cobra vivendo entre o forro e o telhado. Tentei fazer cara de indiferente, sem saber se de fato eu acreditava ou não nessa história. Como não dei continuidade à conversa, fiquei sem saber se estavam brincando ou não...
Depois que deixamos a casa, continuamos a caminhada. Já tendo nos afastado um pouco, olhei para trás e vi que seria possível fazer uma foto mostrando a casa, seus arredores e o céu. Aí, foi só enquadrar e clicar.
Posteriormente, em julho de 2006, eu voltaria à Serra da Canastra, mas o guia com o qual eu havia fechado negócio me deu o bolo, de modo que fiquei somente uma tarde por lá. Minha intenção é voltar.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
LOBÃO
Um dia desses, comentei sobre o Lobão. Conferi o acústico do cantor, graças a meu amigo Ismael, que me emprestou o DVD.
De cara, o que chama a atenção é a competência musical da banda que acompanha o cantor. Como tocam! Nos extras, ele mesmo disse que ao topar gravar o acústico, fez questão de que houvesse muito som de violão. E há. Para tanto, arregimentou músicos competentíssimos.
Além de Lobão, que toca violão e craviola, a banda conta com Roberto Pollo (teclados, piano, escaleta), Daniel Martins (baixo, craviola), Edu Bologna (violão, bandolim, dobro, banjo), Luce (bandolim, violão, vocal), Stéphane San Juan (percussão) e Pedro Garcia (bateria).
Além dos feras acima, há um quinteto de cordas que participa em algumas das faixas: Glauco Fernandes (violino – apresentado por Lobão assim: “Glauco Fernandes e seus arranjos endiabrados”), Rogério Rosa (violino), Luis Audi (viola), David Chew (violoncelo) e Cláudio Alves (contrabaixo).
Lobão e banda conferiram peso e robustez ao formato acústico. Os arranjos são primorosos. Gostei muito de “El desdichado II”, “Essa noite, não”, “Décadance avec Élégance” e “Por tudo que for” – esta quase virou um chorinho! Brilhante.
Ainda que você não seja fã do Lobão, confira o acústico pelos músicos que o acompanham. Afinal, nada como ter o privilégio de conferir uma banda em que há competência, carisma, profissionalismo e energia.
De cara, o que chama a atenção é a competência musical da banda que acompanha o cantor. Como tocam! Nos extras, ele mesmo disse que ao topar gravar o acústico, fez questão de que houvesse muito som de violão. E há. Para tanto, arregimentou músicos competentíssimos.
Além de Lobão, que toca violão e craviola, a banda conta com Roberto Pollo (teclados, piano, escaleta), Daniel Martins (baixo, craviola), Edu Bologna (violão, bandolim, dobro, banjo), Luce (bandolim, violão, vocal), Stéphane San Juan (percussão) e Pedro Garcia (bateria).
Além dos feras acima, há um quinteto de cordas que participa em algumas das faixas: Glauco Fernandes (violino – apresentado por Lobão assim: “Glauco Fernandes e seus arranjos endiabrados”), Rogério Rosa (violino), Luis Audi (viola), David Chew (violoncelo) e Cláudio Alves (contrabaixo).
Lobão e banda conferiram peso e robustez ao formato acústico. Os arranjos são primorosos. Gostei muito de “El desdichado II”, “Essa noite, não”, “Décadance avec Élégance” e “Por tudo que for” – esta quase virou um chorinho! Brilhante.
Ainda que você não seja fã do Lobão, confira o acústico pelos músicos que o acompanham. Afinal, nada como ter o privilégio de conferir uma banda em que há competência, carisma, profissionalismo e energia.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (51)
A feitura desta imagem foi um tanto engraçada. Antes da foto que seria pra valer, fiz o enquadramento, “ensaiando” com uma garrafa de água. Eu já havia tomado um pouco do vinho. Combinei com a minha mãe pra ela tomar o que eu derramasse na taça depois de capturada a imagem. Minha mãe topou. Só que acabei demorando: a câmera estava sobre um tripé. Eu a programei para disparar dez segundos depois de apertado o obturador. Quando a luzinha na parte da frente do equipamento parasse de piscar, eu derramaria o vinho – e eu não estava a fim de fazer várias fotos, pois a bebida foi comprada com a intenção de ser tomada, e não fotografada. Houvesse mais gente por aqui, mais fotos poderiam ter sido tiradas, mas só estávamos eu e minha mãe. Só que depois de feita a foto, fui chamá-la para tomar e ela... já estava dormindo. Tive então de tomar mais uma dose – não que isso tenha sido um suplício...
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UM PEDACINHO DO PARAÍSO
Recentemente, Manoel Almeida lançou o blogue Epitaphius. Em conversa que mantive com Manoel há tempos, ele me perguntou qual seria meu epitáfio. Eu disse na ocasião que seria uma frase do Leonardo da Vinci: “Quanto mais se conhece, mais se aprecia”. Contudo, uma inteligente e espirituosa aluna que tive há muito tempo me disse que o dela seria: “Dei sossego”. Gostei tanto que pedi a ela a autorização para que eu usasse essa frase no meu. A autorização foi concedida.
Mas toda essa história é para falar da frase do Leonardo da Vinci e de uma canção. Se a máxima do renascentista será ou não meu epitáfio, ainda não sei. O que sei, é que sempre que começo a me dedicar a seja o que for, a frase me ocorre. Neste momento, escuto por intermédio de fone de ouvido a canção “One inch of heaven”, do grupo The Silencers. A epígrafe de meu livro Algo de sempre é extraída de um dos versos da letra: “There’s a rock in my heart that can’t be broken”.
A canção é sobre um sujeito que na maturidade se flagra amando. É madrugada e ele caminha por uma rua deserta, a Rua Jamaica. Chove. Por perto, há um rio. De repente, ele se vê um novo homem, ele se pega amando. O amanhecer não vai demorar. Ele caminha e reflete sobre o quanto as coisas podem vir inesperadamente. Ele vai caminhando, o rio por perto flui, fluem os pensamentos, fluem as reflexões...
Enquanto digito estas palavras, presto atenção no arranjo da canção. Meu ouvido para a música sempre foi uma lástima. Tanto que somente agora, por intermédio do fone, percebo no arranjo sutilezas até então desconhecidas por mim. Se tiver a chance de escutar, preste atenção num teclado que faz a marcação junto com a caixa da bateria. Há também um teclado que somente agora consegui escutar e que faz a base enquanto o vocalista canta. Esse teclado pode ser escutado bem ao fundo, sutil, discreto, bonito. (Preste bastante atenção quando o vocalista começar a cantar.)
A música é longa, não tem pressa (dura mais de sete minutos). O andamento não é rápido. Tudo isso combina com o sentimento do eu lírico, sujeito velhaco e cínico (“eu era o rei do verso cínico”), mas que numa madrugada, enquanto caminha sob a chuva perto de um rio, pega-se, ainda na escuridão da madrugada, amando.
Mas toda essa história é para falar da frase do Leonardo da Vinci e de uma canção. Se a máxima do renascentista será ou não meu epitáfio, ainda não sei. O que sei, é que sempre que começo a me dedicar a seja o que for, a frase me ocorre. Neste momento, escuto por intermédio de fone de ouvido a canção “One inch of heaven”, do grupo The Silencers. A epígrafe de meu livro Algo de sempre é extraída de um dos versos da letra: “There’s a rock in my heart that can’t be broken”.
A canção é sobre um sujeito que na maturidade se flagra amando. É madrugada e ele caminha por uma rua deserta, a Rua Jamaica. Chove. Por perto, há um rio. De repente, ele se vê um novo homem, ele se pega amando. O amanhecer não vai demorar. Ele caminha e reflete sobre o quanto as coisas podem vir inesperadamente. Ele vai caminhando, o rio por perto flui, fluem os pensamentos, fluem as reflexões...
Enquanto digito estas palavras, presto atenção no arranjo da canção. Meu ouvido para a música sempre foi uma lástima. Tanto que somente agora, por intermédio do fone, percebo no arranjo sutilezas até então desconhecidas por mim. Se tiver a chance de escutar, preste atenção num teclado que faz a marcação junto com a caixa da bateria. Há também um teclado que somente agora consegui escutar e que faz a base enquanto o vocalista canta. Esse teclado pode ser escutado bem ao fundo, sutil, discreto, bonito. (Preste bastante atenção quando o vocalista começar a cantar.)
A música é longa, não tem pressa (dura mais de sete minutos). O andamento não é rápido. Tudo isso combina com o sentimento do eu lírico, sujeito velhaco e cínico (“eu era o rei do verso cínico”), mas que numa madrugada, enquanto caminha sob a chuva perto de um rio, pega-se, ainda na escuridão da madrugada, amando.
Quer saber? “Quanto mais se conhece, mais se aprecia”.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
DEVER DE CASA
No banco da praça,
todos os dias,
depois da aula,
namora o casal
todos os dias,
depois da aula,
namora o casal
de estudantes.
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FOTOPOEMA 82
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HAICAI 17
Exata fenda.
A gala, o charme e o vestido
que a mão desvenda.
A gala, o charme e o vestido
que a mão desvenda.
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segunda-feira, 4 de maio de 2009
APONTAMENTO 53
Na vida, todos somos grandes atores; no palco, nem todos.
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FOTOPOEMA 81
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FOTOPOEMA 80
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ONÍRICO
A poética loucura,
as estrelas,
a mulher que
dança na sala,
a noite gigante,
este sonho,
o dia de minha morte.
Como qualquer homem
ou qualquer outra coisa,
sustento o universo.
É preciso que eu morra
para que o universo
continue existindo.
as estrelas,
a mulher que
dança na sala,
a noite gigante,
este sonho,
o dia de minha morte.
Como qualquer homem
ou qualquer outra coisa,
sustento o universo.
É preciso que eu morra
para que o universo
continue existindo.
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domingo, 3 de maio de 2009
APONTAMENTO 52
Infelicidade é quando o lugar em que queremos estar não está perto da gente.
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sábado, 2 de maio de 2009
FOTOPOEMA 79
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O GRANDE LOBO
Futura compra: o acústico MTV do Lobão.
Lobão desce a lenha em todo mundo; todo mundo desce a lenha no Lobão. Eu o considero figura imprescindível. Sua verborragia muito revela do esquemão hipócrita do mercado fonográfico. É preciso que alguém diga isso; ele é esse alguém.
Quando o acústico foi ao ar, acompanhei por um site. Gostei muito, porém não mais o escutei posteriormente. Há pouco, escuto por uma rádio a releitura acústica de “Décadance avec Élégance”, com um Lobão cantando escrachado. Escute e me conte se seu corpo não ficou doidão, pulando até o teto.
Aliás, desde quando acompanhei pelo site a exibição do acústico, gostei demais do quanto Lobão estava cantando escrachadamente (o que é ótimo) como nunca e do quanto os arranjos eram dançantes. Embora os andamentos das canções não sejam velozes e o formato seja acústico, o suingue é irresistível.
Lobão desce a lenha em todo mundo; todo mundo desce a lenha no Lobão. Eu o considero figura imprescindível. Sua verborragia muito revela do esquemão hipócrita do mercado fonográfico. É preciso que alguém diga isso; ele é esse alguém.
Quando o acústico foi ao ar, acompanhei por um site. Gostei muito, porém não mais o escutei posteriormente. Há pouco, escuto por uma rádio a releitura acústica de “Décadance avec Élégance”, com um Lobão cantando escrachado. Escute e me conte se seu corpo não ficou doidão, pulando até o teto.
Aliás, desde quando acompanhei pelo site a exibição do acústico, gostei demais do quanto Lobão estava cantando escrachadamente (o que é ótimo) como nunca e do quanto os arranjos eram dançantes. Embora os andamentos das canções não sejam velozes e o formato seja acústico, o suingue é irresistível.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
AINDA SOBRE "JUNO"
Já escrevi neste mesmo blogue sobre o filme “Juno” (EUA, 2007), do diretor Jason Reitman. Recentemente, eu o assisti novamente.
Há uma cena em que a personagem Juno, interpretada pela bela atriz Ellen Page, entope a caixa de correio de Paulie Bleeker, interpretado por Michael Cera, com uns chicletes que ele adora. Quando ele vai conferir se havia correspondência, é brindado com centenas de gomas de mascar.
Ao agradecer a Juno, em mais um engraçado diálogo criado pela roteirista Diablo Cody, Bleeker, sempre com sua cara de bobalhão, diz que tem chicletes para mascar até o fim da faculdade.
Por intermédio principalmente da personagem interpretada por Ellen Page, vejo “Juno” como um engraçado e sensível retrato do amor na adolescência. Juno ainda não sabe, mas é feita para o amor. O que ela não sabe direito ainda é o que fazer com o talento que tem para amar.
A impressão que fica é a de que quando estiver madura, será uma grande mulher, uma grande amante. Sentimos que saberá dar ao amor um toque de humor. Fica-se com a impressão de que saberá temperar o amor com “bobagens” que tão bem fazem para uma relação.
Ela gosta de agradar, sabe das manias de Bleeker. Sestrosa, chega a fingir para uma amiga que não tem ciúme dele quando fica sabendo que ele vai a uma festa com uma outra garota. Juno é o amor bonito e engraçado, atencioso e detalhista, criativo e gostoso, feminino e imprescindível.
Há uma cena em que a personagem Juno, interpretada pela bela atriz Ellen Page, entope a caixa de correio de Paulie Bleeker, interpretado por Michael Cera, com uns chicletes que ele adora. Quando ele vai conferir se havia correspondência, é brindado com centenas de gomas de mascar.
Ao agradecer a Juno, em mais um engraçado diálogo criado pela roteirista Diablo Cody, Bleeker, sempre com sua cara de bobalhão, diz que tem chicletes para mascar até o fim da faculdade.
Por intermédio principalmente da personagem interpretada por Ellen Page, vejo “Juno” como um engraçado e sensível retrato do amor na adolescência. Juno ainda não sabe, mas é feita para o amor. O que ela não sabe direito ainda é o que fazer com o talento que tem para amar.
A impressão que fica é a de que quando estiver madura, será uma grande mulher, uma grande amante. Sentimos que saberá dar ao amor um toque de humor. Fica-se com a impressão de que saberá temperar o amor com “bobagens” que tão bem fazem para uma relação.
Ela gosta de agradar, sabe das manias de Bleeker. Sestrosa, chega a fingir para uma amiga que não tem ciúme dele quando fica sabendo que ele vai a uma festa com uma outra garota. Juno é o amor bonito e engraçado, atencioso e detalhista, criativo e gostoso, feminino e imprescindível.
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