Gosto demais quando as barreiras que separam o erudito do popular são derrubadas. Sempre me senti atraído pela tentativa de se fazer uma amálgama dos dois. Em mim, isso é tão forte, que chego a pensar que se algum dia eu tivesse de arriscar uma definição para o que é a arte, eu partiria desse princípio de fusão entre o que é considerado popular e o que é considerado erudito.
Canções e literatura sempre me atraíram. O John Lennon disse que quando começou a escrever letras, tentava imitar o Bob Dylan. Nessa tentativa, Lennon se esforçava por escrever letras complicadas cujo sentido permanecesse latente. Com o passar do tempo, mudou a abordagem e passou a escrever textos mais simples, mais diretos, com menos metáforas – “Imagine” é um exemplo dessa fase menos rebuscada. Contudo, Lennon reiterava que tentava escrever letras que pudessem ser também lidas, letras que funcionassem como um poema.
A música pop tem letras que são poemas. O que é pop não tem de necessariamente produzir textos que possam ser considerados peças literárias, mas isso não impede que a literariedade esteja presente no que é pop.
Penso em “The Unforgiven”, do Metallica. Com muita freqüência, eu me lembro de um dos trechos da letra. Diz o seguinte (tradução liviana):
What I’ve felt
What I’ve known
Never shined through what I’ve shown
(O que senti
O que conheci
Nunca brilhou por intermédio do que mostrei)
O trecho não precisa ser cantado para “funcionar”.
Neste momento, escuto algumas canções. Uma delas, “Misread”, do Kings of Convenience. Um trecho da letra foi o que me levou a escrever o texto que você está lendo agora. Diz o trecho (novamente, tradução liviana):
How come no one told me
All throughout history
The loneliest people
Were the ones who always spoke the truth
The ones who made a difference
By withstanding the indifference
(Por que ninguém me disse
Que por toda a história
Os mais solitários
Foram os que sempre falaram a verdade
Os que fizeram a diferença
Resistindo à indiferença)
A MPB é pródiga em letras-poemas. De Pixinguinha a Lulu Santos, há fartura. E assim, “a porta do mundo é aberta/Minha alma desperta/Buscando a canção”.
Canções e literatura sempre me atraíram. O John Lennon disse que quando começou a escrever letras, tentava imitar o Bob Dylan. Nessa tentativa, Lennon se esforçava por escrever letras complicadas cujo sentido permanecesse latente. Com o passar do tempo, mudou a abordagem e passou a escrever textos mais simples, mais diretos, com menos metáforas – “Imagine” é um exemplo dessa fase menos rebuscada. Contudo, Lennon reiterava que tentava escrever letras que pudessem ser também lidas, letras que funcionassem como um poema.
A música pop tem letras que são poemas. O que é pop não tem de necessariamente produzir textos que possam ser considerados peças literárias, mas isso não impede que a literariedade esteja presente no que é pop.
Penso em “The Unforgiven”, do Metallica. Com muita freqüência, eu me lembro de um dos trechos da letra. Diz o seguinte (tradução liviana):
What I’ve felt
What I’ve known
Never shined through what I’ve shown
(O que senti
O que conheci
Nunca brilhou por intermédio do que mostrei)
O trecho não precisa ser cantado para “funcionar”.
Neste momento, escuto algumas canções. Uma delas, “Misread”, do Kings of Convenience. Um trecho da letra foi o que me levou a escrever o texto que você está lendo agora. Diz o trecho (novamente, tradução liviana):
How come no one told me
All throughout history
The loneliest people
Were the ones who always spoke the truth
The ones who made a difference
By withstanding the indifference
(Por que ninguém me disse
Que por toda a história
Os mais solitários
Foram os que sempre falaram a verdade
Os que fizeram a diferença
Resistindo à indiferença)
A MPB é pródiga em letras-poemas. De Pixinguinha a Lulu Santos, há fartura. E assim, “a porta do mundo é aberta/Minha alma desperta/Buscando a canção”.
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