Abadia não consegue evitar: sempre que está em um elevador, entrega-se ao devaneio de que um dia a porta se abrirá e ela achará o grande amor de sua vida. Numa dessas vezes, sozinha no elevador, assim que a porta se abriu, levou o maior susto, pois deu de cara com o marido.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
FOTOPOEMA 52
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APONTAMENTO 49
Existem pessoas. O resto são religiões, partidos políticos, times de futebol, países... Essas coisas que andaram inventando por aí.
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
FOTOPOEMA 51
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
FOTOPOEMA 50
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domingo, 22 de fevereiro de 2009
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (47)
Tirei esta foto no dia 28 de abril de 2006. Na época, nenhuma de minhas câmeras estava estragada. Em contrapartida, nenhuma delas caberia no ninho dos pica-paus. Foi então que pedi emprestada uma câmera compacta de meu amigo Manoel Almeida, pois ela caberia no ninho.
Enquanto eu fotografava, não era possível ver como estavam ficando as imagens. Uma escada havia sido escorada na árvore; subi, inseri o braço dentro do ninho e tirei umas doze fotos. Duas delas ficaram boas. Caso queira conferir foto de um dos filhotes, já mais crescido, sendo alimentado, gentileza clicar aqui.
Enquanto eu fotografava, não era possível ver como estavam ficando as imagens. Uma escada havia sido escorada na árvore; subi, inseri o braço dentro do ninho e tirei umas doze fotos. Duas delas ficaram boas. Caso queira conferir foto de um dos filhotes, já mais crescido, sendo alimentado, gentileza clicar aqui.
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sábado, 21 de fevereiro de 2009
CONTO 31
Eduardo havia sido casado com Matilde por quinze anos. Ele se casara aos dezoito; ela, aos dezessete. Depois que se separaram, ele esteve solteiro por três anos. Foi quando se casou novamente, dessa vez com Elisabete, que já havia sido sua aluna. Nas gavetas, silêncios, recônditos, sombras e segredos de si mesmo, Eduardo admite vagamente para si – e para mais ninguém – que se casou com a aluna porque ela é a cara de uma outra estudante, para quem ele também já havia lecionado, ainda na juventude.
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
LETRA DE MÚSICA (4)
A pior maneira de passar o tempo
é contando cada segundo.
Mas é assim que passo o tempo
enquanto você não vem.
Enquanto você não vem,
um segundo fica longe do outro.
Fico inventando o que fazer.
Semanas e semanas à frente,
e só um segundo acabou de passar...
é contando cada segundo.
Mas é assim que passo o tempo
enquanto você não vem.
Enquanto você não vem,
um segundo fica longe do outro.
Fico inventando o que fazer.
Semanas e semanas à frente,
e só um segundo acabou de passar...
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (46)
Eu ainda lembro quando tive a primeira oportunidade de fotografar um anu-branco. Eu não me recordava de ter visto a espécie anteriormente. Ao ver um exemplar sobre um muro, fiquei louco para fotografar. A imagem ficou horrível.
Com a prática, passei a fotografá-los com o respeito que merecem. O equipamento adequado também ajuda. Tanto que a foto acima foi feita no dia (6 de junho de 2006) em que eu estreava minha então nova lente, uma 100-400, mais indicada para fotografar assuntos que estejam longe – caso de aves e pássaros, que geralmente não permitem aproximações.
O registro foi feito num dos bairros afastados da cidade. Cliquei às 10h48. Eu tinha avistado o grupo de anus (são aves extremamente gregárias) e fui me aproximando aos poucos. Não houve como a aproximação ser maior porque havia uma cerca. Ainda assim, pude tirar algumas fotos do pessoal.
Diante da imagem acima, já houve quem me perguntasse se a ave sobre as demais estava se preparando para transar. Não. Eu me lembro de que ela era a que estava mais à direita. Foi quando tomou a decisão de literalmente passar por cima das outras e tranquilamente se acomodar à esquerda delas.
Com a prática, passei a fotografá-los com o respeito que merecem. O equipamento adequado também ajuda. Tanto que a foto acima foi feita no dia (6 de junho de 2006) em que eu estreava minha então nova lente, uma 100-400, mais indicada para fotografar assuntos que estejam longe – caso de aves e pássaros, que geralmente não permitem aproximações.
O registro foi feito num dos bairros afastados da cidade. Cliquei às 10h48. Eu tinha avistado o grupo de anus (são aves extremamente gregárias) e fui me aproximando aos poucos. Não houve como a aproximação ser maior porque havia uma cerca. Ainda assim, pude tirar algumas fotos do pessoal.
Diante da imagem acima, já houve quem me perguntasse se a ave sobre as demais estava se preparando para transar. Não. Eu me lembro de que ela era a que estava mais à direita. Foi quando tomou a decisão de literalmente passar por cima das outras e tranquilamente se acomodar à esquerda delas.
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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
APONTAMENTO 48
A tolerância religiosa deveria começar nos religiosos.
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CONTO 30
Trilhando caminho empoeirado, Fabiana arranca de velha árvore um galho seco. A terra é fofa, não vê água há meses. Com o galho, Fabiana imprime no chão: “Eu te amo”. Tira então uma foto da inscrição e a envia para o namorado. Ele, professor, somente a partir de então compreende claro que tudo o que se escreve, é como se sobre a lousa estivesse escrito, seja uma declaração de amor publicada na poeira, palavras digitadas em máquina ou cartão que se envia. Chegado o dia do fim das coisas, tudo será mesmo apagado. Mas é preciso escrever.
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"UMA VERDADE INCONVENIENTE"
Assisti há pouco ao documentário “Uma verdade inconveniente” (An inconvenient truth), lançado em 2006. Trata-se de uma palestra de Al Gore, político americano e um dos ganhadores do prêmio Nobel da Paz em 2007 (o outro ganhador foi o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC, na sigla em inglês).
A direção do documentário é de James Guggenheim. Em boa parte do material, Gore apresenta estudos e estatísticas que compravam a realidade e a gravidade do aquecimento global. O texto e a apresentação, feita por intermédio de eslaides, são extremamente didáticos, claros.
O documentário narra também fatos da biografia de Gore, preocupado com a destruição do ambiente desde os tempos em que era estudante. Quando faz menção à sua atuação política, não deixa de relatar a decepção que foi ser derrotado por Bush. Contudo, Gore diz que foi a partir daí que resolveu se dedicar com afinco a viajar mundo afora com seus eslaides.
Na questão política, não deixa de mencionar o papel dos EUA como um dos grandes poluentes. Também é criticada a decisão americana de não ter assinado o Protocolo de Kyoto. Após dados e mais dados sobre os estragos que estamos causando à natureza, o documentário sugere ações diárias que podem impedir catástrofe ainda maior, conclamando à ação: “Cada um de nós é responsável pelo aquecimento global”.
Além da palestra, o documentário mostra cenas de Gore em outras situações, mas conversando sobre a destruição do ambiente. Algumas dessas cenas são muito artificiais, o que não chega a comprometer a relevância e a seriedade do trabalho. Já no belo fim, em que a Terra é mostrada como um nadica de nada no espaço, Gore divulga seu site.
A direção do documentário é de James Guggenheim. Em boa parte do material, Gore apresenta estudos e estatísticas que compravam a realidade e a gravidade do aquecimento global. O texto e a apresentação, feita por intermédio de eslaides, são extremamente didáticos, claros.
O documentário narra também fatos da biografia de Gore, preocupado com a destruição do ambiente desde os tempos em que era estudante. Quando faz menção à sua atuação política, não deixa de relatar a decepção que foi ser derrotado por Bush. Contudo, Gore diz que foi a partir daí que resolveu se dedicar com afinco a viajar mundo afora com seus eslaides.
Na questão política, não deixa de mencionar o papel dos EUA como um dos grandes poluentes. Também é criticada a decisão americana de não ter assinado o Protocolo de Kyoto. Após dados e mais dados sobre os estragos que estamos causando à natureza, o documentário sugere ações diárias que podem impedir catástrofe ainda maior, conclamando à ação: “Cada um de nós é responsável pelo aquecimento global”.
Além da palestra, o documentário mostra cenas de Gore em outras situações, mas conversando sobre a destruição do ambiente. Algumas dessas cenas são muito artificiais, o que não chega a comprometer a relevância e a seriedade do trabalho. Já no belo fim, em que a Terra é mostrada como um nadica de nada no espaço, Gore divulga seu site.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
SHOW COM INDÚSTRIA BRAZILEIRA
Há pouco, conferi show com a banda Indústria Brazileira, em bar da cidade. O repertório foi composto praticamente de clássicos do pop/rock nacional da década de 80. Como ponto alto, o terem inserido bandas que são geralmente esquecidas nesse tipo de apresentação – como exemplo, menciono o RPM.
A apresentação agradou ao público, que maciçamente lotou o bar – assim tem sido no local, nas tardes de domingo. As músicas eram cantadas pela platéia, em sua maioria nascida depois da década de 80. Isso mostra que o pop/rock da época deixou mesmo seu legado.
Quem mora por aqui há mais tempo e tem o hábito de conferir música ao vivo, deve se lembrar da banda Indústria Brazileira quando tocavam às margens da Lagoa Grande, aqui em Patos de Minas, numa época em que havia música ao vivo por lá.
A formação atual da banda não é a mesma daquela época. Atualmente, a conta com Arílson no vocal, Michael no baixo, Léo na guitarra e William na bateria (no show de hoje, William foi substituído pelo baterista Renato).
Para mais informações, você pode conferir a página deles no Orkut, em que divulgam a agenda de shows, bem como o blogue do pessoal, com fotos da banda.
A apresentação agradou ao público, que maciçamente lotou o bar – assim tem sido no local, nas tardes de domingo. As músicas eram cantadas pela platéia, em sua maioria nascida depois da década de 80. Isso mostra que o pop/rock da época deixou mesmo seu legado.
Quem mora por aqui há mais tempo e tem o hábito de conferir música ao vivo, deve se lembrar da banda Indústria Brazileira quando tocavam às margens da Lagoa Grande, aqui em Patos de Minas, numa época em que havia música ao vivo por lá.
A formação atual da banda não é a mesma daquela época. Atualmente, a conta com Arílson no vocal, Michael no baixo, Léo na guitarra e William na bateria (no show de hoje, William foi substituído pelo baterista Renato).
Para mais informações, você pode conferir a página deles no Orkut, em que divulgam a agenda de shows, bem como o blogue do pessoal, com fotos da banda.
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CRUZEIRO 2x1 ATLÉTICO
Para ler sobre o clássico entre Cruzeiro e Atlético, realizado hoje, gentileza conferir o blogue Come grama!.
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sábado, 14 de fevereiro de 2009
AINDA PAIS E FILHOS
Recentemente, publiquei aqui texto sobre canções que faziam referência à relação entre pais e filhos. Vai parecer insistência de minha parte, mas não posso deixar de mencionar que hoje, visitando uma loja de discos, eu me deparei com o CD “Como nossos pais”.
O título logo me chamou a atenção. Breve texto na contracapa informa que o repertório é uma coletânea de canções brasileiras que abordam, sim, o relacionamento entre pais e filhos. Obviamente, não pestanejei: comprei logo o CD.
O texto do encarte e a seleção do repertório ficaram por conta de Rodrigo Faour. As seguintes faixas compõem a coletânea:
● Coisinha do pai (Jorge Aragão/Almir Guineto/Luiz Carlos) – Beth Carvalho
● Papai vadiou (Rody do Jacarezinho/Gaspar do Jacarezinho) – Leci Brandão
● O mundo é um moinho (Cartola) – Cazuza
● Como nossos pais (Belchior) – Elis Regina
● Avôhai (Zé Ramalho) – Zé Ramalho
● Papai, me empresta o carro (Roberto de Carvalho/Rita Lee) – Rita Lee
● Já fui (Marina Lima/Antonio Cícero) – Marina Lima
● Pai (Fábio Jr.) – Fábio Jr.
● Naquela mesa (Sergio Bittencourt) – Nelson Gonçalves
● 14 anos (Paulinho da Viola) – Paulinho da Viola
● Espelho (João Nogueira/Paulo César Pinheiro) – João Nogueira
● De pai pra filha (Martinho da Vila) – Martinho da Vila
● Herança de meu pai (Benício Guimarães) – Jackson do Pandeiro
● Papai sabe-tudo (Leo Jaime/Leandro Verdeal) – Erasmo Carlos
O título logo me chamou a atenção. Breve texto na contracapa informa que o repertório é uma coletânea de canções brasileiras que abordam, sim, o relacionamento entre pais e filhos. Obviamente, não pestanejei: comprei logo o CD.
O texto do encarte e a seleção do repertório ficaram por conta de Rodrigo Faour. As seguintes faixas compõem a coletânea:
● Coisinha do pai (Jorge Aragão/Almir Guineto/Luiz Carlos) – Beth Carvalho
● Papai vadiou (Rody do Jacarezinho/Gaspar do Jacarezinho) – Leci Brandão
● O mundo é um moinho (Cartola) – Cazuza
● Como nossos pais (Belchior) – Elis Regina
● Avôhai (Zé Ramalho) – Zé Ramalho
● Papai, me empresta o carro (Roberto de Carvalho/Rita Lee) – Rita Lee
● Já fui (Marina Lima/Antonio Cícero) – Marina Lima
● Pai (Fábio Jr.) – Fábio Jr.
● Naquela mesa (Sergio Bittencourt) – Nelson Gonçalves
● 14 anos (Paulinho da Viola) – Paulinho da Viola
● Espelho (João Nogueira/Paulo César Pinheiro) – João Nogueira
● De pai pra filha (Martinho da Vila) – Martinho da Vila
● Herança de meu pai (Benício Guimarães) – Jackson do Pandeiro
● Papai sabe-tudo (Leo Jaime/Leandro Verdeal) – Erasmo Carlos
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
APONTAMENTO 47
O amor nos eleva de precários a menos precários.
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FATAL
Os dias tristes de cada um vão chegar.
O rico e o gênio, o preto e a mulher.
O pobre e o tolo, a branca e o homem.
Todos, todos terão seus dias tristes.
A tristeza vem para cada um.
O rico e o gênio, o preto e a mulher.
O pobre e o tolo, a branca e o homem.
Todos, todos terão seus dias tristes.
A tristeza vem para cada um.
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
LETRA DE MÚSICA (3)
Aos amores que nada podem, alguns versos, pois
a proximidade de seu amor é precária; a distância é certa.
Os amores que nada podem vivem de dribles e acasos.
Em amores que nada podem, o possível é fugidio;
o impossível, pesado, insistente, doloroso.
Do pouco que se tocam, fazem o muito com que sonham.
Os amores que nada podem conseguem força
no que resta, e o que resta é sempre pouco.
Os amores que nada podem são trágicos e sublimes.
Aos amores que nada podem, uma canção, pois
o cansaço do que não pode ser só não é maior
do que o amor que um dia haveria para existir.
a proximidade de seu amor é precária; a distância é certa.
Os amores que nada podem vivem de dribles e acasos.
Em amores que nada podem, o possível é fugidio;
o impossível, pesado, insistente, doloroso.
Do pouco que se tocam, fazem o muito com que sonham.
Os amores que nada podem conseguem força
no que resta, e o que resta é sempre pouco.
Os amores que nada podem são trágicos e sublimes.
Aos amores que nada podem, uma canção, pois
o cansaço do que não pode ser só não é maior
do que o amor que um dia haveria para existir.
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (45)
Tirei esta foto no campus de uma faculdade, aqui em Patos de Minas. Foi preciso ter paciência: a princípio, escutei o pica-pau adulto. Depois, vi a árvore em que ele estava. A seguir, localizei o ninho. Finalmente, percebi que havia filhotes em casa.
Eu sabia que mais cedo ou mais tarde o adulto voltaria, certamente trazendo comida para os filhotes, o que de fato ocorreu. Fiquei de plantão e fotografei umas três vindas do adulto. Também tenho fotos dos filhotes dentro do ninho bem como imagens deles espiando o ambiente, próximos à porta da casa.
Eu sabia que mais cedo ou mais tarde o adulto voltaria, certamente trazendo comida para os filhotes, o que de fato ocorreu. Fiquei de plantão e fotografei umas três vindas do adulto. Também tenho fotos dos filhotes dentro do ninho bem como imagens deles espiando o ambiente, próximos à porta da casa.
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Fotos
ENCOBERTA
Roupa de cama
com cheiro de coisa limpa,
chuva branda no telhado.
Agradeço por este momento:
minha fé é em coberta.
com cheiro de coisa limpa,
chuva branda no telhado.
Agradeço por este momento:
minha fé é em coberta.
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
PAI E FILHA
A baladinha “Changes”, do Black Sabbath, é muito conhecida. Foi também gravada por Kelly Osbourne, filha do Ozzy Osbourne (que foi vocalista do Black Sabbath). Dessa gravação, o paizão dela participa.
A letra original foi levemente modificada, de modo que o tom amoroso e triste deu lugar a um “diálogo” entre pai e filha, na regravação (conferir letra) de Kelly Osbourne.
Curiosamente, Kelly Osbourne também regravou "Papa don't preach", sucesso da Madonna em que a filha adolescente tem de resolver pendenga com o pai: a garota engravidara.
Não sei como é o relacionamento entre Ozzy e Kelly Osbourne. Ainda assim, deve ter sido um baita orgulho para o Ozzy ter tido a oportunidade de cantar com a filha.
Em tempo: o relacionamento às vezes conflituoso entre pais e filhos é bem marcado na música pop. Além das citadas acima, mais alguns exemplos:
● Pais e filhos – Legião Urbana
● Father and son – Cat Stevens
● Como nossos pais – Belchior
● The living years – Mike + The Mechanics
A letra original foi levemente modificada, de modo que o tom amoroso e triste deu lugar a um “diálogo” entre pai e filha, na regravação (conferir letra) de Kelly Osbourne.
Curiosamente, Kelly Osbourne também regravou "Papa don't preach", sucesso da Madonna em que a filha adolescente tem de resolver pendenga com o pai: a garota engravidara.
Não sei como é o relacionamento entre Ozzy e Kelly Osbourne. Ainda assim, deve ter sido um baita orgulho para o Ozzy ter tido a oportunidade de cantar com a filha.
Em tempo: o relacionamento às vezes conflituoso entre pais e filhos é bem marcado na música pop. Além das citadas acima, mais alguns exemplos:
● Pais e filhos – Legião Urbana
● Father and son – Cat Stevens
● Como nossos pais – Belchior
● The living years – Mike + The Mechanics
● Obrigado – O Gabba
● Ovelha negra – Rita Lee
Caso alguém aí saiba de outra(s), sinta-se totalmente à vontade para dizer.
Caso alguém aí saiba de outra(s), sinta-se totalmente à vontade para dizer.
_____
P.S.: graças à gentileza de Gabriela Maria, insiro mais canções cuja temática é o relacionamento entre pais e filhos:
● Perfect - Alanis Morissette
● Winter - Tori Amos
● Pose - Engenheiros do Hawaii
_____
P.S. 2: graças ao Ismael, mais canções para a lista:
● Mother - John Lennon
● Mother - Pink Floyd
_____
P.S. 3: pessoal, eu me lembrei de mais duas: a continuar assim, teremos rapidinho repertório para encher um CD:
● Forever young - Rod Stewart
● My baby - The Pretenders
_____
P. S. 4: Mais uma, também sugerida pela Gabriela Maria:
● Amanhã é 23 - Kid Abelha
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
AQUELES DOIS
Ele, pensando
que ela o acharia
velho demais,
não chegou.
Ela, pensando
que ele a acharia
jovem demais,
não deu bola.
E assim, os dois bobos,
um gostando do outro,
ficaram sem amor.
que ela o acharia
velho demais,
não chegou.
Ela, pensando
que ele a acharia
jovem demais,
não deu bola.
E assim, os dois bobos,
um gostando do outro,
ficaram sem amor.
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NO PALCO DA VIDA
Neste momento, escuto “Paciência”, com o Lenine. O verso “a vida não para” fica em minha cabeça enquanto olho fotos antigas tiradas por mim. É que desde quando comecei a fotografar de modo mais intenso, tive hoje a mais reflexiva experiência. Geralmente, quando reflito sobre a fotografia, penso nela em si; não é comum eu me valer da fotografia para ponderar sobre a condição humana. Hoje, contudo, foi diferente.
No sábado, recebi convite para almoçar na casa de Dionathan, grande amigo. Numa das conversas, ele mencionou um amigo dele que morrera devido a tumor cerebral. Morte rápida. Tinha pouco mais de trinta anos. Era casado. Enquanto Dionathan falava, de repente me veio a impressão de que eu já havia fotografado o amigo dele (que tocava viola) durante show.
Ficou combinado então que eu conferiria se era mesmo o violeiro a pessoa fotografada por mim. Ainda conversando na tarde de sábado, falamos de uma prima do músico que viria a se suicidar muito jovem. Ela também era artista – lembro-me de vê-la cantando; houve uma época em que chegou a se apresentar acompanhada por meu irmão Edgard, que é tecladista.
Olhando as fotos, confirmei que o violeiro mencionado na conversa de sábado é o mesmo das imagens. Houve surpresa, entretanto: a prima do artista também está em duas das fotos. Registrei um evento no Teatro Municipal, aqui em Patos de Minas, no dia 25 de agosto de 2006. Numa das imagens, ela está na platéia. Era um show musical com canções caipiras. Durante o espetáculo, um ator interage e brinca com a platéia. Na outra foto, a jovem dança com ele.
No sábado, recebi convite para almoçar na casa de Dionathan, grande amigo. Numa das conversas, ele mencionou um amigo dele que morrera devido a tumor cerebral. Morte rápida. Tinha pouco mais de trinta anos. Era casado. Enquanto Dionathan falava, de repente me veio a impressão de que eu já havia fotografado o amigo dele (que tocava viola) durante show.
Ficou combinado então que eu conferiria se era mesmo o violeiro a pessoa fotografada por mim. Ainda conversando na tarde de sábado, falamos de uma prima do músico que viria a se suicidar muito jovem. Ela também era artista – lembro-me de vê-la cantando; houve uma época em que chegou a se apresentar acompanhada por meu irmão Edgard, que é tecladista.
Olhando as fotos, confirmei que o violeiro mencionado na conversa de sábado é o mesmo das imagens. Houve surpresa, entretanto: a prima do artista também está em duas das fotos. Registrei um evento no Teatro Municipal, aqui em Patos de Minas, no dia 25 de agosto de 2006. Numa das imagens, ela está na platéia. Era um show musical com canções caipiras. Durante o espetáculo, um ator interage e brinca com a platéia. Na outra foto, a jovem dança com ele.
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Lenine
APONTAMENTO 46
Almoçando num restaurante, escuto “Silence is golden”, da banda The Tremeloes. De imediato, eu me lembro de quando trabalhei em rádio, pois era uma canção que eu executava com frequência, quando trabalhava à noite. Enquanto o corpo se nutre, a alma se enleva.
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UM TEATRO, UM BAR E MUITA MÚSICA
No fim de semana, assisti a dois shows com músicos patenses: no sábado, conferi show com Rubinho (vocalista da banda O Gabba; voz e violão), Lúcio (baixo) Murilo (guitarra) e Ciro (bateria) no Teatro Municipal. Ontem, domingo, conferi, num bar, show com a banda Vandaluz.
Movie Show foi o nome da apresentação no teatro. De antemão, eu sabia que se tratava de um espetáculo com trilhas de filmes. A surpresa foi que trechos dos filmes de que as trilhas eram retiradas eram projetados no palco. Ou então projetavam-se os clipes, enquanto a banda executava as canções.
A idéia das imagens projetadas foi ótima, pois surpreendeu. Não foi somente um show musical. Detalhes técnicos fáceis de serem corrigidos impediram que o show fosse ainda melhor. A idéia é tão bacana que merece ser realizada novamente.
No fim do show, tocaram “Obrigado”, sucesso da banda O Gabba. De acordo com Rubinho, o grupo vai tocar durante a Festa Nacional do Milho deste ano. O vocalista não confirmou nem data nem local do show.
Já ontem, a banda Vandaluz (Vane Pimentel – voz; Cassim – voz e gaita; Murilo – guitarra; Alan Delay – baixo; e Ciro Nunes – bateria) levou seu (necessário) deboche a um dos bares da cidade num show todo autoral, com faixas do CD "Ascende".
O público lotou o bar e se divertiu com a irreverência e a teatralidade da apresentação. Já próximo ao fim, Vane disse que a grana arrecadada com o show vai ajudá-los na viagem que farão a Cuiabá, a fim de participarem de mais um festival de música independente (os integrantes do Vandaluz foram os organizadores do Festival Marreco de Música Independente, realizado em 21 de dezembro do ano passado).
Movie Show foi o nome da apresentação no teatro. De antemão, eu sabia que se tratava de um espetáculo com trilhas de filmes. A surpresa foi que trechos dos filmes de que as trilhas eram retiradas eram projetados no palco. Ou então projetavam-se os clipes, enquanto a banda executava as canções.
A idéia das imagens projetadas foi ótima, pois surpreendeu. Não foi somente um show musical. Detalhes técnicos fáceis de serem corrigidos impediram que o show fosse ainda melhor. A idéia é tão bacana que merece ser realizada novamente.
No fim do show, tocaram “Obrigado”, sucesso da banda O Gabba. De acordo com Rubinho, o grupo vai tocar durante a Festa Nacional do Milho deste ano. O vocalista não confirmou nem data nem local do show.
Já ontem, a banda Vandaluz (Vane Pimentel – voz; Cassim – voz e gaita; Murilo – guitarra; Alan Delay – baixo; e Ciro Nunes – bateria) levou seu (necessário) deboche a um dos bares da cidade num show todo autoral, com faixas do CD "Ascende".
O público lotou o bar e se divertiu com a irreverência e a teatralidade da apresentação. Já próximo ao fim, Vane disse que a grana arrecadada com o show vai ajudá-los na viagem que farão a Cuiabá, a fim de participarem de mais um festival de música independente (os integrantes do Vandaluz foram os organizadores do Festival Marreco de Música Independente, realizado em 21 de dezembro do ano passado).
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
"VINTE E UM"
Recentemente, assisti novamente a “Quiz Show” (1994). A direção é de Robert Redford, também conhecido como ator. O filme é baseado num livro de Richard N. Goodwin (“Remembering America: a voice from the sixties”) e conta uma história real. O roteiro cinematográfico ficou por conta de Paul Attanasio.
No fim da década de cinquenta, a NBC, grande rede de televisão americana, apresentava o programa Twenty-one, assistido por cinquenta milhões de pessoas. Na atração, dois competidores tinham de responder a perguntas feitas pelo apresentador. O primeiro a completar vinte e um pontos era o vencedor e continuava no programa. Quanto mais continuasse, mais dinheiro faturaria.
Em “Quiz Show”, Dan Enright (David Paymer), um dos produtores do programa, exige de Herbie Stempel (John Turturro) que ele erre de propósito uma das perguntas. A exigência de Enright se devia à pressão feita por um magnata patrocinador do programa – curiosamente, interpretado pelo diretor Martin Scorsese.
A intenção da emissora ao admitir Herbie Stempel no programa era passar a idéia de que os EUA são mesmo o lugar em que todos têm vez. Stempel é espontâneo, falastrão e feio. Ainda com ele curtindo ser celebridade, os produtores do programa, pressionados, saem à caça de outro concorrente.
É quando têm a chance de colocar Charles Van Doren (Ralph Fiennes) no ar: os dentes feios e irregulares de Stempel seriam substituídos pelo bonitão e aristocrático dândi Richard Van Doren, descendente de família de intelectuais e literatos.
Stempel não se cala e procura amparo legal, denunciando que o programa era uma armação. O caso chama a atenção do jovem, idealista e inteligente advogado Richard Goodwin (Rob Morrow), que trabalha para um comitê do Congresso. Goodwin inicia a investigação até chegar a Stempel.
Vejo “Quiz Show” não somente como um incisivo retrato das tramóias e mentiras que assolam meios de comunicação em todos os lugares (o filme já merece ser assistido por isso). Mas ele vai além. Realiza com maestria o retrato da vaidade, principalmente por intermédio do personagem Charles Van Doren.
Nada mais... humano (na falta de adjetivo melhor) do que o comportamento de Van Doren. A despeito da vasta e sólida formação cultural, ele não resiste à bajulação que passa a receber. Torna-se o “queridinho” da mídia e de executivos calhordas. Se por um lado Van Doren se rendeu à velha vaidade, seus algozes não pensaram duas vezes em bani-lo. “O show tem de continuar”.
Na vida real, por longo período, Charles Van Doren guardou silêncio quanto ao ocorrido. Em 2008, publicou relato (em inglês) na revista The New Yorker sobre o que viveu naquela época. Acerca do filme, o intelectual diz ter se aborrecido com o epílogo, que declara que ele não mais lecionou. “Não parei de lecionar”, escreve ele (mas não na universidade em que lecionava antes do escândalo). Diz ainda ter gostado muito da atuação de John Turturro como Herbie Stempel.
Todos queriam levar vantagem. Charles Van Doren e Herbie Stempel se predispuseram a fazer o jogo dos magnatas. Stempel e Van Doren ficaram deslumbrados pelo dinheiro e pelos afagos nos egos. O texto de Van Doren na revista The New Yorker é direto, parece sincero e detalha os meandros pelos quais passou. Encarando o passado, reflete: “O homem que trapaceou em Twenty-one é ainda parte de mim”.
No fim da década de cinquenta, a NBC, grande rede de televisão americana, apresentava o programa Twenty-one, assistido por cinquenta milhões de pessoas. Na atração, dois competidores tinham de responder a perguntas feitas pelo apresentador. O primeiro a completar vinte e um pontos era o vencedor e continuava no programa. Quanto mais continuasse, mais dinheiro faturaria.
Em “Quiz Show”, Dan Enright (David Paymer), um dos produtores do programa, exige de Herbie Stempel (John Turturro) que ele erre de propósito uma das perguntas. A exigência de Enright se devia à pressão feita por um magnata patrocinador do programa – curiosamente, interpretado pelo diretor Martin Scorsese.
A intenção da emissora ao admitir Herbie Stempel no programa era passar a idéia de que os EUA são mesmo o lugar em que todos têm vez. Stempel é espontâneo, falastrão e feio. Ainda com ele curtindo ser celebridade, os produtores do programa, pressionados, saem à caça de outro concorrente.
É quando têm a chance de colocar Charles Van Doren (Ralph Fiennes) no ar: os dentes feios e irregulares de Stempel seriam substituídos pelo bonitão e aristocrático dândi Richard Van Doren, descendente de família de intelectuais e literatos.
Stempel não se cala e procura amparo legal, denunciando que o programa era uma armação. O caso chama a atenção do jovem, idealista e inteligente advogado Richard Goodwin (Rob Morrow), que trabalha para um comitê do Congresso. Goodwin inicia a investigação até chegar a Stempel.
Vejo “Quiz Show” não somente como um incisivo retrato das tramóias e mentiras que assolam meios de comunicação em todos os lugares (o filme já merece ser assistido por isso). Mas ele vai além. Realiza com maestria o retrato da vaidade, principalmente por intermédio do personagem Charles Van Doren.
Nada mais... humano (na falta de adjetivo melhor) do que o comportamento de Van Doren. A despeito da vasta e sólida formação cultural, ele não resiste à bajulação que passa a receber. Torna-se o “queridinho” da mídia e de executivos calhordas. Se por um lado Van Doren se rendeu à velha vaidade, seus algozes não pensaram duas vezes em bani-lo. “O show tem de continuar”.
Na vida real, por longo período, Charles Van Doren guardou silêncio quanto ao ocorrido. Em 2008, publicou relato (em inglês) na revista The New Yorker sobre o que viveu naquela época. Acerca do filme, o intelectual diz ter se aborrecido com o epílogo, que declara que ele não mais lecionou. “Não parei de lecionar”, escreve ele (mas não na universidade em que lecionava antes do escândalo). Diz ainda ter gostado muito da atuação de John Turturro como Herbie Stempel.
Todos queriam levar vantagem. Charles Van Doren e Herbie Stempel se predispuseram a fazer o jogo dos magnatas. Stempel e Van Doren ficaram deslumbrados pelo dinheiro e pelos afagos nos egos. O texto de Van Doren na revista The New Yorker é direto, parece sincero e detalha os meandros pelos quais passou. Encarando o passado, reflete: “O homem que trapaceou em Twenty-one é ainda parte de mim”.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
NA PELE
Uma faixa de sol
dribla a cortina
e faz um risco
no rosto dela,
que aceita a carícia.
Driblo a correria
e arrisco alguns
versos para ela,
que aceita a carícia.
dribla a cortina
e faz um risco
no rosto dela,
que aceita a carícia.
Driblo a correria
e arrisco alguns
versos para ela,
que aceita a carícia.
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
AINDA SOBRE PLÁGIOS
Há algum tempo, publiquei neste blogue nota sobre suposto plágio do Coldplay de uma música do Joe Satriani.
Há pouco, li texto do crítico Regis Tadeu sobre plágio. O ponto de partida do articulista foi o fato de o NXZero ter sido acusado de plagiar música do desconhecido grupo Taking Back Sunday. Para mais detalhes, clique aqui.
Há pouco, li texto do crítico Regis Tadeu sobre plágio. O ponto de partida do articulista foi o fato de o NXZero ter sido acusado de plagiar música do desconhecido grupo Taking Back Sunday. Para mais detalhes, clique aqui.
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