sábado, 29 de outubro de 2011

APONTAMENTO 120

Loco Abreu bate bem da cabeça: usando-a, fez o gol que deu a vitória ao Botafogo contra o Cruzeiro, há pouco, no Engenhão.

CAIU NA REDE (83)

Pessoas, há uma nova edição do Caiu na Rede no ar. Para escutar, é só dar “play” aí no alto, à direita, onde está escrito “dê ‘play’ e escute o Caiu na Rede”.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ANACRÔNICO

Pessoas, conforme anunciado há alguns dias, torno também disponível em meio eletrônico meu livro de crônicas, intitulado Anacrônico.

De alguns dias para cá, tornei público na internete Leve poesia, Algo de sempre, Amor de palavra e Movimentos.

Curiosamente, depois que postei o Anacrônico, senti uma pontada de orgulho. Bobagem sentir isso, mas senti. Orgulho não pela qualidade dos trabalhos que tenho postado, com os quais sou impiedoso, mas orgulho por, na pior hipótese, ter produzido um legado, independentemente de sua qualidade.

Tudo há de acabar um dia, mas foi bom ter criado algo. Se por um lado eu poderia ter feito muitas outras coisas de minha vida, por outro, quando olho para trás e penso nos escritos, resta pelo menos o conforto de que não vivi num ceticismo absolutamente infrutífero.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

DICIONÁRIO (28)

cerrado. Foi serrado.

WISŁAWA SZYMBORSKA EM PORTUGUÊS


Meus amigos sabem da admiração que tenho pela escritora polonesa Wisława Szymborska. Neste blogue, já a mencionei numa das postagens do Caiu na Rede, bem como já li poema dela na atração.

Recentemente, a Companhia das Letras lançou coletânea com poemas de Szymborska, praticamente inédita em português. Eles dão uma bela ideia do quanto ela é espirituosa, irônica e plena de senso de humor; ela é lúdica e filosófica. O livro tem tradução, seleção e prefácio de Regina Przybycien.

A capa do livro é um barato à parte (caso queira vê-la ampliada, clique na imagem acima). Os patrulheiros do (chato) politicamente correto certamente não vão gostar. A foto é de Joanna Helander. (Na xícara, será que se trata de café? O relógio marca meio-dia e vinte e dois. Ou seria meia-noite e vinte e dois? A luz que incide sobre o braço que segura o cigarro faz com que eu pense em meio-dia e vinte e dois. Ao fundo, livros numa estante.)

Szymborska foi Nobel de Literatura em 1996. Foi nessa época que li o primeiro texto dela – “Vietnã”. A partir desse poema, passei a nutrir interesse pela autora. Li alguns poemas na internete, no próprio sítio da Fundação Nobel. Pedi uma coletânea em inglês, intitulada “Sounds, Feelings, Thoughts”. Boa parte desses textos estão na seleção de Regina Przybycien.

A obra de Szymborska é curta. Przybycien diz em seu prefácio que a polonesa publicou “algumas centenas de poemas” em doze pequenos livros. Há também dois livros de crônicas. Contudo, a poesia dela tem aquela densidade dos textos curtos. A simplicidade deles não significa deixar de lado os famosos grandes temas. Sempre com inteligência, com argúcia, com engenho; o espírito puro, o wit.

domingo, 23 de outubro de 2011

CAIU NA REDE (82)

Pessoas, há uma nova edição do Caiu na Rede no ar. Para escutar, é só dar “play” aí no alto, à direita, onde está escrito “dê ‘play’ e escute o Caiu na Rede”.

sábado, 22 de outubro de 2011

A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (67)


Se existem um Sol e uma janela, existe a possibilidade de uma foto. Sol e janela geralmente permitem que se brinque com o jogo luz/sombra, e esse jogo compõe uma das importantes facetas da fotografia.

A foto acima foi tirada anteontem (20/10). Eram 8h da manhã. Já de saída, vi a projeção sobre a parede da sala, causada pela luz matinal que passava pela janela e chegava até a parede, não sem “desenhar” as formas que se veem.
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Ficha técnica

Câmera: Canon EOS 30D
F/4.5; 1/50 (exposição manual)
ISO: 100
Extensão focal: 39 mm

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DUAS METADES

Já vivi mais ou menos
metade da vida.
Eu a passei teorizando.
Portanto, estou pronto:
a segunda metade,
eu a passarei
envelhecendo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

AMOR DE PALAVRA

Pessoas, continuo na onda de publicar textos meus que estavam engavetados. Agora, publico Amor de palavra, coleção de poemas que também não estava disponível eletronicamente. Alguns textos são recentes; outros, não. O que têm em comum é a temática – o amor.

Nessa história de criar blogues para textos antigos, tornou-se nítido para mim, ontem, o quanto este blogue que você agora lê é "frankensteiniano", no sentido de quem não tem uma unidade; em vez disso, é composto de várias peças – uma bagunça só.

Tivesse eu pensado anteriormente, faria o que estou fazendo agora: para cada tipo de texto ou temática, um blogue. Mas o que está feito, escrito está.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

MOVIMENTOS

Pessoas, prossigo publicando na internete textos meus que não estavam disponíveis eletronicamente. Dessa vez, o livro Movimentos. Todos os poemas dele têm uma só temática: a dança. Os escritos são inéditos, pois não haviam sido publicados em nenhum meio.

Tenho a intenção de brevemente publicar, também via internete, mais inéditos.

DICIONÁRIO (27)

machado. Não tem culpa pela queda da árvore.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LEVE POESIA E ALGO DE SEMPRE

Pessoas, a partir de agora, também disponível na internete, meus dois livros de poemas – Leve poesia, publicado em 2000, e Algo de sempre, publicado em 2003.

Como não é raro ocorrer, o tempo faz com que a gente se arrependa de muita coisa que escreveu. Eu me arrependo de ter publicado alguns dos poemas de ambos os livros. Ainda assim, estão na íntegra, tais quais foram lançados.

Não fiz uma revisão quanto ao novo acordo ortográfico; assim, caso confiram, sintam-se totalmente à vontade para apontar vocábulos que precisam ser atualizados – ou para apontar quaisquer outros tipos de erro.

O que me levou a publicar os livros em blogues foi minha decisão de deixar na internete tudo o que fragmentadamente tenho produzido. Agora, disponível para leitura em qualquer computador, dispositivo ou algo que o valha, o Leve poesia, o Algo de sempre e este blogue.

Ainda não há um blogue para as crônicas, embora algumas delas possam ser conferidas em meu “site”. Mas tenho a intenção de criar um blogue para elas também.

Valeu.

domingo, 16 de outubro de 2011

DICIONÁRIO (26)

desbaratar. Êxito ao se tentar matar uma barata.

DICIONÁRIO (25)

malbaratar. Malogro ao se tentar matar uma barata.

sábado, 15 de outubro de 2011

CAIU NA REDE (81)

Pessoas, está no ar a edição 81 do Caiu na Rede. Para escutar, é só dar “play” aí no alto, à direita, onde está escrito “dê ‘play’ e escute o Caiu na Rede”.

"NAMORADOS PARA SEMPRE"

É difícil ficar indiferente a “Namorados para sempre” (Blue Valentine, EUA, 2010), dirigido por Derek Cianfrance. Mas antes de eu comentar sobre possíveis razões dessa dificuldade em se ficar indiferente ao filme, útil lembrar que a versão em português do título não condiz com o original.

Os americanos comemoram o dia dos namorados em 14 de fevereiro, dia de São Valentim. O dia dos namorados, eles o chamam de Valentine’s Day. Já a palavra “valentine” pode ser a mensagem ou cartão que se manda no dia dos namorados; também tem o sentido de o namorado ou namorada escolhido no Dia de São Valentim; por fim, “valentine” pode ser também um trabalho artístico que expressa afeto por algo ou alguém. Assim, pode-se dizer: “His photos are a valentine to Rio de Janeiro”.

Ainda sobre o título, há a palavra “blue”, que, além de dar nome à cor, é também um adjetivo que pode ser entendido como “tristonho”, “melancólico”. De modo que a versão em português – “Namorados para sempre” – está distante da ideia transmitida pelo título original. Fosse eu dar palpite, sugeriria algo como Namoro triste. Até entendo a busca por um título chamativo, que contenha apelo comercial, mas é ruim quando há o desvirtuamento ou desafino em relação à obra original.

O filme não nos deixa indiferentes. Pode-se até não gostar, mas não imagino que haverá indiferença: Cindy Heller (Michelle Williams) é casada com Dean Pereira (Ryan Gosling). No presente, ele trabalha como pintor e ela é enfermeira num hospital.  As famílias de ambos não são o que chamaríamos de famílias felizes. À parte isso, Dean, que outrora pensava em não ter ele mesmo sua família, apaixona-se por Cindy; casam-se. Antes disso, um dos relacionamentos de Cindy havia sido com Bobby Ontario (Mike Vogel); a convivência de Cindy e Bobby acabaria tendo profundas consequências no relacionamento entre ela e Dean.

O filme ora narra o presente ora narra o passado. É assim que, iniciada a trama, vemos como está hoje o casal Cindy e Dean. Nas cenas seguintes, sempre havendo esse ir e vir entre o presente e o passado, compreendemos como se conheceram e a vida que levavam nessa época.

Os retornos ao passado vão contextualizando a debacle que é o casamento de Cindy e Dean. Incomoda, incomoda muito o absoluto fastio mostrado por ela, enquanto ele ainda tenta salvar o relacionamento. Há uma cena em que ele quer fazer amor; ela, a contragosto, permite. Mal ele começa, a expressão de Cindy é um esgar de repulsa e infelicidade.

O vigor do passado e o fracasso no presente. À medida que o filme vai avançando, a gente quer entender o motivo pelo qual Cindy está tão entediada, irascível e infeliz. No todo, fiquei com a impressão de que ela se casou com Dean sem, a rigor, amá-lo – ainda que possa ter pensado que amava.

O filme nos leva a refletir sobre o que as escolhas da juventude podem acarretar quando vem a maturidade. Leva-nos a refletir sobre o que um dia foi amor (ou pelo menos parecia ser) e o que ele pode se tornar à medida que os anos vão se passando.

É um retrato triste – blue – do que pode se tornar um casamento quando não há mais amor e quando se perde até a admiração que se tinha. Há um momento em que Cindy cobra de Dean que ele exerça os potenciais que tem; ele, por sua vez, está satisfeito com o trabalho de pintor, que o permite, por exemplo, tomar uma cervejinha às 8 horas da manhã.

Há cenas em que Cianfrance, o diretor, prefere o close, o corte rápido, o movimento rápido – o que acaba sendo uma bela saída para mostrar o estado de confusão e de agitação por que passam Cindy e Dean no presente. O final mantém o tom de todo o filme: inquietante.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

ENSAIO (4)

Sempre gostei de fotografar teatro. Abaixo, algumas fotos.





























UBIQUIDADE

O belo pode ser simples – 
nem toda simplicidade é bela.
O belo pode ser complicado –
nem toda complicação é bela.

Não basta ser simples para ser belo.
Não basta ser complicado para ser belo.
A erudição pode ser bela.
O folclore pode ser belo.

A preta é bela.
A loira é bela.
Belo é o número.
Bela é a palavra.

Aqui ou aí, o belo – 
beleza que não sei definir.
Quando você passa, 
sei o que é o belo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DICIONÁRIO (24)

paço. Nada como um após o outro.

APONTAMENTO 119

Sempre gostei sobremaneira de canções executadas por corais. É que, além da música em si, num coral há várias pessoas voltadas para um só fim. Essa ideia de várias pessoas se voltarem para um objetivo sempre me atraiu. Nesse sentido, não fosse a tolice de alguns torcedores, os estádios de futebol poderiam ser um belo espetáculo.

Quando não há estupidez, um estádio de futebol também proporciona a energia de vários seres que se voltam para um fim. Se uma pessoa torce para o Zebra Vermelha e a outra torce para o Frango Verde, isso deveria ser motivo de empatia, não de burrice. Quando os dois torcedores se encontrassem, poderia pairar algo como “eu gosto de futebol, você gosta de futebol; isso é apenas uma das coisas que nos une”.

Mas bem sabemos que não é assim. Somente me permiti um devaneio utópico por lamentar o fato de que poderia haver concordância em vez de ignorância.

O pensamento da unicidade também me ocorre quando, num show, as vozes cantam determinada canção. Não bastasse a consagração que isso é para um artista, é algo que reafirma de modo forte a possível sintonia.

A ideia de haver comunhão tanto me atrai, que estendo o conceito. É que, a rigor, somos os mesmos e estamos todos aqui numa mesma viagem, a que damos o nome de vida.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

CONTO 44

Bastava que Luís Flávio mexesse na tranca do portão para que Teo, o cachorro, ficasse louco: começava a pular e ia correndo para o portão. Para Teo, barulho no portão significava hora do passeio, ver gente nova... Mas o cachorro envelheceu, ficou doente. Luís Flávio aprendeu para o resto da vida o que é perder o entusiasmo quando, ao mexer no portão, viu que Teo pesarosamente levantou a cabeça e voltou a descansar o corpo fenecido.

sábado, 8 de outubro de 2011

CAIU NA REDE (80)

Pessoas, está no ar a edição 80 do programa Caiu na Rede.

domingo, 2 de outubro de 2011

CAIU NA REDE (79)

Pessoas, está no ar a edição 79 do Caiu na Rede. Para escutar, é só dar “play” aí no alto, à direita, onde está escrito “dê ‘play’ e escute o Caiu na Rede”.